Cansaço

Joel, I’m not a concept. Too many guys think I’m a concept or I complete them or I’m going to make them alive, but I’m just a fucked up girl who is looking for my own peace of mind. Don’t assign me yours.
(Clementine, em “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”.)

Meu corpo está gritando por uma folga. Meu espírito não acharia nem um pouco ruim se eu parasse um pouco, apenas alguns dias. A dura realidade é que não existe um botão “pause” para a vida, e também não é possível apenas boiar com a maré.

*sigh*

Très vite

Os seres humanos se dividem entre os que gostam de Toddy e os que preferem Nescau.

A preguiça é a mãe de todos os vícios – mas mãe é mãe, e devemos respeitá-la (“sabedoria” popular).

O mundo é mesmo tão complicado quanto parece? Ou somos nós que complicamos tudo?

É mais fácil mimeografar o passado que imprimir o futuro (essa é do Zeca).

Se nos é dada a benção de ignorar o futuro, por que não temos a graça de esquecer o passado?

Solidão é o que você sente depois de passar uma semana cercada de gente. Quase uma síndrome de abstinência.

Só mais dez minutinhos? Sei.

Aí, a pessoinha tem insônia e só consegue dormir quase quatro da madrugada, depois de ver o mesmo filme três vezes seguidas. Só faltava decorar as legendas em tailandês.

Acorda às oito e meia, feliz da vida porque não perdeu a manhã dormindo, como tem acontecido nas últimas semanas. Levanta-se, toma banho, toma café-da-manhã e decide que vai passar a manhã no shopping, atrás das liquidações-de-ano-novo.

Antes, porém, resolve deitar só um pouquinho, porque ainda está com uma preguiça danada. Põe um cedê da Marisa Monte e relaxa.

Obviamente, pega no sono.

Acorda meio-dia e quarenta. Quase atrasada para o trabalho. Toda amassada. Com a manhã perdida. Pior de tudo: sem ter feito compras.

O corpo até está refeito, mas o mau humor reina na alma.