Spam, Spam, SPAM!

Spam é uma mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa. Na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O termo spam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens enviadas por outros meios e noutras situações até modestas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na grande maioria das vezes são incômodos e inconvenientes.Texto retirado da Wikipédia. Os grifos são meus.

SpamSpam é uma praga. Estima-se que mais de 90% dos emails sejam spams. Eles aumentam exponencialmente o tráfego de conteúdo inútil pela web, entopem caixas postais, provocam queda de produtividade, geram um alto gasto de tempo e, conseqüentemente, de dinheiro. Ainda por cima, lotam os comentários de blogs. Todos odeiam spammers, mas blogueiros têm uma aversão ainda maior a essa raça.

Claro, há um ou outro editor (de blog, site, informativo ou whatever) que acha muito legal enviar emails não-solicitados a cada texto que publica. É gente que imagina que um aviso “ei, vai ler o post que escrevi” realmente motivará o destinatário. Gente que acha que ninguém tem mais nada pra fazer da vida. Ou, na pior das hipóteses, gente mal-intencionada, mesmo.

Geralmente, limito-me a clicar “Report Spam”. Na segunda ou terceira vez, o Gmail já aprendeue apaga a mensagem.

De vez em quando, porém, resolvo confiar na humanidade. Eventualmente, acredito nas boas intenções do cidadão. Penso “ah, vai, ele não fez por mal. Ninguém deve ter dito a ele que isso é feio (e ele não foi esperto o suficiente para perceber por si mesmo)”.

Normalmente, uso o “Report Spam” assim mesmo.

Hoje, resolvi gastar 2 minutos do meu tempo e respondi o seguinte à figura que mandou um aviso de “novo texto”:

Já pensou se todos os blogueiros do país resolvessem mandar um email a cada vez que publicassem um post?
Isso é spam. Agradeceria se retirasse meu nome da sua lista.
Atenciosamente,
Luciana Monte

Levando-se em conta que era o primeiro spam que a figura me enviava e que a lista de destinatários nem era tão extensa (sim, ela deixou a lista aberta pra quem quisesse ver e copiar – BCC é outro conceito que desconhece), pensei “ah, vale a pena mostrar-lhe o erro dessa prática”. Antes de incluir o email da criatura na lista de spammers do Gmail, tentei fazer uma boa ação.

Como dizem por aí, nenhuma boa ação ficará sem punição.

A criatura, cheia de empáfia, respondeu, entre outras coisas, que:

  • o site em questão não era um blog (ó, então, isso muda tudo)
  • incluiu meu email porque não achava que eu fosse “jornalista, editora ou alguém que se considerasse mais importante do que qualquer um”
  • estava apenas compartilhando com os amigos (preciso dizer que não sou amiga da figura?)

É nisso que dá ser bem-intencionada e querer compartilhar regras de netiqueta e civilidade. Recebo uma resposta mal-educada de alguém que, sim, acha-se tão importante que todos querem ler seus textos (bolas, se eu quisesse, já assinaria o feed). É o que ganho por tentar dialogar com gente que se acha sabe-tudo e não tem humildade o suficiente para reconhecer um erro.

Meu tempo é importante para mim e não está sobrando para ser gasto com qualquer tranqueira.

Report Spam.

Hoje, no trabalho

– Você conhece a Tânia?

– Não.

– Ela falou que te conhece. Falei que vinha pra esse setor e ela falou que conhecia uma moça aqui, chamada Luciana. Seu nome é Luciana, não é?

– Sim.

– Então, ela falou que conhecia uma Luciana, loira, de cabelão, gaúcha.

– ?

– Só pode ser você!

– Certo, vamos por partes. Eu não sou loira, percebe? Uso cabelo curto, está vendo? E não sou, definitivamente não sou gaúcha.

– Ah… então, não é você, né?

É por essas e outras que, durante longas horas, meu fone de ouvidos é meu melhor companheiro.

A TIM é uma porcaria

(O título merecia uma palavra mais forte, mas ainda tento ser uma dama.)

Eu tinha certeza de que amaldiçoaria o dia em que mudei meu celular de pré para pós-pago. Porque aí, inevitavelmente, começa o calvário de ter de lidar com as péssimas operadoras de telefonia móvel e seus callcenters/atendimentos incompetentes. Aqui, falo da TIM mas, francamente, poderia ser qualquer outra. Nenhuma presta.

O primeiro aborrecimento chegou junto com a primeira conta.

Como sou esquecida, pedi que a conta fosse direto para o débito automático.

Ah, você acha que já adivinhou meu problema, né? Cobraram a mais, né?

Errado.

Não cobraram.

A conta foi enviada para casa, com a anotação de débito automático, mas nada foi debitado.

Há uma semana, tento ligar no maldito *144 pra descobrir o que aconteceu, e nunca consigo ser atendida. “Não foi possível completar o seu atendimento” é o mantra cantado pela mulher-robô.

