Cheesecake

Vi uma receita de mini-cheesecakes e fiquei morrendo de vontade de testar. Pra simplificar a coisa, preferi fazer um grande cheesecake – e mudei vários outros detalhes, também. Para a base, usei minha receita de cookies. Para a cobertura, um vidro de geléia de frutas vermelhas. Pois é, basicamente só o recheio é o mesmo da receita original.

Já tinha publicado outra receita de cheesecake aqui no DdF, mas esta é mais gostosa. 😉

Ingredientes

Massa

  • 1/2 lata de leite condensado (pode ser desnatado/light)
  • 100 gramas de manteiga com sal
  • 1 e 1/4 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (chá) de essência de baunilha
  • 1/2 colher (café) de bicarbonato de sódio
  • 1/2 colher (café) de sal
Massa de cookies crua, espalhada pela assadeira.
Massa de cookies crua, espalhada pela assadeira.

Recheio

  • 450 gramas de cream cheese (usei o Philadelphia light; essa quantidade equivale a três embalagens)
  • 1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar
  • 6 ovos
  • 2 colheres (sopa) de essência de baunilha
  • 2 colheres (sopa) de suco de limão (puro, sem água, sem açúcar)

Cobertura

  • 1 vidro pequeno (cerca de 200 gramas) de geléia de qualidade, do sabor que você preferir; usei uma de frutas vermelhas

Você também precisará de

  • batedeira
  • assadeira grande (20-25 cm. de diâmetro) de fundo falso; se não tiver, substitua por um refratário e não tente desenformar
  • forno convencional
Cheesecake de Frutas Vermelhas
Recheio assado.

Preparo

Massa

Na batedeira, bata a manteiga e acrescente o leite condensado até conseguir um creme esbranquiçado. Acrescente o trigo, a baunilha, o bicarbonato de sódio e o sal. Bata até a massa ficar homogênea.

Forre o fundo da assadeira (não as laterais) com essa massa. Não precisa ficar lisinho.

Recheio e Cobertura

Bata todos os ingredientes. Despeje a mistura sobre a massa de cookie. Leve ao forno preaquecido a 180ºC (forno baixo) por 15 minutos.

Retire do forno, espere esfriar, espalhe a geléia e leve à geladeira. Aguarde estar gelado (umas duas horas) para desenformar.

Cheesecake de Frutas Vermelhas
Cheesecake de Frutas Vermelhas.

Dicas e Complementos

Para desenformar, passe as costas de uma faca entre o recheio e a lateral da assadeira.

Na foto, usei a quantidade de recheio da receita original. Achei que ficou fininho demais, por isso dobrei os ingredientes aqui.

Deve ficar delicioso com cobertura de doce de leite ou de ganache (creme) de chocolate. Se experimentar, me conta. 😉

  • Tempo de preparo: 40 minutos, mais o tempo de geladeira
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: 8 pedaços grandes, ou 16 pedaços “normais”

Pêssegos em Calda

Se sobraram pêssegos das festas de natal e ano novo, que tal cozê-los numa calda rala para que durem mais e fiquem mais gostosos? Vi essa receita no Take Home Chef há bastante tempo, como parte de uma sobremesa clássica, o Peach Melba, que combina os pêssegos cozidos com calda de framboesa e sorvete de baunilha.

Ingredientes

  • 1 litro de água
  • 1 xícara de açúcar
  • 1 colher (chá) de boa essência de baunilha (na receita original, utilizam-se raspas de 1 fava de baunilha)
  • 1/2 limão fatiado
  • 4 pêssegos com casca (lave-os bem)

Você também precisará de

  • panela média

Preparo

Pêssego em Calda
Com sorvete Bailey’s (Häagen Dazs).

Leve ao fogo todos os ingredientes, menos os pêssegos. Ferva por uns 5 minutos, mexendo de vez em quando para garantir que o açúcar dissolva.

Corte os pêssegos ao meio, acrescente-os à calda, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 10 minutos.

Desligue o fogo e espere esfriar. Durante esse tempo, os pêssegos cozinharão e absorverão os aromas um pouco mais.

Quando os pêssegos estiverem mornos (agradáveis ao contato com as mãos), despele-os e retire os caroços.

Sirva com sorvete, ou como preferir.

Dicas e Complementos

Você pode fazer a calda de framboesas, ou substitui-las por morangos, ou ainda usar uma geleia de boa qualidade (leve-a ao fogo e acrescente água para conseguir um ponto mais fluido) para servir algo mais próximo do peach melba.

Nectarinas também ficam uma delícia preparadas dessa forma e você pode fazê-las junto com o pêssego.

A casca solta facilmente depois que o pêssego (ou a nectarina) está cozido – é só passar a mão e ela vai saindo.

Para tirar o caroço, corte no sentido longitudinal, separe as metades com cuidado e use uma colher para desgrudar o caroço da metade que o herdar.

Você pode guardar os pêssegos na própria calda (na geladeira) depois de tirar a casca e parti-los, mas retire as fatias de limão para não amargarem.

Se não tiver limão em casa, pode fazer a receita sem ele que também fica bom!

