Um Ano Sem Comprar – Setembro

Setembro foi um mês de poucas compras, mas confesso que tive de resistir bastante. Foi o primeiro mês realmente difícil nesse quesito.

Para a casa, foi a vez de comprar outra leva de ganchos removíveis para quadros. Comecei a compra em agosto e, com o que adquiri em setembro, completei-a, ou quase. Talvez faltem dois ganchos. É que não sei se vou emoldurar todos os pôsteres que tenho e não quis comprar ganchos a mais correndo o risco de não usá-los. Se precisar mesmo, é só comprar quando chegar o momento.Prato da linha Parma.

Outra aquisição para a casa foram… pratos. Não que eu não tivesse… acontece que a maior parte dos meus pratos é descasada. Comprei alguns porque são fotogênicos (o que ajuda bastante na hora de fotografar minhas receitas), outros pela praticidade (nada como um bom e velho duralex na hora de esquentar alguma coisa no microondas). Um jogo de jantar estava na minha lista de compras para 2013, que já mencionei por aqui.

Só que achei, na Etna, pratos que casavam exatamente com os dois rasos e os dois de sobremesa que eu já tinha. São brancos, bem clássicos (a linha se chama Parma). Os rasos estavam em promoção por um preço bem mais amigável do que paguei há quatro ou cinco anos, quando comprei os primeiros. Os de sobremesa estavam num preço normal, bom mesmo assim. Vai daí que comprei dois de cada e risquei da minha lista o tal jogo de jantar. Porque, afinal, esses pratos são elegantes, minimalistas (adoro o fato de serem fininhos, ocupam pouco espaço quando empilhados) e fáceis de repor – o que é sempre uma complicação no caso dos jogos decorados nos quais estava de olho. (Saí da Etna também com um fouet de silicone, que já estava há um tempo na minha lista de compras.)

Dias depois, num supermercado, coincidentemente achei os pratos fundos da mesma linha. Nem sabia que existiam, nunca tinha visto… e o preço estava fan-tás-ti-co. Compre seis. Futuramente, vou comprar mais dois pratos rasos e dois de sobremesa também. Quem diria… um jogo de jantar prático e bonito para seis pessoas por menos do que eu gastaria num jogo para quatro, que ainda por cima viria com peças inúteis (todos parecem incluir xícaras e pires atualmente, e eu sou do time das canecas).

No fim das contas, os pratos fundos – que eu nem conhecia – são os que mais uso, já que são perfeitos para massas e risotos, duas das comidas mais frequentes aqui em casa.

No quesito “compras pessoais”… bem, burlei ligeiramente o Ano Sem Comprar – mas tenho uma ótima justificativa.

Sabendo que minha sapatilha preta estava arruinada, o Sr. Monte me presenteou com uma linda, linda. Só que a bendita machucava meus pés, pra variar. Meus pés são um saco, é sempre uma luta encontrar um sapato que não machuque em ponto nenhum. Bem, fui à loja trocar e, tchan-rã!, havia váááários sapatos lindos em liquidação. Com o valor da sapatilha original, dava pra comprar quase dois pares em promoção! Quase… e aí entra a pequena burla. Completei a troca com R$27,18. Ou, como disse a Sra. Monte, ganhei três pés de sapato e comprei o que faltava.

A causa foi nobre. Afinal, eu não ia deixar troco pra loja. Os sapatos (duas sapatilhas, na verdade) são lindos e confortáveis. Um deles é preto, substituindo o par que foi pro lixo. O outro, com detalhes em roxo, combina com mais da metade do meu guarda-roupa.

Presentes de Setembro Presentes de Setembro

Eu disse lá no começo que setembro foi o mês mais difícil do Ano Sem Comprar, né?

Acontece que eu tinha duas gatas de estimação. Uma morreu em novembro do ano passado, de leucemia viral felina. A outra também era portadora. Ficou gravemente doente em junho. Recuperou-se. No fim de agosto, piorou novamente. No dia 2 de setembro, morreu.

A coisa não foi nada fácil. Aliás, não está nada fácil.

Depois disso, foi bem comum ter o desejo, praticamente a necessidade de comprar alguma coisa – isso não tinha acontecido durante o ano todo. Talvez eu nem tivesse comprado os pratos, pra dizer a verdade, se não fosse por essas circunstâncias. Ver canais de compras e lojas online era uma forma de eu me distrair… de pensar em outra coisa. E ficou nítido, pra mim, que compras são uma baita válvula de escape. Sim, muita gente diz isso, mas eu nunca tinha visto a coisa dessa forma no meu caso – mas também nunca tinha me imposto um tempo tão longo sem comprar, e nunca tinha passado por situações tão difíceis durante um tempo sem compras.

Não comprei nada além do que descrevi aqui, o que foi ótimo. As chances de fazer uma compra inútil eram enormes. Eu traria para casa um objeto não por realmente precisar dele, mas para ter alguma coisa, fazer alguma coisa diferente, e preencher um vazio que não pode ser preenchido.

O desejo de gastar dinheiro em inutilidades ainda perdura. Não ficou lá em setembro, não. A essa altura do campeonato, estou grata por estar num Ano Sem Compras, porque, de outra forma, eu não me conteria.

