Piratas do Caribe 3 – No Fim do Mundo

Ficha Técnica

Pirates of the Caribbean: At World’s End. EUA, 2007. Drama. 168 minutos. Direção: Gore Verbinski. Com Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Bill Nighy, Tom Hollander, Stellan Skarsgard.

O lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander), da Companhia das Índias Orientais, detém o comando do navio-fantasma Flying Dutchman. O navio, agora sob o comando do almirante James Norrington (Jack Davenport), tem por missão vagar pelos sete mares em busca de piratas e matá-los sem piedade. Na intenção de deter Beckett, Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geoffrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade. Porém falta um dos Lordes, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). O trio parte para Cingapura, na intenção de conseguir o mapa que os conduzirá ao fim do mundo, o que possibilitará que Jack seja resgatado. Porém, para conseguir o mapa eles precisarão enfrentar um pirata chinês, o capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat).

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

4 estrelas

Pirats do Caribe 3 - No Fim do Mundo Piratas do Caribe me surpreendeu – não agora, no terceiro filme, mas no primeiro, A Maldição do Pérola Negra, que recusei-me a pagar para ver no cinema por acreditar que era uma rematada besteira. Afinal, o que se poderia esperar de um filme feito para divulgar um brinquedo com o mesmo nome, do parque de diversões da Disney?

Quando o vi na televisão, descobri que sim, é mesmo uma rematada besteira – mas divertida, bem produzida, com doses de ação, humor e aventura, além de ter o Johnny Depp numa interpretação fantástica. Valeria cada centavo gasto no cinema. Obviamente, assisti a O Baú da Morte e No Fim do Mundo na telona.

Sim, são filmes caça-níqueis, escorados no sucesso do primeiro, que deu mais certo do que se poderia imaginar. Sim, existe muita pirotecnia e pouca profundidade. Piratas do Caribe é puro entretenimento, e é muito bom nisso.

Embora sejam três filmes, a história é a mesma: as peripécias de Jack Sparrow e seus, err, “parceiros”, unidos mais pelo oportunismo do que por amizade ou lealdade – afinal, não se pode pedir tais coisas de piratas e das pessoas que a eles se aliam.

No primeiro filme, Sparrow perde seu navio, o Pérola Negra, para o capitão Barbossa, que o rouba na tentativa de libertar sua tripulação de uma maldição que só será quebrada se um tesouro for restaurado. No segundo capítulo, já de volta ao comando do Pérola Negra, Jack descobre ter uma dívida de sangue com Davy Jones, o capitão do temido Holandês Voador. Para burlar a dívida (O quê? Pagá-la? Náh, não o Jack Sparrow), é preciso apoderar-se de um misterioso baú que dá ao seu possuidor o controle sobre Davy Jones.

O terceiro episódio (filmado simultaneamente ao segundo) mostra o poderoso Holandês Voador nas mãos da gananciosa Companhia das Índias Orientais, que pretende banir a pirataria. Faz-se necessária a reunião dos nove maiores piratas dos mares para derrotar a Companhia e o Holandês. Novamente, Jack se vê às voltas com Davy Jones.

Em meio a tudo isso há romance, traição, uma vidente, uma lula gigante – o Kraken – e muita, muita maquiagem e computação gráfica.

No Fim do Mundo, apesar de ser o mais longo dos três, sustenta-se bem. Se não é tão bom quanto o primeiro capítulo, dá um banho no segundo, que sofreu com a falta de um enredo interessante o suficiente para prender o público por 145 minutos. No Fim do Mundo tem um ótimo roteiro, cheio de seqüências de ação alternadas com diálogos tão ágeis e propositadamente confusos que é preferível divertir-se com o contexto geral a tentar seguir cada palavra.

Jack Sparrow, a alma do filmeÉ verdade que o filme poderia ter uns 20 minutos a menos. O início é particularmente arrastado e faz o espectador concentrar-se num único pensamento: “Cadê o Jack Sparrow?!”. Convenhamos: Keira Knightley é fraquinha. Falta-lhe carisma para desempenhar cenas mais longas. O par romântico formado por ela e Orlando Bloom também não é dos mais eletrizantes. O que sustenta o sucesso de Piratas do Caribe e justifica suas continuações é o talento estupendo de Johnny Depp, quase irreconhecível por trás de cabelos emaranhados e penduricalhos variados.

