Quando é seu anivergato?

Cadê minha festa de aniversário?
Cadê o bolo? O brigadeiro?? O ratinho???

Mel, a hiperativa, nasceu em meados de setembro de 2008, disse o primeiro pediatra. Como prefiro números pares (nunca disse que sou normal), escolhi dia 14 de setembro. Pois não é que esse ano esqueci completamente a data? Quem lembrou foi a tia dela. Olhaí a cara da branquela perguntando “cadê o bolo de atum?”.

Já Cacau, a padeira, deve ter nascido nos primeiros dias de março de 2008.

Na prática, o que conta pra mim é o dia em que cada uma delas passou a fazer parte da minha vida. Mel chegou bebezinha, em 29 de novembro de 2008. Cacau tinha quase um ano de idade quando a adotei, em 20 de fevereiro de 2009. Essas são as datas que contam por aqui, que não esqueço nunca, que rendem abraços à la Felícia (com as consequentes esperneadas).

E você, como marca o aniversário dos seus seus filhotes?

Falando em datas, hoje é #catloversday! Veja como participar no twitter e no blog feitos especialmente para o evento!

Gateiros Perpétuos

Tapete Cara de GatoEstá vendo a cara de gato aí ao lado? É um tapete lindo que encontrei na loja virtual Perpetual Kids! Não, não comprei. A loja não entrega no Brasil.

Também achei uma louca dos gatos,  um Buda Gato e meu favorito: uma bola que emite 20 sons de animais e tenho certeza de que faria a alegria da Mel e da Cacau!

A Perpetual Kids tem muitas outras coisas divertidas não relacionadas a gatos. Se eu fosse você e estivesse pensando em ir aos Estados Unidos, daria uma passeada virtual e começaria agora mesmo a montar a wishlist!

Dia dos Amantes de Gatos!

É muito amor!
É muito amor!

A Renata Checha bolou uma coisa muito bacana para os amantes de gatos: o #catloversday. A ideia é demonstrar nosso amor pelo felinos e espalhar aos quatro cantos que gatinho é tudo de bom (parece incrível, mas esses bichos adoráveis ainda sofrem muito preconceito).

Leia sobre a proposta no blog Bicho Amigo. No twitter, você acompanha as novidades do projeto. O “dia d” será 29 de setembro, em que você poderá demonstrar seu amor pelos bichanos trocando seu avatar do twitter por uma foto com seu gatinho.

Além disso, haverá sorteios de mimos para humanos e felinos. O Cadê entrará na ciranda oferecendo um presente ultrafofo – fotos em breve!

A tal da FeLV

Ou felv, para os íntimos.

Começando do começo. Em setembro de 2009, cismei que a Mel tinha felv. Trata-se de um retrovírus parente do que causa a FIV (aids felina) e  do HIV (causador da aids em humanos). FeLV é a sigla para feline leukemia virus, eis que esse vírus em particular leva seus portadores a desenvolverem leucemia (câncer das células sanguíneas) e, consequentemente, tem-se um quadro de imunodeficiência. Toma-se o nome do vírus como nome da doença frequentemente, a título de simplificação.

Minhas suspeitas pareciam fundadas na época. Mel tinha sofrido um bocado com um fungo que quase não fez nada a Cacau e, poucas semanas depois, parecia sucumbir a outro ataque de fungos (que depois provou ser alergia alimentar). Além disso, estava magrela demais. Claro, eu achava as suspeitas fundadas. A veterinária achava que era exagero.

Fizemos exame de sangue e teste para FIV/FeLV (o teste é o Elisa, o mesmo aplicado para detectar o HIV). O teste deu positivo para felv. O exame de sangue não apresentou alterações. Partimos, então, para um segundo teste, a imunofluorescência, realizado apenas no Rio de Janeiro. Dessa vez, testamos Mel e Cacau. Ambos os resultados foram negativos.

Respirei aliviada, claro. Ignorei solenemente um dado importante nessa coisa toda: o Elisa, embora forneça falsos positivos de vez em quando, detecta a doença bem no início. A imunofluorescência nunca dá falsos positivos, mas só é capaz de detectar o vírus quando ele já se instalou na medula – ou seja, quando a felv já evoluiu. Sim, eu sabia disso, mas fiquei satisfeita com o resultado negativo. Meus medos eram mesmo infundados, eu estava sendo neurótica e tudo estava bem.

Corta para o segundo ato.

Cacau e os sapatos
Cacau e seu amor pelo meu chulé.

Em 11 de julho desse ano, Cacau começou a mancar de um minuto para o outro, literalmente. Mancou da pata traseira (direita, acho), vomitou, escondeu-se e começou a chorar. Claro que era um domingo, essas coisas só acontecem nos fins-de-semana. Na segunda-feira de manhã, levei-a ao consultório. Ela tinha comido (depois de mais de 12 horas em jejum) e parecia melhor. Eu mesma tinha examinado a pata e não estava quebrada, nem doía se eu a apertasse. Imaginei que mancava por alguma dor reflexa, talvez um problema digestivo. Eu estava assustada, preocupada, mas não esperava realmente que fosse nada sério. Afinal, a Cacau sempre tinha sido forte e saudável.

Então, veio a primeira bomba: “Isso tem cara de felv”, disse a veterinária.

Veja, minha veterinária é excelente – a melhor de Brasília para cuidar de gatos. Atende mais de 700 pacientes, tem pós-graduação e mestrado em felinos. Ou seja, já viu muita coisa. Uma coisa que ela não faz é alarmar os clientes. Como assim, ela olhou pra minha gata e disse que era felv?

Fizemos os exames de praxe. Positivo para felv.

A amostra de sangue, segundo o laboratório, estava deteriorada demais para realizar-se o hemograma. Colhemos outra.

Bem, fato é que a primeira amostra estava boa. O sangue da Cacau é que estava deteriorado. Todas as células mal-formadas. Todas as contagens fora das faixas saudáveis. Tudo imprestável. Era meio assombroso que, dentro desse quadro, a Cacau parecesse tão bem.

Claro que aí comecei a juntar algumas peças que não me pareciam nada de mais. Cacau, que sempre fôra glutona, há alguns meses comia menos. Atribuí à mudança na marca da ração. Ela também brincava menos, mas tinha feito dois anos e achei que as brincadeiras de filhote estavam ficando para trás.

Gatos disfarçam bem os sintomas. Mesmo um dono atento pode passar batido. Geralmente, só percebemos que há algo de errado quando o gato já está muito mal. Levando-se tudo isso em conta, tive sorte por notar a dor aguda na pata de trás e por ter uma veterinária com excelente olho clínico.

Testamos a Mel. Ela também é portadora, mas assintomática. Um gato pode ter o vírus e passar anos e anos sem manifestar a doença (o mesmo vale para a fiv).

É isso. Há pouco mais de dois meses, sei que tenho uma gata portadora assintomática e outra sintomática. Cacau toma remédios desde então. Está ótima, alegre, cheia de apetite, brincalhona e carinhosa, mas tomará remédios durante toda a vida, que será bem mais curta do que deveria. Eventualmente, ela ficará debilitada demais e talvez eu tenha de abreviar-lhe o sofrimento.

Até lá, vou curtindo minha gatinha ronronante e fazendo o que posso para deixá-la feliz. E vou aproveitar o Cadê para compartilhar informações sobre a tal da felv. Afinal, o Cadê também é utilidade pública.