Este artigo é a quinta parte da tag As 10 Melhores Séries de Todos os Tempos.
Assisti a todas as temporadas de Plantão Médico exibidas pela Rede Globo e voltei a acompanhar fielmente o seriado há pouco mais de um ano, aproveitando para conhecer temporadas inéditas na tv aberta. E.R. é uma série eterna, caminhando para sua 14ª temporada. É bem verdade, no entanto, que tem dado sinais de exaustão há alguns anos.
A fórmula foi alterada com o passar do tempo. A vida pessoal dos personagens ganhou importância cada vez maior – freqüentemente, os casos médicos são mero pretexto para as tramas pessoais. O cenário passou a abranger cada vez mais externas, inclusive com tramas inteiras na África, em arcos humanitários e de denúncia.
O elenco também mudou inteiramente em treze anos. A saída de Kerry Weaver na metade da 13ª temporada deixou os fãs da série órfãos dos personagens veteranos. O time recente não tem o mesmo carisma, à exceção do casal formado por Abby e Kovac (nem tão recente assim). Há quem diga que a série já deu o que tinha que dar e que deve ser finalizada enquanto ainda tem alguma audiência. Outros fãs, como eu, torcem pela continuidade das histórias do Pronto Socorro mais famoso da televisão e acreditam que o seriado pode dar a volta por cima.
E.R. foi a primeira série médica de sucesso, abrindo um novo filão, ao lado de Chicago Hope (série excelente, cancelada em 2000 e quase desconhecida na terra brasilis), iniciada no mesmo ano (1994). De lá para cá, vários outros seriados médicos surgiram, cada um com seus próprios atrativos.
Personagem Favorito
Numa série que teve, literalmente, dezenas de personagens importantes regulares, vale citar mais de um:
- Dr. Doug Ross (sim, o George Clooney… *sigh*) , sedutor (quase) irrecuperável
- Dr. John Carter (Noah Wyle), o personagem que mais se desenvolveu ao longo das temporadas
- Dr. Luka Kovac (Goran Visnjic), o galã atormentado
Cada um é representante de uma geração de E.R. Acrescento, ainda, Mark Greene (Anthony Edwards), o primeiro residente-chefe de E.R., e um dos personagens mais queridos da série: doce, íntegro, firme.
Cenas Inesquecíveis
A mais triste cena jamais exibida num seriado: a morte do dr. Mark Greene, no episódio On The Beach (oitava temporada). Mark morreu de câncer no cérebro e todo o arco que tratou de sua doença e morte foi muito emocionante. Quando já estava próximo do fim, o dr. Greene afastou-se do trabalho e foi para o Havaí (onde havia crescido) com sua esposa, a dra. Elizabeth Corday e suas filhas, Rachel (15 anos) e Ella (1 ano). Mark morre dormindo. A seqüência que prenuncia sua morte, ao som de Over the Rainbow (na versão do músico havaiano Israel Kamakawiwo’ole), traz-me lágrimas aos olhos até hoje.
E.R. também apresentou a morte mais ridícula da televisão. Em Chaos Theory (nona temporada), o intragável dr. Robert Romano perde o braço esquerdo num acidente de helicóptero no telhado do hospital. Na décima temporada, em Freefall, Romano recusa-se a subir ao telhado para entregar um relógio esquecido por um paciente que será removido de helicóptero. Fóbico, corre para o meio da rua. O helicóptero sofre uma pane e, ironicamente, cai em cima do médico.
Um relacionamento entre mãe e filha pode ser livre de atritos? Na ficção, a resposta é sim. Lorelai e Rory são tão unidas que poderiam ser irmãs.
Apesar desse clima de soap opera, Gilmore Girls cativa pelo clima de constante otimismo e alegria. É daquelas séries perfeitas para assistir quando você precisa acreditar que, no fim, tudo termina bem.
Uma série sobre… nada. É assim que Seinfeld se define. Tente lembrar-se dos detalhes de um episódio qualquer, mesmo que você o tenha visto há apenas dois ou três dias – é um desafio e tanto. Jerry, George, Kramer e Elaine se envolvem nas mais inusitadas aventuras, freqüentemente deixando de lado qualquer escrúpulo.
Qualquer fã de Seinfeld é capaz de passar horas recordando momentos absolutamente nonsense do seriado. Sem dúvida, uma das primeiras situações a ser lembrada será a do Nazista da Sopa, do episódio The Soup (sexta temporada): se o freguês do tal restaurante de sopas pensa um pouco mais na hora de fazer o pedido, ou se comete a audácia de reclamar de algo, fica sem sua refeição (“No soup for you!!!”):
Mais uma sitcom. Aqui, dividem espaço Will Truman, um advogado gay bem-sucedido, Jack McFarland, um projeto mal-sucedido de ator (também gay) que vive se aproveitando do seu amigo Will, Karen Walker, uma socialite fútil (sei, isso é pleonasmo) e Grace Adler, uma decoradora. O passatempo preferido de Karen e Jack é debochar de Grace e Will, embora corram para eles à menor emergência (principalmente se for financeira).
Mas a cena mais lembrada de Will & Grace é do Jack. Cher é a musa inspiradora desse aspirante a ator, seu ídolo, alvo de veneração, adoração, amor incondicional. No episódio Gypsies, Tramps and Weed (terceira temporada), Jack a encontra em carne e osso… e a confunde com uma drag queen: