Um Ano Sem Comprar – Abril

Enjoada que estava do meu cabelo, resolvi voltar a pintá-lo depois de uns cinco anos de liberdade. De novo escolhi o vermelho, mas desta vez puxado para o “ruivo natural”, laranjinha – “só” a cor mais difícil de encontrar na roça, digo, em Brasília.

(Da vez anterior, foram uns três anos pintando o cabelo de vermelho-super-intenso.)

Acabei comprando por internet um tonalizante que não me satisfez (mas rendeu duas aplicações). Numa loja de cosméticos da cidade, achei a tintura 8R da Itely (que usa uma combinação bizarra de letras e números em vez de aderir ao código que todas as outras fabricantes usam) e levei também a 10D para tentar um tom mais claro misturando ambas.

Essas compras envolveram, também, condicionador pós-tintura, recipiente para misturar as tintas e PPT (protetor de pele para tintura). Ou seja: arranjei gastos e sarna para me coçar no ano sem compras. Embora não esteja arrependida, ainda não cheguei ao tom de ruivo que gostaria, que é à la Marcia Cross em Desperate Housewives.

Foi uma compra desnecessária? Sim, foi. Eu poderia continuar com o meu cabelo natural. Para piorar, violei a regra específica de não comprar cosméticos. Por outro lado, não é como se eu tivesse tintas sobrando em casa e, além delas, resolvesse comprar outras pra aumentar o estoque. Então, pelo menos não foi uma compra redundante, nem adquiri algo que ficará juntando poeira em casa.

EEE Pad Transformer com teclado.
Completinho. 🙂

A grande aquisição do mês foi o teclado para o meu tablet. Esperei uma boa promoção e ele finalmente ficou completo e funciona como um excelente netbook, quando preciso.

Aaaaah, também comprei uma capa  e uns cabos pro transformer. Essa é a pior parte de comprar uma nova traquitana: outras aquisições sempre se fazem necessárias para completá-la.

A reforma no apartamento continuou, com os correspondentes gastos de mão-de-obra e material.

Leia os outros relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.

3 comentários on “Um Ano Sem Comprar – Abril

  1. Eu já fui ruiva como a Bree!!!! Eu adorava, o único problema era manter a cor, pintar sempre e tal… mas era o máximo e todo mundo achava que eu era ruiva daquele jeito de verdade (imagina o bronzeado da pessopa aqui, só que ao contrário!).

    Bem, acho que vc voltou àquela questão que volta e meia aparece em blogs sobre minimalismo e consumo consciente que é na verdade essa: como definir o que é o mínimo, o que é necessário? Eu acho essa questão super interessante quando a gente pensa em consumir menos, em viver de forma mais simples. Eu acho que ficar sem comprar faz com que a gente compreenda melhor quais são as coisas importantes na nossa vida, aquelas que nós queremos realmente consumir, aquelas que nos trazem prazer e bem estar, aquelas que deixam nossa vida mais alegre, mais divertida… E pensando assim, acho que a sua tintura de cabelo se encaixa perfeitamenre dentro de uma categoria de “pequenas coisas não-básicas que te fazem bem”. E eu acho muito bacana que você possa se dar essa liberdade, sabe?, sem descambar pro consumismo maluco mas sem se privar completamente dessas coisas.

    Abraço!!!

  2. @Marina, vermelho dá mesmo um trabalho terrível pra ficar sempre bonito… por isso digo que arranjei “sarna pra me coçar”. Que cor você usava?

    A virtude está no meio, né? E esse meio não é tão fácil de encontrar… Nesse “ano sem compras”, passei uns meses comprando muito por causa da reforma da casa, mas são coisas duráveis e com a perspectiva de trazerem felicidade e facilidade. Mesmo assim, às vezes me pego perguntando se eram mesmo necessárias.

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