Mauricio de Sousa ao vivo!

As Aventuras da Turma da Mônica - capa do vinil
A capa do meu primeiro disco!

Quem não leu gibi, não teve infância. Quem leu, mas deixou de lado a Turma da Mônica, teve uma infância menos divertida.

Minha recordação mais antiga da turminha não é dos quadrinhos, mas do LP As Aventuras da Turma da Mônica. O disco foi lançado em 1982 e foi o primeiro vinil que chamei de meu. Do alto dos meus três anos de idade, sabia todas as músicas de cor e até hoje posso ouvir nas minhas memórias o “Sou a Mônica, sou a Mônica, dentucinha e sabichona”, alto e claro. E sim, ainda tenho o disco.

Depois vieram as revistinhas, as assinaturas, os desenhos animados (levanta o mouse quem curtiu A Sereia do Rio, com participação da Tetê Espíndola!), os gibizinhos (você juntava não sei quantas tampinhas de refrigerante, ganhava um e começava a coleção)… A Turma da Mônica marcou minha infância, sim, e se tenho uma queixa é não terem feito o Sansão de pelúcia quando eu era criança.

Palestra com o Mauricio de Sousa
Centro de Convenções de Brasília, 21.10.2010.

Ontem tive a honra de ver ao vivo e a cores, a poucos metros de distância, o criador desse mundo que cativa geração após geração. Mauricio de Sousa brindou mais de 1.000 pessoas com recordações, casos divertidos, vídeos (Cebolinha e Mônica falando mandarim provocaram furor) e lições como só alguém que sempre perseguiu seus sonhos pode dar.

Quando apresentou seus desenhos a um editor pela primeira vez, Mauricio foi aconselhado a desistir. Em vez disso, tentou novamente anos depois e conseguiu emplacar suas tirinhas na Folha de São Paulo. Isso foi há 51 anos. De lá pra cá, a cada década ele se colocou um novo objetivo: ampliar a tiragem das revistinhas, criar um parque temático, emplacar desenhos animados, levar os personagens ao exterior… Conseguiu tudo isso e muito mais. Pra você ter uma ideia, a Turma da Mônica já está em 50 países, e esta semana foi inaugurado o primeiro Parque da Mônica no exterior (em Luanda, capital da Angola). E vem mais pela frente: entre outros planos, um longa-metragem com animação de babar está no forno (tivemos uma prévia); um braço da Mauricio de Sousa Produções desenvolve, no Nordeste, soluções em softwares; um Parque do Cebolinha (“ladical!”) está a caminho, e outro do Chico Bento, antenado com as questões relativas a meio ambiente e sustentabilidade e pronto a ensiná-las às crianças (Mauricio conhece e acredita no poder educativo das suas histórias).

Sobre a queda das vendas de quadrinhos apregoada por alguns, o desenhista diz que é puro papo; segundo ele, as vendas só aumentam. A Turma da Mônica Jovem, por exemplo, é a revistinha mais vendida no Brasil hoje. Aliás, a ideia para a publicação tomou forma no dia em que Mauricio percebeu que seu filho mais novo (hoje com onze anos de idade) pela primeira vez não pegou as revistinhas da Turma da Mônica de cara, mas titubeou entre elas e os mangás. “Meu filho não pode deixar de me ler!” – e assim Mônica e cia. ganharam cara de mangá.

O caminho para o sucesso não costuma ser fácil pra ninguém, e também não foi sempre um mar de rosas para o Mauricio. Quando, por exemplo, decidiu sair da Editora Abril nos anos 80, ao sentir que não crescia por estar à sombra das historinhas da Disney (publicadas pela mesma editora), passou quatro anos negociando o novo contrato com a Editora Globo. Valeu a pena: no primeiro mês na casa nova, a tiragem das suas revistinhas saltou de um milhão para três milhões e meio. Focar num objetivo é fundamental, ensina, ainda que eventualmente seja necessário mudar o curso.

Mauricio de Sousa!
Após a palestra, foto e autógrafo.

