Blogs on Dance no Rio

Blogs on Dance - 22 de novembro de 2008 Não podia viajar sem antes cumprir minha promessa e divulgar a Blogs on Dance, que finalmente tem data marcada para acontecer: 22 de novembro.

A festa, idealizada pelo Wallace, será capitaneada por quatro blogueiros que se arriscarão como djs: Cris Dias, Cardoso, Nick Ellis e Beto Largman. Haverá, ainda, a participação especial do Maestro Billy.

O bat-local é o Recanto da Lapa e o preço é uma pechincha: 10 estalecas, digo, reais. O Wallace dá todos os detalhes, inclusive um mapa para chegar ao lugar.

Só não digo que a festa será imperdível porque estou com dor-de-cotovelo: volto do Rio exatamente uma semana antes.

Saiu o cd da Thais Uessugui

Thais Uessugui - Japonêga Lembra que, quando divulguei a enquete sobre o Dia de Folga (que resolvi deixar perpetuamente no ar), ofereci brindes aos participantes? Lembra que um deles era o primeiro cd da Thais Uessugui e tive de trocar por outro porque o lançamento atrasou?

Pois bem: em maio, o cd da Thais, Japonêga, foi lançado! Você pode encomendá-lo no site da gravadora. Em breve, estará à venda em outros cantos, também.

Antes de comprar, você pode ouvir algumas músicas no MySpace da Thais e no ADD 464, do Maestro Billy.

Vai conferir, que vale a pena – é música brasileira de qualidade!

Atualização: para saber mais sobre a Thais, você pode baixar a entrevista de quase 20 minutos para a Rádio Verde Oliva (mp3, 8,17 MB), dada no fim de abril.

Podcast – já ouviu falar?

O formato não é novo – podcasts navegam pela web desde 2004, pelo menos. No Brasil, essa forma de mídia continua desconhecida do grande público. Vai bem, então, tirar algumas dúvidas sobre podcasts, que se assemelham aos blogs no que diz respeito à democratização da produção de conteúdo.

O que é podcast?

PodcastPodcast é um arquivo de áudio gravado por uma ou várias pessoas e posto à disposição do público via internet, com o fornecimento de um feed para acompanhar edições subseqüentes.

O formato do arquivo costuma ser o mp3, que possibilita uma boa compressão de informações de áudio sem grande perda de qualidade, gerando arquivos relativamente leves.

Nome estranho…

Pois é. Vem da junção de iPod, o mais famoso tocador de mp3 (mp3 player) e broadcast (difusão de sinal via rádio ou televisão).

A Apple andou empombando em 2006, querendo vedar o uso do termo “pod” na expressão “podcast”. Outras empresas já tentaram registrar o termo, nos Estados Unidos. Deu em nada.

É preciso um iPod para ouvir um podcast?

Não. Você pode reproduzir o arquivo em qualquer tocador: mp3 players de bolso, cd-players que toquem mp3, programas para computador como o Windows Media Player, Winamp ou iTunes etc. e tal.

Alguns podcasters (o autor de um podcast – o termo aportuguesado “podcasteiro” ainda não é comum) usavam os formatos ogg ou aac. Faz tempo que não vejo podcasts nestes formatos, que não são reconhecidos por todos os tocadores. De qualquer forma, quem distribuia seu podcast em ogg ou aac também costumava oferecer um arquivo correspondente em mp3.

Vários podcasts também podem ser ouvidos online, sem a necessidade de download, por meio de um tocador embutido na página. Nesse caso, é preciso estar conectado à internet enquanto se escuta o programa.

Qual o conteúdo de um podcast?

Varia muito. Há podcasts sobre tecnologia, cinema, música… Também há rádios que distribuem parte da sua programação em forma de podcast.

E a periodicidade?

Varia mais ainda. Alguns podcasts somem por meses e, de repente, ressurgem das cinzas (não raramente, somem de novo logo depois).

Por isso, a melhor forma de acompanhar podcasts é assinar o feed oferecido pelo seu autor. Assinando o feed, você saberá quando seu podcaster preferido subiu um novo arquivo.

Agregadores de feeds offline fazem o download automático dos arquivos. Alguns são dedicados aos podcasts, como o Juice. Eu optei pelo FeedReader, software que agrega todos os meus feeds no computador e baixa automaticamente os podcasts para uma pasta determinada por mim. De lá, faço a transferência dos arquivos para o meu smartphone.

Proprietários de iPod costumam escolher o iTunes como gerenciador de podcasts, devido à boa integração com o mp3 player.

Agregadores online como o Bloglines e o Google Reader não fornecem a opção de download automático dos podcasts.

É pago?

Não. Grátis como a sua rádio fm.

E qual a vantagem de ouvir podcasts?

A grande vantagem é o seu poder de escolha. Ao contrário do rádio, com os podcasts você só ouve o que interessa. Nada de Voz do Brasil, nada de dez minutos de propaganda, nada de repetições intermináveis do sucesso da semana.

Pense nos podcasts como uma estação de rádio que você monta do seu jeito, de acordo com os seus gostos e para ouvir quando você bem entender. É o bom e velho conteúdo sob demanda: o consumidor faz sua própria programação.

O assunto está chato? Você passa ao arquivo seguinte. Quero ouvir novamente? É só voltar. A seleção de músicas do último podcast está fantástica? Basta repetir o programa.

