Folgando na Rede # 6

Rede arco-írisDepois de mais de um mês de pausa, retoma o Folgando na Rede. Para variar, a ausência não foi motivada por falta de assunto, mas por falta de tempo.

O Inagaki (re)publicou um belo texto sobre fé e o sentido da vida (não, não é 42): Parte da Experiência. Citou um trecho de Hannah e Suas Irmãs que deve estar entre as cinco melhores seqüências de Woody Allen.

A animação Life conta a história da Criação de uma forma bem interessante, e um tanto geek. O autor é o mesmo da conhecida comparação entre a Itália e o restante da Europa e de outras animações famosas.

Também na linha criacionismo-geek, a Srta. Bia enviou-me essa explicação sobre a origem do mundo.

E você, é um(a) geek? Se for, talvez já conheça essa dica para encontrar mp3 pelo Google. E também já deve ter lido os 15 comentários mais polêmicos da Microsoft.

Geek de verdade adora computador. Cuidado! Dez sinais que indicam que você deve passar mais tempo longe do computador. Por outro lado, o futuro.vc divulgou um notebook finíssimo. Ainda é um protótipo, mas já estou sonhando com o meu – vermelho, claro.

Mudando de assunto…

Você se lembra da dupla Luan e Vanessa? O youtube lembra, e resgata Quatro Semanas de Amor. Tá, tá, o cabelo ainda era à la anos 80, a letra é piegas, a coreografia é meio brega… mas quem disse que o brega não pode ser bonito? Rodopiei ao som dessa música quando era criança.

Para mergulhar de vez nos anos 80, leia sobre o grupo infantil Trem da Alegria, que lançou Vanessa, leia a entrevista dela para o Infância80 e vasculhe os clips do youtube.

No Efetividade.net, vi uma campanha pela qualidade dos comentários na internet, no melhor estilo “não alimente os trolls“. A campanha é ótima, mas melhor ainda é a Lei da Compensação nº 42: “Cada vez que você alimenta um troll, o Universo mata um filhote (pense neles!)”.

Quais são as fantasias dos blogueiros? O eSoup listou cinco delas (em inglês).

O adiantamento do décimo-terceiro saiu e você já está querendo gastar? O mesmo Efetividade.net dá dicas para evitar as armadilhas dos supermercados e shoppings para abocanhar seu rico dinheirinho. Um bom uso para o dinheiro é contratar um host para hospedar seu blog.

Até o próximo fim-de-semana, com outro Folgando na Rede.

Bad, bad country. No Pandora for you.

Tudo bem, eu gosto do Brasil e acho muito legal ter nascido num país razoavelmente civilizado, em que qualquer um pode entrar na igreja que bem entender (mesmo que seja a Renascer ou a Universal – esse é o preço, sem trocadilhos, da liberdade de expressão), xingar o Lula até cansar e parecer árabe sem ser preso e interrogado, mas tem dias em que morro de inveja das facilidades do mundo desenvolvido. Hoje, por exemplo.

Lembra que há pouco tempo falei do Pandora? Fiz a maior propaganda sobre a forma inovadora que o site tem de apresentar músicas que acertam em cheio o gosto do ouvinte. Pois bem. Que o Pandora e outras rádios online têm sido perseguidas pela RIAA e poderiam acabar num futuro próximo, eu já sabia. Só que, aqui no Brasil, o futuro chegou primeiro (por que isso nunca ocorre para uma boa coisa?).

Na verdade, no Brasil e no resto do mundo, com exceção da terra do Tio Sam, o Pandora está fora do ar a partir de hoje. Devido à incapacidade dos países em fornecerem licenças adequadas para a reprodução de músicas via internet, a equipe que mantém o serviço decidiu parar de oferecê-lo mundo afora. Em comunicado recebido pelos ouvintes não-norte-americanos, o time informa a decisão, exprime seu desapontamento e deixa apenas um fiapo de esperança, dizendo que ainda tenta negociar as licenças internacionais.

Alguém aí tem qualquer ilusão a respeito da possibilidade de negociação com gravadoras que preferem perder terreno para a pirataria em vez de diminuírem sua margem de lucro e/ou venderem músicas pela internet a um valor decente? Nem eu.

