Pelos meus cálculos, novembro durou uns 82 dias, mais ou menos.
Livro favorito: passei boa parte do mês lendo o segundo e o terceiro volumes da trilogia A Terra Partida, da N. K. Jemisin, e amei. Jemisin é uma escritora de fantasia que foge de todos os clichês do gênero, então recomendo fortemente a leitura mesmo que você torça o nariz para os ditos clássicos de fantasia. Aqui não tem ambientação medieval, nem capa-e-espada, nem duelos de varinhas, nem bardos, elfos e anões. O que tem: personagens complexos e multifacetados, mulheres fortes e protagonistas, enredo com camadas e camadas de discussões sobre preconceito (racial também, mas não só), meio-ambiente e política, relações interpessoais belíssimas e uma construção de mundo (worldbuilding) de cair o queixo.
Filme favorito: vi muitos nos primeiros dias do mês (e nada no restante) e destaco Let the right one in, filme sueco que atualiza o mito dos vampiros (tem um remake de Hollywood que não vi ainda). Menção honrosa para Por um punhado de dólares, porque sou aquela pessoa que sempre disse que odeia bang-bang, e de repente me peguei gostando muito de um filme que é justamente um clássico do faroeste.
Série favorita: em novembro, o grande acontecimento seriadístico foi o encerramento de Supernatural, e depois de quinze anos acompanhando a série estou me sentindo como o Sam adolescente – perdida no mundo. E sim, gostei do final. Gostei muito. Apesar dos altos e baixos – especialmente dos fossos das últimas temporadas -, Supernatural se consolidou como uma das minhas séries favoritas da vida.
Hum, agora que notei: em livro, filme e série, o mês foi voltado para a fantasia. Nada mais justo em um ano em que a realidade tem sido muito dura.
Bônus: fiz um curso bem bacana sobre história do cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS). Um viva para os cursos online, porque jamais teria disposição de ir ao MIS três vezes por semana, à noite, durante um mês e meio. Vale a pena olhar de vez em quando a página de Cursos do MIS – a programação é bem interessante e variada.