Bastardos Inglórios

Ficha Técnica

  • Título original: Inglourious Basterds
  • País: Estados Unidos/Alemanha
  • Ano: 2009
  • Gênero: Ação
  • Duração: 2 horas e 33 minutos
  • Direção: Quentin Tarantino
  • Roteiro: Quentin Tarantino
  • Elenco: Brad Pitt, Mike Myers, Mélanie Laurent , Eli Roth , Christoph Waltz , Michael Fassbender, Diane Kruger, Daniel Brühl, Cloris Leachman e Maggie Cheung.
  • Sinopse: Segunda Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica para realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente, Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste à execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz).

Comentários

Bastardos Inglórios

Evito os filmes de Tarantino como vampiros evitam água benta. Não me agradam a sangueira e a violência gratuita, suas marcas registradas (embora tenha gostado bastante de Cães de Aluguel).

Foi uma surpresa, portanto, constatar que Bastardos Inglórios não é tão sangrento quanto eu esperava. Cenas nojentas? Duas, talvez três. Violência? Sim, tem uma boa dose no filme. Agora, quando a violência é contra nazistas… bem, ela deixa de ser gratuita, não é?

A história é batida: Segunda Guerra, nazismo etc. e tal. Mas não espere um filme previsível ou um final histórico: Tarantino cria um fim alternativo (e sensacional, diga-se) para Hitler e Cia. Limitada.

Ares europeus permeiam a história, não só no cenário, idioma e atores, mas na sua condução. Claro que isso fez gente reclamar no cinema: “que filme lento”, “que diálogo longo”, “que cara chato”. É o povo que quer ver pancadaria o tempo todo. Bastardos Inlgórios concentra-se mais em sugerir a tensão que em desmanchá-la em mares de sangue e isso é o que torna o filme tão bom. Tarantino parece um diretor mais maduro, que não precisa apelar para impressionar o público. As cenas são trabalhadas, os diálogos são bem construídos, o tempo é usado como um personagem importante, fornecendo altas doses de suspense. A violência está muito presente, mas é implícita na maior parte do tempo. A platéia fica em constante sobressalto.

O elenco está impecável. O austríaco Christoph Waltz interpreta magistralmente o nazista Hans Landa, o “Caçador de Judeus”, responsável pelas cenas mais tensas da película. Brad Pitt é um caso à parte. Está excelente e quase irreconhecível, com um sotaque caipira tão forçado que se torna inverossímil e, por isso mesmo, engraçado. Aliás, Bastardos Inglórios é filme de guerra, sim, mas tem cenas que fazem rir muito.

Se você gosta de Tarantino, veja Bastardos Inglórios preparado para um autor maduro e um enredo refinado. Se você não gosta, deixe a cisma de lado e assista ao filme para conhecer uma nova faceta do diretor.

Cotação: 4 estrelas

Curiosidades

Tarantino começou a escrever o filme antes de Kill Bill. Foram quase dez anos trabalhando no roteiro.

O famoso compositor Ennio Morricone foi chamado para compor a trilha sonora, mas tinha outros compromissos. Ainda assim, várias de suas músicas, criadas para outros filmes, são usadas em Bastardos Inglórios.

Em Portugal, o filme ganhou o título Sacanas Sem Lei.

Serviço

Imagem: divulgação.

3 comentários on “Bastardos Inglórios

  1. Oi, Lu.
    E verdade. A sanguinolencia dos filmes de Tarantino fica difícil até de rotular.
    Em Kill Bill, ele a faz caricata, exacerbada, ao mesmo tempo que parecem essenciais para os efeitos de slow motion nos trechos em PB e desenho animado.
    Mas não é nojenta, não expõem órgãos internos… rs…
    Em Cães de Aluguel,a personagem que permanece numa poça de sangue, que sangra a maior parte do filme, é pura tensão.
    A gente sempre espera a hora que as atenções se voltem para ele,e o encontremos morto.
    Pior de todas (e juro que não tenho estômago para ver), foi aquela em Pulp Fiction,quando John Travolta tem que aplicar uma injeção de adrenalina no coração de Uma Thurman. (ééécaaa!!!)
    Não vi ainda o Inglorius. E os diálogos, o trivial da vida neles, alguns que parecem acrescentar mais conteúdo do que pede a cena?
    Se tudo continua assim, em breve Tarantino nem precisará mais assinar seus filmes para que saibam que é dele.
    Ah, outro dia vi um CSI na TV, uma primeira parte. Eu estava achando muito bom aquilo… para no final ver nos créditos que era do Quentim Tarantino.
    E, distraido, perdi a segunda parte e fiquei bem injuriado comigo.
    Eu vejo o Tarantino como uma reedição do Sam Peckinpah, o poeta da violência, sabe?
    Ou… como eu gostava dos filmes de Peckinpah, por osmose, por registro mental, sei lá… gosto do Tarantino.

    Abs!

  2. eu to me devendo esse review no PIN desde a pré-estréia que assistimos (mesmo que eu só tenha te visto no estacionamento qnd vc tava indo embora já rs…)

    confesso que no início eu fui um dos que achou que o filme seria lentão e sem graça, mas é porque o filme demora um pouquinho pra engrenar. Confesso que achei ele muito mais uma comédia do que filme de guerra! E o Brad Pitt se firmou de vez, no início não ia muito com a cara dele, mas depois de filmes como a série Ocean’s e Mr. Mrs. Smith, agora com a atuação em Inglorious Basterds ele me cativou =p

    Só fiquei decepcionado comigo mesmo por não ter conseguido reconhecer o Mike Myers no filme o.o

  3. Vi Bastardos Inglórios e achei muuito ruim. Filme se arrasta, não tem grande ação, trilha sonora muito ruim, roteiro de uma criança de 10 anos. Tudo previsível e sem grandes emoções. Tentativas frustradas de comédia.
    Tarantino dividiu o filme em Capitulos para manter a forma de seus outros filmes e acabou por estragar sua fórmula.

    Não recomendo, nota para o filme: 2 (apenas por consideração ao Tarantino)

Comments are closed.