Por onde começar?

Há vários bons podcasts em português. Eis alguns dos meus preferidos:

PodSemFio: o podcast da Garota Sem Fio, sobre tecnologia móvel.

CBN – Comentaristas: meu modo preferencial de manter-me informada sobre o dia-a-dia. É o que toca no meu carro no trajeto casa/trabalho/casa. Comentários diários ou semanais de André Urani, Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Celso Itiberê, Cony & Xexéo, Danusia Barbara, Ethevaldo Siqueira, Gilberto Dimenstein, Juca Kfouri, Lucia Hippólito, Luis Fernando Correia, Mara Luquet, Marcos Emílio Gomes, Mauro Halfeld, Max Gehringer, Merval Pereira, Miriam Leitão, Osvaldo Stella, Renato Machado, Simone Magno e Sérgio Abranches.

CBN – Fim de Expediente: programa semanal de variedades, normalmente com um entrevistado convidado. Apresentado pelo ator Dan Stulbach e com a participação do escritor José Godoy e do economista Luiz Gustavo Medina. O programa acontece nas sextas-feiras às 19 horas. Geralmente, só recebo o podcast na segunda-feira seguinte. O arquivo chega sem os intervalos comerciais e tem cerca de 45 minutos de duração.

Maestro Billy: são dois programas diferentes, o ADD (Antes, Durante e Depois – uma música antiga, uma atual e uma novidade) e o AAA (Antes, Antes, Antes – três músicas antigas), mais uma rádio online.

MovieCast: podcast sobre filmes em cartaz e dvds.

Momento Retrô: seriados, filmes, músicas e outros bricabraques que marcaram os anos 80 (com um pé nos 70, em alguns episódios).

Discofonia: os programas têm aproximadamente uma hora de duração e são temáticos – a cada edição, um estilo musical diferente entra em evidência.

Menção honrosa ao excelente Musicast, que não aparece há meses mas continua no agregador de feeds – a esperança é a última que morre.

Com o tempo, você encontrará outros podcasts interessantes, sobre seus assuntos preferidos. E sim, há vários podcasts legais que não estão nesta lista. Coloquei aqui apenas os que ouço regularmente. Quer sugerir outros? Mande-me um email, que publicarei uma nova relação com as sugestões dos leitores.

Fonte da imagem: RSS Applied.

5 músicas marcantes

Fui convidada pelo Paulo, do Mundo das Tribos, para seguir a TAG (meme não tem convite, capice?) “5 músicas da hora”.

Para restringir e facilitar minha escolha, esta lista será temática: indicarei 5 músicas “da hora” de estar com turmas que tive em diferentes fases da vida.

Você Não Soube Me Amar, Blitz[bb]: a primeira música “de adulto” que cantei em grupo. Eu tinha uns 7 anos e ia de ônibus escolar para o colégio. A galerinha do fundão, mais velha, entoava essa música a plenos pulmões. Não sei se cheguei a cantar junto – provavelmente não – mas o registro ficou na memória. Voltei a ouvir Blitz uns dez anos depois.

Losing My Religion, R.E.M.: a turma toda morava no mesmo prédio e estava na mesma faixa etária. Todos os domingos, rolava discoteca (praticamente matinê) no clube vizinho. Era 1992 e essa música tocava todas as vezes. Se estivéssemos tomando uma coca-cola ou conversando fiado, voltávamos para a pista na mesma hora. Foi a primeira música em inglês que aprendi a cantar do início ao fim. Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, Kid Abelha[bb]: a música foi regravada pela banda em 1996 e virou o hino da viagem de 3º ano. Era quase impossível entrarmos e sairmos do ônibus sem puxarmos a estrofe ao menos uma vez. Jogávamos as mãos para o céu e sonhávamos com o romantismo de uma casinha de sapê, no melhor estilo um-amor-e-uma-cabana. Como éramos inocentes… How Bizarre, OMC: a turma de 1999 ia à mesma boate todos os sábados. Essa música era indefectível. Os rapazes (eu costumava ser a única garota do grupo que, afinal, era bem pequeno) caprichavam na coreografia para o refrão. Quem estava por perto parava para olhar. Sim, era meio ridículo, mas tremendamente divertido. Depois dessa fase, comecei a achar boates um tédio. Faroeste Caboclo, Legião Urbana[bb]: marca registrada de qualquer rodinha em que exista um violão, na capital federal. Tocar é fácil: são 2 acordes na maior parte do tempo, e os outros podem ser ignorados sem que ninguém perceba, já que a roda toda fica concentrada em recordar a letra – os 159 versos que não se repetem ao longo de 9 minutos de canção são um verdadeiro desafio. Dizem por aí que a música vai até virar filme.

Para complementar o Top 5, que tal assistir aos vídeos guardados naquele que tudo vê?

Seguindo a tradição das tags, indico alguns blogueiros para responder: quais as 5 músicas “da hora” para vocês?

  • Ciléia, do Chata.com, que até fez um texto sobre música há quase um mês e, desde então, abandonou o blog
  • Rafael, do Futilidade Pública, já que recentemente recebeu trocentas dicas musicais
  • Marilyn, do Toda Menina, porque a vida é sempre musical, alternando choro e samba…
  • Lu, do Subterfúgio, que escreve logo no perfil que ama música
  • Dudu, do Águas Claras, que dedica um bom espaço no seu blog para falar do assunto