Leia os outros relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.

Um Ano Sem Comprar – Agosto

Agosto foi um mês bem parado em termos de compras para a casa (que tÊm se mostrado inevitáveis por causa da mudança recente de endereço).

O gasto principal foi com ganchos Command da 3M para pendurar quadros. Tenho uns 12 pôsteres aguardando molduras e estava decidida a pendurá-los com preguinhos, mas o @sergiovds me convenceu a investir nos ganchos adesivos removíveis. Problema: cada gancho custa perto de 14 reais, portanto a brincadeira não sai barata. Comprei metade deles em agosto, e a outra metade ficou pra setembro. Quanto às molduras, provavelmente só em dezembro ou janeiro, a um custo aproximado de 800 reais.

Para mim, comprei quatro potes de plástico para levar almoço e lanches pro trabalho. Pessoalmente, prefiro os potes de vidro, mas os de plástico pesam muito menos e minhas costas agradecem.

Na prática, desses quatro potes tenho usado dois, às vezes três. Talvez eu pudesse ter escolhido melhor e comprado menos… mas o uso foi sendo construído ao longo do tempo, ficava difícil prever.

Além dos potinhos, a única compra pessoal foi um kit de decapagem para remover o excesso de tintura vermelha do cabelo e retomar o processo a fim de chegar ao “ruivo natural”.

A listinha de coisas que pretendo comprar em 2013 cresceu um pouco:

  • um par de sapatilhas pretas
  • uma calça jeans

Ambas as peças são de reposição e a sapatilha, acabei ganhando em setembro, assunto para a próxima atualização do Ano Sem Comprar.

Leia os outros relatos mensais no fim do texto de abertura deste projeto: Um Ano Sem Comprar – Um Ano Sabático.

Project333 – Começando

Faz 5 dias que a edição outubro-dezembro do Project333 teve início. (Se você não faz a menor ideia do que estou falando, dê uma olhada no primeiro post.)

Separar as roupas foi uma tarefa mais fácil do que eu poderia prever. É bacana ver tudo pendurado, facilmente ao alcance, com espaço suficiente para que tudo seja visto e nada amasse. Esse, sem dúvida, é o maior ganho do Projeto – até o momento, pelo menos.

Project333 - out/dez 2012
As 33 peças de roupa (os colares estão no cantinho).

Agora, separar os acessórios foi uma outra história. Como eu tinha dito, flexibilizei o Projeto: no meu caso, sapatos não contam, e acessórios receberam um Project333 só pra eles. Mesmo com essa flexibilização toda, foi difícil quase a ponto de ser doloroso escolher apenas 33 acessórios para usar durante os próximos 3 meses.

Project333 - out/dez 2012
Os 33 acessórios (uma bolsa está pendurada, outra em uso).

O que me consola é que são só três meses, depois terei todas as minhas coisinhas de volta. Já é certo que, se fizer uma nova edição do Project333 (e pretendo), os acessórios ficarão completamente de fora. Livres, leves e soltos.

Uma coisa muito interessante foi ver as reações da turma que assinou o cursinho da Courtney Carver (a criadora do projeto) e está participando dessa edição quando mostrei as fotos acima. Várias moças comentaram sobre a quantidade de cores, disseram-se encantadas. Sim, adoro cores, não passaria sem elas. Isso viola a noção corrente do que seja um guarda-roupas minimalista: a maioria das peças em tons neutros, com apenas alguns toques de cor. No meu caso, é exatamente o contrário – mantive poucas roupas neutras, apenas o suficiente para diversificar as combinações.

Por outro lado, roxo, lilás e variações são meus “neutros pessoais”, ou seja, são cores que uso tanto, gosto tanto e estão em tantas peças que boa parte do meu armário gravita em torno delas. Isso sem dúvida contribui para a minha edição multicolorida do guarda-roupas.

Além dessa noção preconcebida de que um guarda-roupas minimalista é neutro, acredito que o fato de boa parte das participantes ser de países temperados ou frios contribuiu para o espanto delas diante da minha seleção. Afinal, elas farão o Projeto durante o outono, uma estação mais sóbria. De qualquer forma, penso que ninguém usa cores tão fartamente quanto os habitantes de países tropicais. O que você acha?

Eis a lista das peças que escolhi:

33 roupas

  • 4 saias
  • 1 short
  • 3 calças
  • 8 camisas/camisetas/blusinhas (“tops”)
  • 7 vestidos
  • 1 colete leve
  • 2 jaquetas esportivas
  • 1 casaco comprido de couro
  • 5 lenços/echarpes

São 32 peças, na verdade. A que falta é a do Ano Novo. Ainda não decidi se comprarei algo (abrindo uma exceção ao Ano Sem Comprar no finzinho dele), se usarei alguma roupa dessa seleção ou se resgatarei alguma peça que ficou de fora (a opção mais provável).

33 acessórios

  • 7 pares de brincos
  • 9 colares/pingentes
  • 2 anéis
  • 1 pulseira
  • 4 cintos
  • 5 arcos de cabelo
  • 1 presilha
  • 1 chapéu
  • 3 bolsas (sendo uma “de festa)

Guardar os outros trocentos colares e brincos foi a etapa mais penosa…