Reitor de universidade tem alta visibilidade, é?

Leia a notícia: Justiça afasta conselheiro de entidade ligada à UnB por suspeita de uso irregular de cartão (via Folha Online).

A Justiça é o TJDF. O conselheiro é Nelson Martim. A entidade é a Finatec. O cargo que Martim ocupava era, veja só, a presidência do Conselho Fiscal. O cartão é o de crédito do governo, claro – essa excrecência chamada cartão corporativo.

O gasto: 470 mil reais para redecorar o apartamento funcional de Timothy Mulholland, reitor da Universidade de Brasília. A justificativa: o cargo de Mulholland é de grande visibilidade, o que justifica a redecoração do seu apartamento funcional. A cereja do bolo: entre as aquisições, há lata de lixo de quase mil reais.

Agora, as perguntas que não querem calar:

  1. Desde quando reitor de universidade tem tanta visibilidade assim, neste país de iletrados?
  2. Em que país um governo compra uma lixeira de mil reais? Na Suécia, vá lá, eu entenderia. Mas aqui no Brasil, onde mal se tem saneamento básico?
  3. Como anda a UnB? Porque, da última vez em que eu estive lá, era assim: banheiro interditado; bebedouro desligado; quadros negros gastos; carteiras quebradas; alunos sem professores; estacionamentos sem segurança. Isso para apontar só alguns problemas que, aliás, são comuns a todo o ensino público.
  4. Será que os dirigentes da universidade não podiam aproveitar sua, er, influência junto ao governo Lula para corrigir um pouco do tanto que há por fazer, em vez de rasgar dinheiro?

Não, claro que não. Porque a coisa funciona assim: se seus adversários estão no poder, você diz que as condições da instituição são péssimas porque o governo não libera verbas; se o poder está com seus cupinchas aliados, você aproveita pra encher os bolsos, a cueca, as malas.

A universidade? Que se exploda, como diria Justo Veríssimo, junto com o resto do Brasil.

Palha Italiana

A palha italiana nada mais é que um brigadeiro mole com biscoito de maisena. É fácil de fazer, rende muito e faz sucesso em lanches e festinhas.

Ingredientes

  • 2 pacotes de biscoito de maisena (aproximadamente 400 gramas)
  • 2 latas de leite condensado
  • 2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
  • 4 colheres (sopa) cheias de chocolate em pó
  • açúcar refinado
  • canela

Você também precisará de

Preparo

Palha Italiana Unte a travessa (ou assadeira) e reserve.

Pique os biscoitos em pedaços médios (cada biscoito pode ser picado em 3).

Leve ao fogo brando o leite condensado, a margarina (ou manteiga) e o chocolate em pó, mexendo sempre. Quando começar a engrossar, adicione os biscoitos picados e continue mexendo até que o doce se solte do fundo da panela.

Despeje na travessa untada e alise a superfície com uma espátula.

Espere esfriar e leve à geladeira por seis horas. Corte em quadradinhos e passe na mistura de canela e açúcar.

Dicas e Complementos

Providencie uma boa faca para cortar a palha italiana. Ela fica resistente e uma faca pequena ou sem corte dificultará o seu trabalho.

Mantenha os docinhos na geladeira, retirando-os pouco antes de servir, para que o chocolate não amoleça demais.

  • Tempo de preparo: 20 minutos, mais o tempo de geladeira
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Rendimento: entre 60 e 80 quadradinhos

Campus Party – quase estarei lá!

Você já sabe o que é o Campus Party? É a maior reunião de geeks por metro quadrado que esse país já viu. Acontecerá entre os dias 11 e 17 de fevereiro, no Parque do Ibirapuera em São Paulo. O evento ocorre na Espanha desde 1997 – é a primeira vez que acontece fora de lá.

O Campus Party é dividido em áreas. Este ano, pela primeira vez, uma das áreas é totalmente dedicada aos blogs. O CampusBlog é mérito da Lu Freitas que, de tanto que trabalha, está mais para formiga que para joaninha. A programação é de primeiro nível e muita, muita gente boa vai passar por lá. Imagina se eu não queria participar? Acontece que tenho outra viagem na mesma época.