Depp, aliás, é um verdadeiro camaleão. É difícil acreditar que o protagonista de Piratas do Caribe seja o mesmo ator de O Libertino e Em busca da Terra do Nunca. Isso para não mencionar suas atuações no delicado Chocolate e na comédia melancólica Edward Mãos-de-Tesoura. Johnny Depp é o cara. Quando não está em cena, Piratas do Caribe perde 80% da graça.

Outra excelente atuação é a de Bill Nighy que, mesmo escondido pela computação gráfica usada para criar a aparência repulsiva de Davy Jones, consegue transmitir emoções intensas apenas com o olhar.

No Fim do Mundo soluciona todas as pendências dos filmes anteriores. Conta histórias demais e exige uma boa dose de atenção para que o espectador não se perca no meio do caminho. Reafirma o papel de anti-herói que cabe a Jack Sparrow que, mesmo quando faz um ato de aparente bondade, está apenas cuidando dos próprios interesses. Também dedica uma boa atenção aos coadjuvantes: Will Turner assume de vez o papel de mocinho, Elizabeth Swann é a mimada-de-bom-coração, Davy Jones e Tia Dalma são mais desenvolvidos.

O terceiro episódio da saga provoca menos risadas que seu antecessor; por outro lado, tem um roteiro muito mais consistente. Para quem achava que este seria o último capítulo da série, fica a dúvida: será que a Disney se contentarão com uma trilogia? O gancho para um quarto filme foi criado.

Além da Tela

A lenda do navio Flying Dutchman, ou Holandês Voador, existe muito antes do cinema, remontando ao século XVII (época em que é ambientado Piratas do Caribe), quando um navio teria tentado dobrar o Cabo da Boa Esperança, no sul da África, enfrentando uma tormenta descomunal.

Algumas versões dão que o capitão do navio fez um pacto com o diabo para que ele e sua tripulação sobrevivessem, prometendo-lhe a própria alma; outras contam que ele prorrompeu em blasfêmias e, ouvido por Deus, foi condenado a vagar pelo Cabo por toda a eternidade; outras, ainda, atribuem a maldição a um jogo de dados entre o Capitão e o diabo, valendo a sobrevivência do navio – o capitão teria ganhado mas, por usar dados viciados, teria sido condenado pelo diabo a vagar pela eternidade, junto com sua tripulação.

A lenda resultou em vários livros, cada qual dando seu próprio colorido à história: The Phantom Ship (1839), de Frederick Marryat; Aus den Memoiren des Herrn von Schnabelewopski (1833), de Heinrich Heine; e The Flying Dutchman on Tappan Sea (1855), de Washington Irving são exemplos. O nome do capitão varia segundo a versão do mito: : Bernard Fokke nas primeiras narrativas, Hendrik Van der Decken (para Marryat), Ramhout van Dam (para Irving). Há, ainda, uma ópera em três atos, inspirada na história de Heine e composta por Richard Wagner: The Flying Dutchman (1843).O Kraken

O Kraken – a lula gigante que causa terror em O Baú da Morte e também marca presença em No Fim do Mundo – é um ser fantástico da mitologia nórdica, cuja força é tanta que pode destruir qualquer navio, não importa o seu tamanho. Também é descrita como um polvo gigante com traços de crustáceo, ou como uma serpente marinha. O monstro também está presente na mitologia greco-romana.

Calypso, na mitologia grega, era filha do Titã Atlas. A ninfa, apaixonada por Odisseu (ou Ulisses, em latim), promete-lhe a imortalidade caso ele se decida por ficar para sempre ao seu lado, na ilha de Ogygia; como ele se recusa, ela o aprisiona na ilha por sete anos, até que Athena intercede por Odisseu junto a Zeus, que envia seu mensageiro Hermes para convencer Calypso a libertar seu amado.

Referências

A volta do Blogroll?

Eliminei a relação de blogs que leio da barra lateral do Dia de Folga há vários meses. Não sumi com as referências – elas continuam presentes em Blogs que leio (atualização: acabei de apagar essa página; continue lendo para saber por quê) e Feeds que assino.