Hoje, fui à loja TIM. Sim, hoje, inferno de fim de ano, shopping lotado, yada yada yada.

Expliquei o caso e perguntei:

– Vou ter que pegar senha e aguardar 3 ou 4 horas pra resolver o problema?

– Não, senhora. Vou estar imprimindo a segunda via da conta para a senhora estar efetuando o pagamento.

– Não, eu tenho a conta. O que quero saber é o que deu errado. Por que não foi pro débito automático?

– A senhora ligou para o *144?

– Liguei. A semana inteira. O atendimento via telefone é lenda.

A mocinha chamou o vendedor que tinha tentado me auxiliar semanas antes, quando o Gmail teimava em não funcionar no meu N70. Ele não resolveu nada naquele dia, mas foi simpático, atencioso e eu passei vááárias dicas de programinhas symbian para ele (dono de um Nokia N80).

Desta vez, ele parecia uma mensagem gravada. Tudo que sabia dizer era:

– Às vezes, o banco atrasa para fazer o débito automático.

E eu dizia:

– Sim, mas aí quem paga a multa sou eu.

– Sim, senhora.

– Mas eu não quero pagar multa! Coloquei a conta em débito automático justamente pra ficar tranqüila.

– Eu entendo, senhora.

– E você acha que eu estou tranqüila agora?

– Não, senhora.

– E aí? Quem é que vai resolver o problema?

– A senhora vai estar precisando conferir se o banco fez o débito.

Todo mês?!

– Sim, senhora.

– Pára tudo! Se eu tenho de conferir o débito automático todo mês, qual a vantagem dele?

– É que às vezes o banco atrasa, senhora. Não é culpa da TIM.

– Eu lá quero saber de quem é a culpa! Eu quero é que resolvam o problema!

– A senhora vai estar precisando conferir a conta mês a mês, senhora.

Coloque isso num loop infinito. Você pegou a idéia.

– Então, se não adianta nada deixar a conta no débito automático, se todo mês terei de checar essa porcaria, é melhor pagar direto ao banco todo mês. Quero tirar a conta do débito automático. Como faço?

– A senhora vai estar ligando no *144…

– Esse número é lenda, eu já disse!

– É lá que se faz a retirada do débit…

A essa altura, eu já tinha saído da loja.

Durma-se com um barulho desses. Durma-se.

E você me pergunta por que eu saí do pré-pago.

E eu respondo: porque eu sou uma idiota.

Não. Na verdade, a alternativa era continuar no pré-pago e pagar 15 reais (é, quinze reais) por mega de tráfego GPRS/Edge. No pós-pago, paga-se 10 reais mensais por 40 MB.

GPRS/Edge que, aliás, de vez em quando entra em misteriosa “manutenção”. A pior delas durou um dia inteiro. Foi avisada aos consumidores? Não, claro que não. A TIM enche a paciência dos usuários com SMS publicitário, mas não tem a decência de mandar um SMS comunicando manutenção na rede.

Deu pra sentir como estão os ânimos por aqui, não?

Atualização em 07.12.2007: fui à agência bancária e descobri que a TIM nunca enviou os dados de débito automático para o banco. Teve mais de 40 dias para enviar as informações, mas não o fez. Segundo a atendente do banco, o envio tem de ser mesmo mês a mês, e é comum a TIM se enrolar.

Tudo bem. Desisto do débito automático. Pago a multa pelo atraso de quase 10 dias no pagamento da conta, graças ao erro da TIM.

O que eu não entendo é o seguinte: é interesse da empresa que o cliente mantivesse as contas em débito automático – dinheiro certo entrando no caixa da empresa, saca? Pelo visto, tanto faz para a TIM. Ou, de repente, ela quer mesmo é lucrar com a multa de quem, ingenuamente, confia no sistema.

Comentários Perdidos

O Dia de Folga passou por mudanças (de novo) ontem e, com isso, os comentários deixados após a realização do backup mais atualizado foram perdidos. Felizmente, foram só dois comentários, e ambos chegaram a ser recebidos na minha conta de email.

O Paulo Villela no texto sobre o Picasa, disse:

Lu,
Legal o seu texto sobre o Picasa.
Fui lá conferir um pouco do serviço e aparentemente é simples e objetivo.
Para quem deseja montar seus álbuns de fotografias é uma boa dica!

Realmente, quem visita o Picasa acaba se encantando pela praticidade.

O John Baeyens, cujo email serviu de inspiração para meu artigo sobre o Twitter, acrescentou:

Boa analise, Luciana !
Mais:
http://blog.notsoso.com/?p=18

O texto indicado (em inglês) ressalta a falta de um plano de negócios para o Twitter, o que, juntamente com o alto custo do serviço (embora seja provido de graça aos usuários), pode transformá-lo numa bolha tecnológica parecida com a que explodiu em 2000.

Sobre a mudança no Dia de Folga responsável pela não-publicação desses comentários, falarei mais em breve. 🙂