Mauricio não descansa sobre os louros e não pára no tempo. Enquanto muita gente não entende e até mesmo teme a internet, ele diz que ela “veio para ajudar mais ainda”. Em vez de intimidar-se pelo novo, afirma com clareza que não há nada a temer, pois sua empresa é uma fábrica de conteúdo, “a mercadoria mais importante hoje em dia”. Não se trata de desenhos, produtos ou merchandising, mas de conteúdo de qualidade, “que está fazendo falta no mundo”. Novas plataformas não o assustam: “iPod, iPad, iPid, iPud, temos que estar em tudo”. Enquanto muito tiozinho não se entende com o caixa eletrônico do banco, Mauricio, que já é bisavô, tem um BlackBerry que serve, entre outras coisas, para atualizar sua ótima página no twitter.

Essa capacidade de se renovar e de traçar novas metas deve ser a fonte da eterna juventude do Mauricio. No próximo dia 27, ele faz 75 anos de idade. Ninguém diria. O corpo é de 50 (se tanto) e a mente é de um jovem de 20 anos empreendedor, ousado e cheio de planos. Arrependimentos? Nenhum. Segundo ele, o segredo “é terminar o dia achando que você fez o possível para aquele dia, sem se angustiar; amanhã é um novo dia”.

PS.: muito obrigada ao Marietta, que sorteou dois convites para a palestra de ontem pelo twitter @marietabsb; e à VBN, fã nº 1 do Mauricio, que foi comigo; se eu estivesse sozinha, não teria a determinação necessária para conseguir o autógrafo no meu História em Quadrões 2, nem a foto ao lado do Mauricio de Sousa.

Coleiras em gatos?

Cacau de coleira vermelha.
A coleira vermelha, linda!

Gateiros se dividem: alguns acham a coleira feia, incômoda e até perigosa para os bichanos; outros apostam no charme que ela acrescenta e sempre encontram um modelo fashion para seus gatinhos.

Opiniões à parte, a coleira é essencial se seu gato tem acesso à rua (nenhum gato deveria ter, mas tem gente que ainda não entendeu isso) e muito recomendável se você mora em casa, ainda que telada.

Num apartamento com janelas teladas, é quase impossível um gato escapar: no máximo, ele sairá até o corredor e rapidamente você já conseguirá colocá-lo em segurança novamente. Por outro lado, numa casa é mais difícil monitorar eventuais rasgos nas telas (porque, geralmente, a metragem é muito maior) e ainda há o perigo de seu alguém deixar a porta aberta “só um segundinho” pra fazer qualquer coisa – pronto, o gato escapa e em poucos metros está na rua. Assustado, ele pode se perder num segundo.

Se, num deslize, o gato sumir de vista, uma coleira indicará a quem o encontrar que ele tem dono e talvez a pessoa tenha paciência de procurar você pela vizinhança; se você mandar gravar seu número de telefone, uma boa alma pode resgatar seu bichinho e entrar em contato facilmente.

Abri mão das coleiras no dia em que a Cacau enganchou uma das patas dianteiras na coleira vermelha mais fofa que já vi. Ouvi um “ploft”, como se uma manga madura acabasse de cair dentro do meu quarto – era a Cacau deitadinha no chão, com cara de “o que tá acontecendo?”. Ela conseguiu enganchar a pata, mas claro que não conseguia se soltar. Fiquei preocupada que algo assim acontecesse na minha ausência e aboli as coleiras. Mas veja, moro em apartamento telado. Se morasse em casa, teria de render-me às coleiras com identificação.

Tem gente que acha que gato não se acostuma a coleira. Acostuma, sim! Pode levar alguns dias e, se você não ajustá-la o suficiente (o certo é deixá-la bem rente ao pescoço, de forma que apenas um dedo entre – também não vá exagerar e sufocar o coitado!), ele vai tirá-la no início. Com o tempo, ele esquecerá do adereço. Se você retirar o guizo que vem na maioria das coleiras, a adaptação é ainda mais rápida.