A lista sumiu por várias razões:

  • não a atualizava com freqüência desde que comecei a usar agregadores de feeds para acompanhar meus blogs preferidos
  • a barra lateral fica monstruosa e demora para carregar quando há links demais
  • (quase) ninguém sai clicando nos blogs listados na barra lateral de outros blogs
  • links dentro de artigos são muito mais efetivos para divulgar os blogs de que gostamos, e faço uso disso
  • o plugin Show Top Comentators (do qual já tratei) faz um belo trabalho de link love, privilegiando os comentaristas mais ativos

Outros blogueiros já escreveram sobre a (des)importância do blogroll, como o J. Noronha e o Paulo Villela.

Acontece que acabo de ler, graças a uma indicação do Tecnocracia, que o BlogBlogs passou a indexar os links de toda a home dos cadastrados – até então, apenas links feitos nos artigos eram indexados. Isso influencia diretamente no ranking de cada blog – o Dia de Folga, por exemplo, ganhou quase 80 posições nessa brincadeira.

Por causa dessa notícia, estou revendo meus conceitos. Talvez o blogroll seja, afinal, interessante. O BlogBlogs é o maior diretório nacional de blogs -> link love nunca é demais -> por que não prestigiar os blogs de que gosto com um link extra no ranking do BlogBlogs?

Se minha lista de blogs voltar mesmo, será atualizada com mais assiduidade – ou seja, dará trabalho. E voltará no rodapé do Dia de Folga, o que permitirá a indexação sem sobrecarregar a página.

(Atualização: a lista voltou mesmo, ao menos por enquanto, no rodapé e exibindo meus feeds. A importação não é automática, mas é bem mais prática do que fazer uma atualização manual. Apaguei a página “Blogs que leio” porque a relação do rodapé está muito mais atualizada.)

Ca-la-ro que isso não quer dizer que vou aderir à famigerada política me-linka-que-eu-te-linko. Nunca aceitei esse troca-troca, não é agora que vou começar.

O que você acha disso tudo?

  • Quem, por aqui, ainda usa blogroll, considera-o útil?
  • Quem deixou de usar, pretende mudar de idéia?

Blogueiras e Blogueiros do DF no orkut

Em maio de 2004, quando entrei no orkut, pouca gente tinha ouvido falar desse treco. Não sabíamos o que era, nem para que servia (certo, parece que voltamos àquela época, mas ao menos o conceito de “rede social” é difundido hoje). Ninguém mendigava/brigava/chorava/pagava por convites, porque ninguém conhecia o brinquedo. Um belo dia, aparecia uma mensagem na sua caixa de emails (que ainda não era Gmail) e, depois de se certificar que não era spam ou arquivo malicioso, você se deparava com um questionário enorme e um portal vazio.

A comunidade Brasília, que hoje tem 108.563 membros, mal tinha 200. Praticamente não havia comunidades em português. Aliás, ainda me lembro do ódio mortal dos norte-americanos quando começamos a usar o português nas comunas que eles tinham criado. Não demorou para que surgissem dezenas, centenas de (Preencha a lacuna) Brasil. Depois, vieram a versões para Estado/Cidade/Bairro/Escola/Boteco-da-Esquina. Neguinho começou a criar qualquer coisa, só pra ser “owner”.

Mas o alvorecer do orkut foi bacana. Amigos restabeleciam contatos, novas amizades eram criadas. Não havia pirralhos, nem spammers, nem miguxos. Trolls, claro, já estavam por lá, porque são onipresentes desde que a web é web. Apesar deles, as comunas eram saudáveis e interessantes, trocavam-se opiniões, informações, conhecimentos. Os famigerados jogos não eram uma praga.

Você ia para a “prisão” do orkut quando o Algoritmo Maluco dizia que era a sua vez – mas a polícia federal nem esquentava a cabeça com crimes cibernéticos nesse território. Não era preciso.

Scraps? Só de amigos/conhecidos. Ainda não existiam usuários de programinhas nojentos para enviar propagandas em lote. Nem mensagenzinhas de amizade ou sei lá o quê padronizadas.