Alternativas? Tem a dica do Oito Passos: usar um IP norte-americano para continuar acessando o Pandora. O Gabriel também sugeriu uma outra rádio online, a Radio.Blog.Club, que testei por meio minuto e, de cara, não gostei do visual. Tem o Soundpedia, ótimo se você quiser ouvir um álbum inteiro (sugestão que o Glacial deixou por aqui quando fiz o artigo sobre o Pandora), e com recursos além da reprodução de músicas. Tem o Last.fm, muito fraco em comparação ao Pandora e ao Soundpedia. E tem o Musicovery que, de todos, é o mais parecido com o Pandora, trabalhando também com o encadeamento de músicas por similitude e contando com uma interface agradável e intuitiva.

Aproveite enquanto ainda existem opções.

Uma caixa de Pandora… cheia de música!

Depois que você vicia em internet, não resiste a dar uma espiada em toda e qualquer aplicação online de que ouça falar. A maioria delas acaba esquecida em uma semana, ou mesmo em poucas horas, e o interesse pula para a seguinte. As causas do esquecimento são várias: alguns sites são feios ou não são intuitivos ou, ainda, são pouco interativos; outros são simplesmente inúteis aos interesses pessoais.

Uma vez ou outra, porém, surge aquele serviço surpreendente: um site bonito, uma curva de aprendizado pequenininha e recursos pra lá de interessantes. É o caso do Pandora Internet Radio, um paraíso na terra para quem gosta de música e passa horas na frente do computador: um serviço online com um repertório de mais de meio milhão de músicas online com uma ótima qualidade de conteúdo e de forma.

A grande diferença do serviço para outras rádios online é a forma como o conteúdo é oferecido: você escolhe um artista, ou uma música, para dar o pontapé inicial – a partir daí, Pandora começa a apresentar outras músicas que sigam o mesmo estilo e que acha que você gostará de ouvir – e quase sempre acerta! Assim, a inovação do serviço é esse elemento surpresa, que leva à descoberta de ótimos artistas dos quais você nunca tinha ouvido falar. Não é à toa que o lema do projeto é “Can you help me discover more music that I’ll like?”.

Você pode criar diferentes rádios para diferentes estilos – basta começar cada rádio com um artista do ritmo que deseja. Assim, uma rádio que comece com Legião Urbana levará o nome “Legião Urbana Radio” e apresentará outras bandas de rock – aí, é só mudar o nome da rádio para “Rock”, por exemplo, e ir refinando seu estilo, mostrando a Pandora do que você realmente gosta a cada nova música.

Depois de um tempinho ouvindo, o site pede registro, que é gratuito (também existe uma versão paga). O único detalhe é que, devido às regras de direitos autorais adotadas pelo projeto, por enquanto é preciso morar nos Estados Unidos para registrar-se. Para fazer esse controle, o registro pede um CEP norte-americano (“zip code”) – nada que uma prece a São Google não resolva em meio minuto.

O nome do serviço, claro, diz respeito à Pandora da mitologia grega, que foi agraciada pelos deuses com diversos dons, inclusive o da música. Além disso, ganhou uma caixa que não deveria ser aberta sob circunstância alguma. Muito curiosa, Pandora não resistiu e abriu a caixa, derramando sobre o mundo todos os seus males, ficando no fundo do recipiente apenas a Esperança. Como os criadores do Pandora Internet Radio fazem questão de lembrar, no entanto, neste projeto a curiosidade é muito apreciada – e a Esperança continua por lá…

O Pandora Internet Radio ganha do seu primo, o Last.fm, pela enorme praticidade de uso e pelo visual atraente. Também o supera por trazer grande quantidade de músicas brasileiras, uma felicidade para mim, que nunca encontrei uma música nacional conhecida no Last.fm que tocasse por mais de trinta segundos. O Pandora só não é uma boa para os apreciadores de música clássica, já que ainda não abrange o estilo.

Para mais informações sobre o projeto, nada melhor que ler as perguntas frenqüentes lá no site.

Quem deu a dica do serviço foi a Jess no seu ótimo blog, o Crash Tester. Ela também escreveu um artigo em que explica o serviço e fala da “mágica” que possibilita ao Pandora sugerir outras músicas que agradem ao usuário e acertar em cheio tantas vezes: o Music Genome Project.

Como a moda, hoje em dia, é rede social e troca de idéias, você pode saber o que tenho ouvido visitando meu perfil no Pandora.

E você, descobriu algum serviço online interessante nos últimos tempos?