Olha só como funciona a vida.
Você resolve parar de comer doces por um mês, só pra ver se consegue. Como consequência direta, passa a comer no mínimo três frutas por dia.
Acorda cedo, praticamente de madrugada, pra caminhar sem torrar ao sol e estragar anos de cuidados dermatológicos. Para conseguir esse feito, diminui consideravelmente a ingestão de álcool à noite.
Começa a correr em parte do trajeto e fica feliz da vida quando completa 3 quilômetros sem precisar diminuir o ritmo.
Aí, o que acontece?
Você pega uma infecção de garganta inofensiva, dessas que tem todo ano e nem liga; só que, desta vez, as bactérias resolvem desbravar o mundo e migram para o ouvido, cortando caminho pela trompa de eustáquio.
O resultado é a mãe de todas as infecções, com direito a otite nos ouvidos médio e externo e, de quebra, um rompimento de tímpano. Estou meio surda (mas poderia escrever “meia surda” que a gramática estaria corretíssima), com dor quase permanente há uma semana e praticamente de cama há dez dias. Nunca antes na história deste país, digo, nunca antes na minha vida, fiquei doente por tanto tempo.
É por isso que as postagens da viagem ao Uruguai estão pela metade. Deveria tê-las finalizado no fim-de-semana, mas só hoje consegui me aproximar do computador e, mesmo assim, por pouco tempo.
Agora dá licença que vou lá dopar minhas bactérias com dipirona e rever seriamente minhas intenções de levar uma vida saudável.