*Sigh*… Bons tempos…

Talvez por ter conhecido aquele orkut, ainda acredito que algo de bom pode sair desse enrosco. Chame de idealismo, ilusão, ingenuidade, whatever.

O fato é que criei uma nova comuna: Blogueiras e Blogueiros do DF. A descrição é a seguinte:

Quantos somos? O que fazemos? Como podemos contribuir com nossa cidade?

Blogar é um ótimo passatempo, mas pode ser mais que isso. Pode ser uma excelente forma de conhecer pessoas e, principalmente, de assumir responsabilidade social.

Denúncias, campanhas, redes de solidariedade, blogagens coletivas – podemos fazer muito por meio dos nossos blogs.
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Regras da Comunidade:

1. Para participar, você deve morar no DF (Brasília ou cidades-satélites). Além disso, deve ter um blog, obviamente.

2. Miguxos não serão aceitos.

3. Spammers e trolls também estão vetados.

4. Respeito e cooperação são imprescindíveis.
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Vamos aproveitar nossos blogs para contribuir com nossa cidade!

A idéia é criar um espaço saudável de convivência e troca de idéias entre os blogueiros do Distrito Federal. Mais para a frente, imagino atuações em campanhas, denúncias, redes de solidariedade.

Se você mora em Brasília, Taguatinga, Cruzeiro, Ceilândia, Guará, Sobradinho ou qualquer cidade-satélite, tem um blog e quer partilhar informações e interesses, sinta-se convidadíssimo/convidadíssima.

Atualização em 10 de abril de 2008: agora, também temos uma lista de discussão, Blogs DF. Se você tem um blog e mora no Distrito Federal, junte-se a nós.

Folgando na Rede # 6

Rede arco-írisDepois de mais de um mês de pausa, retoma o Folgando na Rede. Para variar, a ausência não foi motivada por falta de assunto, mas por falta de tempo.

O Inagaki (re)publicou um belo texto sobre fé e o sentido da vida (não, não é 42): Parte da Experiência. Citou um trecho de Hannah e Suas Irmãs que deve estar entre as cinco melhores seqüências de Woody Allen.

A animação Life conta a história da Criação de uma forma bem interessante, e um tanto geek. O autor é o mesmo da conhecida comparação entre a Itália e o restante da Europa e de outras animações famosas.

Também na linha criacionismo-geek, a Srta. Bia enviou-me essa explicação sobre a origem do mundo.

E você, é um(a) geek? Se for, talvez já conheça essa dica para encontrar mp3 pelo Google. E também já deve ter lido os 15 comentários mais polêmicos da Microsoft.

Geek de verdade adora computador. Cuidado! Dez sinais que indicam que você deve passar mais tempo longe do computador. Por outro lado, o futuro.vc divulgou um notebook finíssimo. Ainda é um protótipo, mas já estou sonhando com o meu – vermelho, claro.

Mudando de assunto…

Você se lembra da dupla Luan e Vanessa? O youtube lembra, e resgata Quatro Semanas de Amor. Tá, tá, o cabelo ainda era à la anos 80, a letra é piegas, a coreografia é meio brega… mas quem disse que o brega não pode ser bonito? Rodopiei ao som dessa música quando era criança.

Para mergulhar de vez nos anos 80, leia sobre o grupo infantil Trem da Alegria, que lançou Vanessa, leia a entrevista dela para o Infância80 e vasculhe os clips do youtube.

No Efetividade.net, vi uma campanha pela qualidade dos comentários na internet, no melhor estilo “não alimente os trolls“. A campanha é ótima, mas melhor ainda é a Lei da Compensação nº 42: “Cada vez que você alimenta um troll, o Universo mata um filhote (pense neles!)”.

Quais são as fantasias dos blogueiros? O eSoup listou cinco delas (em inglês).

O adiantamento do décimo-terceiro saiu e você já está querendo gastar? O mesmo Efetividade.net dá dicas para evitar as armadilhas dos supermercados e shoppings para abocanhar seu rico dinheirinho. Um bom uso para o dinheiro é contratar um host para hospedar seu blog.

Até o próximo fim-de-semana, com outro Folgando na Rede.