Segundo um estudo divulgado pelo Lifehack (em inglês) que acompanhou o uso de coleiras em 538 gatos por seis meses, 75% deles ainda as conservavam após esse período; poucos deles tinham se machucado em função das coleiras, e nenhum machucado foi sério. Fica claro que os bônus compensam os ônus – e, vamos combinar, os felinos podem ficar ainda mais charmosos com uma coleira bonita.

E você, o que acha das coleiras? Seus gatos usam?  Como foi a adaptação?

(Em tempo: seria ótimo que tivéssemos, no Brasil, a opção de inserir um microchip identificador nos animais de estimação. Soube de um projeto semelhante em São Paulo, a um custo alto; aqui em Brasília, nem adiantaria identificar os animais, pois não há equipamentos de leitura desses microchips.)

Projeto Urban Gallery

De vez em quando, surge um pouco de cor em meio ao cinza dos grandes centros urbanos. Aqui em Brasília, esse toque vem da grama verdinha assim que começa a estação das chuvas, dos flamboyants floridos, do pôr-do-sol inspirador. Dificilmente, porém, está presente nas construções tediosas do Plano Piloto e de algumas outras áreas.

Uma região que não é muito querida por alguns brasilienses, mas que contribui com cores e detalhes arquitetônicos bonitos é Águas Claras. Carinhosamente (ou nem tanto) apelidada de de paliteiro, ela ousa subir além dos seis andares limitados pelo tombamento. O bairro ainda é novo, mas está cada dia melhor e será meu novo lar daqui a um ano.

Projeto Urban GalleryDescobri hoje que Águas Claras está prestes a ganhar mais um pouco de cor quando recebi uma gravura do artista Flavio Samelo e um catálogo comemorativo dos 40 anos do MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo. O Flavio Samelo será responsável por conferir arte aos tapumes de um empreendimento do qual muita gente daqui já ouviu falar, o DF Century Plaza – um mix de shopping, salas comerciais e apartamentos em processo de construção junto ao campus da Unieuro em Águas Claras. Como ele, outros artistas serão responsáveis por embelezar tapumes de Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto é da Brookfield Incorporações e leva o nome de Urban Gallery.

Claro que tem toda uma questão de marketing e tal, mas achei a proposta bacana mesmo. Adoro quando passo em frente a uma construção e, em vez daquelas placas cor-de-rosa-reciclado, deparo-me com formas e cores vivas. Ou quando vejo pinturas em túneis de metrô. Brasília tem concreto demais e poesia de menos, portanto iniciativas como essa são sempre bem-vindas.

Em tempo: devo dizer que morri de amores pelo catálogo. O MIS é um dos meus lugares favoritos, tanto pela bela região em que está quanto pelas suas exposições. Meu gosto por lá deve ser hereditário, já que a primeira pessoa que me falou dele foi a Sra. Monte. 😉

Beber café pode ajudar a conseguir um encontro…

Cheiro de café atrai as mulheres.
Errr… não.

pelo menos se você for homem e morar em Nova Iorque. É o que diz uma pesquisa patrocinada pela AXE (em inglês) com o objetivo de descobrir os cheiros favoritos das mulheres.

Duas em três mulheres afirmam que é mais provável darem uns amassos no cara ainda no primeiro encontro se ele cheirar bem (e a terceira devia estar gripada, né?). A pesquisa da AXE mostrou, no entanto, que a definição de “cheirar bem” varia bastante entre os estados norte-americanos. Em Los Angeles, o cheiro favorito das mulheres é o de lavanda; em Dallas, o preferido é de fumaça de churrasco; na Filadélfia o sucesso fica por conta do cheiro de roupa lima (finalmente, isso faz sentido!). Baunilha conquistou adeptas por todo o país.

Em Nova Iorque, onde há uma cafeteria a cada esquina, não é tão espantoso assim que o cheiro de café tenha sido o mais votado. Suponho que, se a pesquisa fosse repetida aqui no Brasil, ele ganharia facilmente em São Paulo.

O que me leva a pensar: que aromas seriam os preferidos das mulheres em outros estados?

Em tempo: se quiser testar a pesquisa, o Boticário tem uma colônia com notas de café, o Coffe Man (também existe uma versão feminina).

Imagem: michaelaw, roytalty free.