  • Tempo de preparo: 20 minutos
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: 4 porções

McDonalds, Bolívia e o isso tem a ver com a gente.

Em dezembro passado, uma das notícias mais comentadas na minha timeline do twitter foi o fechamento do McDonald’s na Bolívia. Pra início de conversa, dois esclarecimentos:

  • O McDonald’s não fechou no fim de 2011. Na verdade, foi em 2002. Acontece que foi lançando em dezembro passado um documentário analisando o fechamento (falo dele logo mais) e os desavisados acharam que tudo era absoluta novidade. Pesquisa, oi?
  • Os comunistas de plantão (eles ainda existem, por incrença que parível) apressaram-se a dizer que isso era uma vitória em cima do capitalismo feio-bobo-e-chato blá blá blá. Parece que não acompanham a História. Regimes políticos são incapazes de modificar gostos, hábitos ou padrões culturais. Conseguem, no máximo, sufocá-los, reprimi-los. Um dia a barragem racha, como aconteceu, na ex-União Soviética e em toda a cortina de ferro.

O que aconteceu na Bolívia não foi uma questão política, mas predominantemente cultural, e ligeiramente econômica.

Ligeiramente econômica porque uma refeição na franquia custava o triplo de um almoço tipicamente boliviano, segundo o documentário. Baita diferença, não? Só que aqui no Brasil o McDonald’s também é bastante caro, e as lojas só se multiplicam. Você pode argumentar que as classes média e alta bolivianas são menores que as nossas, mas a rede de lanchonetes lá era bem pequena: oito lojas espalhadas pelas três maiores cidades do país. Não acredito, portanto, que a insuficiência de público devia-se ao preço.

Cheddar McMelt
Uma das minhas refeições nada saudáveis.

E não era mesmo essa a razão. A explicação para, em cinco anos (de 1997 a 2002), o McDonald’s não ter decolado na Bolívia é que o povo boliviano é profundamente ligado à sua culinária local. Valoriza-a, preserva-a, tem orgulho dos seus pratos. Fast food não é pra eles: por lá, comer é um ato demorado, que se inicia pelo preparo lento da comida.

É isso o que explica o documentário Por que quebro McDonald’s?. Como esclarece o cineasta Fernando Martínez, o filme é principalmente sobre a cozinha boliviana, e a cozinha boliviana está profundamente arraigada à cultura do país. Segundo ele, “o documentário é um pretexto para falar da cultura boliviana”.

Isso lembra o movimento slow food, iniciado na Itália em 1986 para defender uma maior qualidade na escolha e preparo dos alimentos, desde o uso de produtos regionais até a volta aos hábitos alimentares pré-fast-food. Lembra também a Carta de São Paulo, movimento iniciado por chefs que buscam a valorização dos produtores locais e o respeito na elaboração da comida e no ato de comer.

Só que na Bolívia não foi preciso a criação de um movimento para revalorizar a cozinha local, simplesmente porque ela nunca foi depreciada.

A antiga dieta do brasileiro, baseada em salada, arroz, feijão e bife, é saudável e equilibrada. Acontece que cada vez mais nos rendemos às comidas congeladas, aos pacotes de supermercado e, claro, ao fast food, tudo em nome da praticidade. Não é à toa que os índices de obesidade têm crescido, especialmente entre crianças (que, claro, aprendem a comer errado com os pais). Ah, mas a gente não pode desacelerar, não pode parar pra comer melhor, não dá, não há tempo, vamos nos atrasar… Se continuarmos com essa síndrome de coelho da Alice, logo mais teremos de diminuir o ritmo não por opção, mas por inúmero problemas de saúde causados por maus hábitos alimentares.

Não é melhor tirar um tempinho a cada dia para comer decentemente?

Em tempo: este texto não é uma campanha anti-McDonald’s. Adoro Cheddar McMelt e saí de Super Size Me morrendo de vontade de comer fast food. Só que não faço disso um hábito – uma vez por mês já é demais.

Referências

Espaguete com Roquefort e Tomates

Receita facílima para quem está numa semana preguiçosa.

Ingredientes

  • 90 gramas (uma porção) de espaguete
  • 30 gramas (um pedaço pequeno) de queijo roquefort
  • 10 tomatinhos-cereja
  • azeite

Você também precisará de

  • panela para cozinhar o macarrão
Espaguete com Roquefort e Tomates
Sem mistério.

Preparo

Pique o queijo roquefort e corte os tomatinhos ao meio.

Cozinhe o macarrão. Escorra, volte-o para a panela e regue com azeite. Em fogo baixo, acrescente o queijo e os tomates. Com a ajuda de um pegador, misture-os ao macarrão suavemente.

Quando o queijo começar a desmanchar, está pronto. Retire do fogo e sirva!

Dicas e Complementos

Você também pode usar gorgonzola no lugar do roquefort.

Capriche no fio de azeite: ele evita que o macarrão grude e ajuda a distribuir o queijo. Se quiser, use azeite aromatizado (eu usei azeite aromatizado com alecrim).

  • Tempo de preparo: 15 minutos
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: 1 porção