BlogCamp SP – inscrições abertas… e fechadas.

Durante meses, foi o suspense: “e aí, o BlogCamp SP, sai ou não sai?”. Bom, a resposta veio na madrugada de ontem, com o anúncio no blog oficial e a abertura das inscrições.

BlogCamp São Paulo 2008

Só que, literalmente, não deu pra quem quis.

As inscrições foram abertas com 200 vagas. Em menos de 12 horas, já eram 270 inscritos. O local do evento não é grande. Simplesmente não dá pra colocar mais gente.

E eu que achava que, com o anúncio tão em cima da hora, não haveria audiência… ledo engano.

Bem, eu vou – na verdade, já estarei em Sampa, para o LuluzinhaCamp.

Faz quase um ano desde o primeiro BlogCamp, também em São Paulo. Daquela vez, fui sem saber direito o que esperar. Iria conhecer blogueiros cujos textos lia há anos, gente que, de uma forma ou de outra, havia me influenciado a blogar, depois a continuar blogando. Gente com quem eu havia aprendido muito. Como eles seriam na “vida real”? Como eu, uma ilustre desconhecida, entraria nesse ambiente?

Vou contar uma coisa que ninguém acredita: eu tenho medo de gente. Bom, segundo as tradições familiares, eu tenho medo mesmo é de criança, mas gente em geral me assusta o suficiente.

Não, não sou tímida. Falo pelos cotovelos, muito mais do que deveria. Um dos meus programas favoritos é sair em turma para jogar conversa fora. Meu problema é o contato inicial – particularmente, o contato inicial com uma multidão (e aqui, entenda, mais de quatro pessoas já é multidão pra mim). Muita gente desconhecida me deixa confusa, ansiosa e sempre com aquela sensação “ai caramba, amanhã não vou me lembrar de ninguém” – porque, pra completar o pacote, sou péssima fisionomista.

Vai daí que cheguei ao BlogCamp tão calada quando conseguia e xingando-me até a décima geração por estar com cabelos vermelhos tão chamativos.

Esse medo todo durou, digamos, até o fim do primeiro dia (não, não melhorou na hora do almoço – eu nem me lembro da hora do almoço do primeiro dia, pra ser franca). O pós-BlogCamp, com boteco e esticada ao Fran’s Café até o amanhecer do dia, quebrou o gelo. Dali em diante, foi descontração pura, bate-papo (do almoço do segundo dia eu me lembro!) e o início de uma nova fase, pra mim, no mundo bloguístico.

Em um ano, voltei a São Paulo outras duas vezes para assuntos relacionados a blogs, fui a mais dois BlogCamps (em Minas Gerais e no Espírito Santo), conheci gente bacana, reforcei laços com as gentes bacanas que encontrei no primeiro evento, participei de projetos… O Dia de Folga amadureceu (mas ainda falta muito) e, sem dúvida, eu amadureci (embora sempre falte muito).

E a parte mais importante disso tudo: fiz grandes amizades.

Sabe, essa é a razão de irritar tanto quando alguém fala que “a blogosfera é uma panelinha”. Se isso aqui pode ser comparado a um utensílio de cozinha, então é um grande caldeirão, em que tudo se mistura e sempre cabe mais um. Eu que o diga.

O que espero do BlogCamp São Paulo 2008? Várias coisas. Rever amigos, claro. Aprender. Colaborar. Divertir-me. Para mim, será o encerramento de mais um ciclo bloguístico e, conseqüentemente, o início de outro. Nem faço idéia do que os próximos 12 meses reservam – e essa é a graça da coisa.

Seminário INFO de Redes Sociais

Eu já disse, essa joaninha está mais pra formiga. Lucia Freitas não pára quieta: inventa o LuluzinhaCamp, organiza o MeioBit Expo, anda às voltas com o BlogCamp Brasil

Acha que é só? Na-na-ni-na-não. Dia 18 de agosto, a INFO realizará um Seminário sobre Redes Sociais e adivinha quem é convidada? Lu Freitas! A Lu comporá a mesa Blogs e Blogueiros – Manual de Sobrevivência Empresarial.

Seminário INFO sobre Redes Sociais

Ao lado dessa fera em redes sociais, há outras: Edney, Cardoso, Merigo e Bia Kunze. Completando a mesa, Reinaldo Azevedo, meu blogueiro de direita favorito.

A programação é extensa, com vários outros blocos e convidados bacanas. Dê uma olhada na programação completa.

O foco do evento é o relacionamento entre marcas e redes sociais, como orkut, youtube e blogs. Como as empresas podem usar esse fenômeno para melhorar o relacionamento dos consumidores com suas marcas?

Se você está em (ou pode ir a) São Paulo e se interessa pelo tema que está na crista da onda, não perca o seminário. É uma excelente chance de receber dicas valiosas de profissionais antenadíssimos.

