Outubro Rosa – informação e prevenção salvam vidas!

Fita Rosa - símbolo do combate ao câncer de mama.
O símbolo do combate ao câncer de mama.

No mês do combate ao câncer de mama, que tal dar uma olhada no que já escrevi sobre o tema?

Nos textos, você encontra links importantes sobre o assunto.

Aproveite para conhecer o Mamografia é Vida, site que estreou este ano repleto de depoimentos e informações (e que também tem twitter).

Se você é mulher, cuide-se! Informe-se, faça os exames de rotina. Não tenha medo de um possível diagnóstico. Lembre-se que, nos estágios iniciais, o câncer de mama tem cura!

Se você é homem, compartilhe as informações com as mulheres que ama. Estimule a prevenção, o acompanhamento ginecológico e a realização periódica da mamografia, que é a única forma de detectar o tumor ainda no início, quando as chances de cura chegam a 95%.

O Fim de Cada Amor

Coração na AreiaDa primeira vez que um grande amor termina, você tem absoluta certeza de que vai morrer. Tudo que entende é que a sua vida acabou ali, no segundo em que ele deu as costas. Não há mais futuro. Supondo-se vagamente que não morra, uma coisa é inegável: você nunca mais será amada novamente.

Da segunda vez que um grande amor termina – o quê?, como assim, “segunda vez”? Pois é. Acontece que você estava errada. Você continuou a viver e, veja só que coisa, foi amada novamente – e correspondeu! Pois então: da segunda vez em que termina um grande amor, você jura que será a última – isto é, na hipótese de sobreviver (mas o fato é que, dada a primeira experiência, você começa a achar que também não será dessa vez que morrerá). Encarnando Scarlett O’Hara, você seca as lágrimas, olha para o céu, ergue os punhos e brada: “Nunca mais amarei novamente!”.

Da terceira vez que um grande amor termina, você sofre como se fosse a primeira. Encolhe-se na cama, encharca o travesseiro e soluça até dormir, finalmente. Pergunta-se o que fez de errado e imagina mil conversas e alternativas que teriam evitado o fim desse amor que parecia eterno. Só que, a essa altura, você sabe que vai passar. Sim, novas cicatrizes surgirão. O medo de outro tombo aumentará, inevitavelmente. Mas você sabe que a vida continua e que, um dia, estará pronta para amar de novo.

Então, torcerá para que seja a última vez.

(Escrito em 9.9.2011.)

Imagem: joegus74, royalty free.

Muita Vela Pra Pouco Defunto

Muita Vela Pra Pouco Defunto - capa Não é fácil encontrar autores regionais brasilienses. Primeiro, porque a cidade ainda é nova: são apenas 51 anos de vida, pouco tempo para formar uma cultura com raízes locais, que trate do nosso universo. Segundo, pela falta de divulgação – porque é claro que já deve existir um ou outro escritor brasiliense, mas ou eles se escondem ou, mais provavelmente, a mídia não tem interesse em divulgar novos talentos.

Procurando bastante, encontrei o livro de contos Muita Vela Pra Pouco Defunto, de João Carlos Ronca Júnior. É o primeiro livro do autor e sinto-me pouco confortável para criticar. Afinal, provavelmente hoje ele já tem uma escrita diferente da que tinha em 2007, quando lançou os contos e certamente recebeu comentários

Fato é que os contos não fazem meu estilo. A maioria deles é cotidiana demais na história, enquanto a linguagem titubeia entre a do dia-a-dia e a excessivamente explicadinha, forçada. Faltam um estilo mais desenvolvido e um argumento mais poderoso. É verdade que a segunda metade do livro é melhor que a primeira e traz histórias mais interessantes, como A Essência da Maldade, que principia com um cruel conto judaico. A tragédia de Portas Quebradas também é tocante.

Outro aspecto que me desagradou foi o uso dos contos para transmitir ensinamentos morais. Essa era a proposta do autor desde o início, como deixa claro o subtítulo do livro: Histórias do cotidiano como instrumento para a reflexão. Provavelmente, se eu tivesse atentado para isso, continuaria na minha busca por outra obra regional. O único tipo de literatura moralizante que me atrai são as fábulas e os antigos contos-de-fadas.

Se você não tiver problemas com esses pontos, provavelmente gostará mais do livro do que eu.

Ficha

Este texto faz parte do Desafio Literário 2011, cujo tema em setembro são os clássicos da literatura brasileira. Conheça o Desafio Literário.