Bom, de qualquer jeito, eu não poderia ficar completamente de fora dessa festa. Vai daí que fiquei sabendo que uma blogueira – ainda anônima – vendeu o corpo para participar do CParty. Ou melhor, vendeu publicidade na roupa dela E, adivinha?, o Dia de Folga estará lá, na companhia de outros blogueiros, marcando presença:

Participação do Dia de Folga no Campus Party

Quer saber quem mais comprou um pedaço do corp, digo, da roupa da blogueira? Leia os textos:

Atualização em 15.02.2008: agora todos já sabem que a blogueira que vendeu o corpo foi a Nospheratt! Veja as fotos tiradas pelo Rafa (clique para ampliar):

A blogueira que vendeu o corpo para ir ao Campus Party

A blogueira que vendeu o corpo para ir ao Campus Party

Eu Sou a Lenda

Ficha Técnica

  • Título original: I Am Legend
  • País de origem: EUA
  • Ano: 2007
  • Gênero: Ficção Científica
  • Duração: 101 minutos
  • Direção: Francis Lawrence, que também dirigiu Constantine[bb].
  • Roteiro: Mark Protosevich e Akiva Goldsman, baseado em livro de Richard Matheson[bb].
  • Elenco: Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan, Salli Richardson, Willow Smith.
  • Sinopse: a população de Nova York foi dizimada por um vírus mortal. Um brilhante cientista (Will Smith) é imune e tenta desenvolver um antídoto e encontrar outros sobreviventes.

Comentários

Eu Sou A Lenda Essa minha mania de ir ao cinema sem ler nada a respeito do filme antes me mete em ciladas de vez em quando. Antes que você ache que Eu Sou a Lenda é uma cilada, deixe-me explicar: o filme é excelente, mas dá altos sustos – ao menos em mim, que sou um tanto covarde para filmes de monstros. Sem exageros, porém – há quem tenha se decepcionado com o filme justamente por esperar mais sustos. Para mim, a dose foi suficiente.

O filme se passa num futuro próximo: em 2009, o vírus do sarampo é alterado geneticamente para combater o câncer; a experiência sai do controle e o vírus mutante dizima a espécie humana. A maior parte da ação se situa em 2012, contando o dia-a-dia do Dr. Robert Neville em sua luta pela sobrevivência e pela busca de uma cura para a doença mortal.

O que conduz brilhantemente a produção, elevando-a a um patamar muito acima da mediocridade, é a interpretação de Will Smith. O ator sustenta a história praticamente sozinho, conferindo-lhe uma carga dramática tão grande que é difícil acreditar que seja o mesmo Will Smith da comédia boa, mas fácil, The Fresh Prince of Bel-Air – aqui no Brasil, Um Maluco No Pedaço. Smith tem outros bons filmes no currículo[bb], mas nenhum que exigisse tanto.

Já Alice Braga, a sobrinha de Sônia Braga, tem um papel curto, mas bem desempenhado. Alice mostra mais talento, simpatia e beleza que sua tia costuma exibir.

Os efeitos visuais são um show à parte – os infectados são todos gerados por computação. Os efeitos sonoros também impressionam. É provável que Eu Sou a Lenda seja lembrado nas categorias técnicas no Oscar 2009.

Sim, é mais um filme-catástrofe. Sim, é previsível (mas guarda uma ou outra surpresa). De toda forma, no seu gênero Eu Sou a Lenda merece 5 estrelas.

Cotação: 5 estrelas

Curiosidades

Eu Sou a Lenda é a terceira adaptação para o cinema do romance de Matheson, juntando-se a The Last Man on Earth (“Mortos que Matam”, 1964) e The Omega Man (1971, com Charlton Heston no papel principal). Segundo críticos, Eu Sou a Lenda distanciou-se demais do original, mais que seus predecessores.

Os mais atentos perceberão, numa das primeiras tomadas que mostram Nova Iorque arrasada, o pôster de um clássico nunca acontecido e sempre desejado pelos fãs dos quadrinhos: o filme Batman vs. Superman. Trata-se de uma piada de Akiva Goldsman, roteirista do filme.

Bob Marley[bb] permeia o filme: Three Little Birds aparece a todo momento; o cd preferido do Dr. Neville é Legend, uma coletânea do cantor de reggae; a música dos créditos é Redemption Song.

Além da Tela

O vírus que desencadeia a quase extinção da espécie humana é uma mutação construída em laboratório do vírus do sarampo. O sarampo é, hoje, raro em países desenvolvidos, graças à vacinação em massa; em países pobres, ainda infecta milhões de crianças por ano, levando à morte milhares delas. No Brasil, a doença está quase erradicada e a última morte foi registrada em 1999.

Vampiros rendem boas histórias há séculos, povoando a literatura e o cinema. Também fazem sucesso nos role playing games (RPG). O termo “vampiro” popularizou-se no século XVIII, mas o mito é muito anterior, remontando aos antigos gregos, hebreus e mesopotâmicos. O livro I Am Legend, escrito por Richard Matheson em 1954, oferece uma nova explicação sobre vampiros: em vez de tratá-los como criaturas sobrenaturais, como a literatura de horror fazia, Matheson vale-se da ficção científica para explicá-los à luz da ciência.

Atualização em 11 de março de 2008: a Fabiana Neves, do blog Rockerspace, publicou o final alternativo do filme, disponível no dvd norte-americano. Como ela, também prefiro a versão que foi exibida no cinema. E você?

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