LuluzinhaCamp – menino não entra!

A idéia começou com a Lu Freitas, mulher dinâmica e inovadora como poucas: um “Camp” – ou seja, um encontro aberto, sem pauta definida, uma desconferência exclusivamente de mulheres.

A Nospheratt e a Lu trocaram figurinhas; eu, a Liliana e a Zel entramos na roda. O Jonny Ken sugeriu o nome do encontro, o Cobra indicou um template para o blog do evento e a Juliana Garcia Sales personalizou o visual com muito capricho e ainda fez a bela logo:

LuluzinhaCamp

Assim, com muita colaboração (inclusive dos meninos), surge o LuluzinhaCamp, para reunir as muitas mulheres interneteiras, blogueiras e antenadas espalhadas pela web.

O encontro será dia 23 de agosto de 2008, das 10h às 17h, na Avenida Rebouças, 3181, São Paulo. A inscrição é gratuita e um monte de blogueiras já confirmou presença. Brasília tem duas representantes, por enquanto: eu (claro!) e a Srta. Bia, também conhecida como a moça dos sabonefeeds.

Acompanhe as novidades e as dicas pelo blog, participe nos comentários e compareça!

Ah, para os meninos que pretendem invadir, a Nosphie já deu um recadinho. 😉

Encontro entre blogueiros e estudantes de jornalismo

Foi ontem, no UniCeub (um dos maiores centros universitários particulares do Distrito Federal, se não for o maior), que está comemorando a Semana da Comunicação com um ciclo de palestras. Pablo Emílio, blogueiro e estudante de jornalismo, começou a manhã falando sobre web 2.0, blogs e Campus Party. A convite dele, Alessandro “Aleh”, Cláudio e eu compusemos uma mesa redonda e respondemos a várias perguntas do público, formado principalmente por estudantes de jornalismo.

Foi surpreendente e gratificante.

Blogs como ferramenta de jornalismo - início do evento Para início de conversa, devo admitir: eu estava com um pouco de receio. Blogueiros diante de uma turma de jornalismo? Será que entraríamos num covil de leões? Não, nada disso. Fomos muito bem recebidos. Isso só reforça minha crença de que essa guerrinha entre jornalistas e blogueiros não passa de um factóide criado por veículos amedrontados com o crescimento dos blogs e alimentado por um ou outro jornalista mal-informado (ou mal-intencionado). Minha experiência com jornalistas e as impressões que os estudantes deixaram ontem confirmam minha opinião: a mídia tradicional e os blogs são complementares, não concorrentes.

Aliás, o professor Sérgio Euclides, supervisor de Pablo Emílio na palestra, fez questão de exortar: “É importante que todos vocês, estudantes de jornalismo, criem blogs!”. O professor (que também tem um blog) acredita na importância da ferramenta e considera necessário que os futuros jornalistas se familiarizem com ela. Bacana, não?

Eu, Alessandro e Cláudio não preparamos texto. Contávamos com a curiosidade dos estudantes para que surgissem perguntas, e eles fizeram bonito. Fomos questionados sobre a relevância dos temas abordados por blogs, a qualidade dos textos, a ética dos blogueiros, a tal campanha do Estadão contra os blogs, a audiência, as formas de rentabilizar o conteúdo, as diferenças entre blogueiros e repórteres, a responsabilidade social, o Caso Veja, protagonizado por Luis Nassif e, provavelmente, mais alguns temas que não estou lembrando.

Além do debate, o Pablo Emílio teve a idéia de criar um blog colaborativo a ser atualizado durante o evento.

Duas novidades foram a presença do blogueiro Paulo Renato na mesa, a convite do professor Sérgio, e a divulgação do recém-criado blog Digital TV, da turma de telejornalismo do Ceub.

Foram cerca de duas horas de debate. Não tenho conhecimento de outro evento bloguístico relevante já acontecido em Brasília – creio que foi o pioneiro. Parabéns ao Pablo Emílio, pela organização. Parabéns ao público, pelas intervenções e perguntas relevantes.

Eventos bloguísticos, tradicionalmente, ganham uma esticada no boteco. Tivemos a nossa, no Manara: boteco/restaurante especializado em comida árabe e próximo à faculdade. Só dispensamos a cerveja, já que era meio-dia de um dia útil. 😉

Não faltou o boteco – nem o kibe.

Blogs como ferramenta de jornalismo - não faltou o kibe

Por último, mas não menos importante: existe uma cena blogueira interessante em Brasília. Se você tem um blog e mora no Distrito Federal, não deixe de se inscrever na lista de discussão de blogs do DF para acompanhá-la ainda mais de perto.

Blogs como ferramenta de jornalismo - boteco + notebook

Blogueiros grudados no notebook.