Este livro não é apenas o mais chato do Dan Brown: é também o mais chato que li nos últimos tempos.
O centro da história é a divisão de criptografia da NSA, a Agência de Segurança Nacional do governo norte-americano, e seu supercomputador TRANSLTR, capaz de quebrar a criptografia de qualquer email em poucos minutos – até que surge um novo código de criptografia que parece inquebrável. A chave para a sobrevivência do TRANSLTR e da segurança nacional está na Espanha, e para lá é enviado David, um professor universitário e par romântico de Susan, funcionária da NSA.
O livro divide suas páginas entre uma perseguição absolutamente inverossímil na Espanha (que serve pra quê, mesmo?) e muito blá blá blá teórico com a profundidade de um pires na NSA. Nenhuma das partes convence ou entretem. A encheção de linguiça é tão forte que você pode fazer uma leitura diagonal pelos capítulos sem perder uma fração do sentido geral.
Nem as reviravoltas típicas de Dan Brown são suficientes para capturar a atenção. Aliás, mesmo o enigma final do livro (um ponto forte das obras posteriores do escritor – este é seu primeiro livro) é ridículo: o leitor mata a charada em dois minutos e fica observando os supostos gênios da criptografia da NSA debaterem-se em soluções obviamente erradas pelas próximas dez páginas.
De bom, no livro, apenas o conhecimento extra que se pode adquirir sobre a história da criptografia – eu não conhecia a história do quadrado perfeito de César, por exemplo. Só que isso não é suficiente para fazer valer a leitura.
Ficha
- Título Original: Digital Fortress
- Autor: Dan Brown
- Editora: Sextante
- Páginas: 330 (uma enormidade para esse livro)
- Cotação:
- Encontre (mas não compre!) Fortaleza Digital.
Li este livro há 5 anos, para um trabalho na faculdade. Não me surpreende esta resenha e sua avaliação, pois compartilho da mesma opinião. O livro é chato, muito blá-blá-blá e nada de útil. Uma das passagens mais absurdas é a do sujeito soldando uma placa mãe com um ferro de solda, um absurdo para quem entende de eletrônica.
Gostaria de parabenizar Dan Brown pela grande evolução deste para os demais livros. Se comparado ao “O Código Da Vinci” a mudança é absurda! Mas o autor é previsível em todos, neste mais do que em qualquer um. Da metade da história para frente eu só me perguntava quanta estupidez ainda teria que ler antes da história acabar.
Seria um candidato ao abandono se não tivesse obrigação de lê-lo. Agora está parado na minha estante esperando a hora de virar lixo, porque nem de presente eu tenho coragem de dá-lo.
Nossa, quando eu li eu odiei tanto, mas tanto, mas tanto, kkkk. E meu marido falava que nem era tão ruim.
Ah, tá…
@Thaís, realmente, o “Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios” são bem melhores, apesar da previsibilidade. “Fortaleza Digital” é pura perda de tempo. Vou vender o meu em algum sebo, nem pensar em dar para algum conhecido!
@Simone, bem-vinda ao time, hahaha! Eu devia ter interrompido a leitura no meio, mas quem disse que consigo?…
Lu,
então lê O Livro dos Códigos, do Simon Singh! Fala tudo sobre criptografia e é bacanérrimo. (Aliás, tenho a forte impressão que o Dan Brown também leu, rs.)
@Lud, obrigada pela dica, foi devidamente anotada! A propósito, tenho acompanhado sua aventura no endereço menor e estou curtindo muito. 🙂