WordPress 2.2 adiado

Acabei de ler no Lorelle on WordPress que o lançamento do WordPress 2.2 foi adiado. A data prevista era dia 23 próximo; o atraso deve ser de uma ou duas semanas. Ao que parece, as mudanças pretendidas para a nova versão da melhor plataforma para blogs mostraram ser de implementação mais difícil do que os desenvolvedores previram.

De minha parte, acho excelente. Quem sabe assim os desenvolvedores desistem dessa neurose de lançar novas atualizações a cada dois ou três meses? Não que eu não goste de novidades; é que cada atualização, por mais rápida que seja, implica alguns cuidados, como a verificação da compatibilidade de cada plugin com a nova versão e a busca por alternativas quando ocorrem problemas. Tem gente que não se importa, mas eu acho um porre.

Em compensação, o WP 2.2 promete alguns recursos interessantes, como o uso de tags (palavras de indexação para cada artigo, ao estilo do Flickr, do youtube e do Blogger) e uma melhor edição de comentários, além da tradicional correção de bugs.

Atualização em 19 de abril: a inovação mais interessante do WP 2.2 (francamente, a única pela qual realmente valeria a pena fazer o upgrade) pode ficar de fora: aparentemente, não teremos as tags na próxima versão do WordPress.

Twitter – será que a moda pega por aqui?

(ou Os Grupos de Internautas Brasileiros)

TweetyEnquanto o Twitter chegou à casa dos 100.000 usuários no fim do mês passado, com direito a wiki e fã-clube, e já tem até concorrente, aqui no Brasil a moda simplesmente não pegou – ou, pelo menos, não ainda.

O Twitter existe para que os internautas respondam a uma única pergunta: o que você está fazendo? Para entender melhor, dê uma chegada à página inicial do serviço e observe as atualizações mais recentes. Nesse exato momento, 12h45m, o usuário Hobs707 informa que está fazendo uma pizza, enquanto labelreader enrola no trabalho e DanBowles pensa em como terá um fim-de-semana atribulado. Como membro, você pode digitar mensagens de até 140 caracteres que contem aos seus amigos e ao mundo o que ocupa sua vida a cada instante.

Mas espere, isso não é tudo! Você pode atualizar o Twitter do seu desktop, sem a necessidade de entrar no site, usando programas criados exclusivamente para este fim e que permitem, de quebra, que você leia as últimas atualizações dos seus amigos. Você também pode enviar suas novidades pelo seu comunicador instantâneo (GTalk, Jabber ou AIM) ou do celular. Para completar, pode exibir no seu blog uma caixinha com suas atualizações mais recentes.

“Tá”, você pergunta, “e pra que serve isso?”

Essa questão é quase tão insolúvel quanto o mistério da vida, do universo e de tudo o mais. Rios de tinta, ou melhor, milhares de pixels têm sido gastos na tentativa de explicar a utilidade do Twitter. As justificativas vão das mais simples (estar em contato com os amigos) às mais elaboradas (formar uma rede de negócios, por exemplo). Boa parte da blogosfera, porém, só consegue vê-lo como uma grande inutilidade com forte apelo ao voyerismo de uns e, em contrapartida, ao narcisismo de outros.

Seja lá como for, a moda “pegou” nos Estados Unidos. Por aqui, no entanto, o Twitter não anda fazendo sucesso. O que explica essa indiferença dos internautas brasileiros, normalmente ligeiros em aderir aos modismos da web?

Tenho cá minha teoria, claro.

Para começar, divido os usuários da web no Brasil, grosso modo, em três grandes grupos:

1. Leitores

2. Orkuteiros

3. Blogueiros

Já admito que essa divisão não se funda em critérios científicos de qualquer espécie, mas na mera observação.

Grupo 1 – Leitores

Neste grupo estão as pessoas que dedicam a maior parte do seu tempo online à leitura de notícias, à troca de emails e ao uso de motores de busca (como o Google). Muitos participam de listas de discussões; alguns juntam-se a fóruns. Eventualmente, podem ter registro em comunidades ou redes sociais, como o orkut, mas não dedicam muito tempo a elas. Também não são grandes adeptos de comunicadores instantâneos, restringindo seu uso ao bate-papo com amigos “da vida real”. Dificilmente lêem um blog e, quando o fazem, é por tratar-se do blog de um conhecido, ou por terem caído nele por acidente, vindos principalmente do Google.

A maior parte dos internautas brasileiros enquadra-se no Grupo 1.

Grupo 2 – Orkuteiros

O orkut chegou ao Brasil no começo de 2004 como uma espécie de clube exclusivo. Poucas pessoas tinham acesso, que só se dava por convite. Com o lema “Quem você conhece”, a idéia era, justamente, levar para o mundo “virtual” os contatos da “vida real”. Por outro lado, servia como teste da teoria dos seis graus de separação, segundo a qual todas as pessoas do mundo estão distantes umas das outras por, no máximo, seis conhecidos.

Quem entrou no orkut no início lembra como era legal essa nova forma de rever conhecidos perdidos no tempo, de fazer novas amizades e trocar informações. Com o tempo (e, segundo alguns, com a invasão dos brasileiros), o site tornou-se reduto de emos e miguxos, que escrevem num idioma só muito levemente parecido com o português e passam o tempo espiando a vida alheia. Isso pra não mencionar a presença de criminosos empenhados na formação de quadrilhas e na propagação de idéias abjetas, como racismo e pedofilia.

O indivíduo do Grupo 2 pratica as mesmas atividades na internet que o indivíduo do Grupo 1; entretanto, mais da metade do seu tempo online é dedicada ao orkut e a outras redes de relacionamento, a sites de paqueras e a conversas em comunicadores instantâneos (particularmente no msn, embora a integração do GTalk ao orkut tenha tirado um pouco do mercado do comunicador da Microsoft). Youtube e variados serviços de fotolog também disputam a atenção dos orkuteiros. Uma parcela deste grupo possui blog tão-somente para contar suas aventuras cotidianas no estilo “querido diário”.

Grupo 3 – Blogueiros

De longe, o menor grupo da web brasileira.

Freqüentemente, o internauta do Grupo 3 pratica as atividades do Grupo 2 – ou seja, tem perfil no orkut e em diversas outras redes sociais, como youtube e Flickr e usa comunicadores instantâneos; no entanto, o tempo que passa em redes sociais é bem mais reduzido. Seu tempo é gasto com atividades do Grupo 1 (troca de emails, participação em listas de discussão e fóruns e leitura na web em geral) e, prioritariamente, com a atividade própria deste grupo: blogar, obviamente.

Blogar é mais que produzir texto. Inclui a leitura contínua de outros blogs, além da “grande mídia”, e a pesquisa por material para idéias e textos. No caso de vários blogueiros, uma parcela do tempo é usada, ainda, para manter seu próprio blog em servidor pago, com domínio próprio – como insinuei aqui, essa parte pode ser bem desgastante.

Certo: leitores, orkuteiros e blogueiros – e aí?

E aí que a minha conclusão é a seguinte:

O Grupo 1 não tem interesse no voyerismo proporcionado pelo Twitter. De todos, é o grupo que passa menos tempo em frente ao computador e foca sua atenção em tarefas bem objetivas.

O Grupo 2 está muito bem servido pelo orkut e pelas demais redes sociais. Expõe seu passo-a-passo em fotologs, com direito a letras de músicas melosas e imagens photoshopadas. Sabe o que seus amigos estão fazendo pelos nicknames do msn.

O Grupo 3 ainda está se perguntando a que veio o Twitter. Trata-se de um grupo que adora novidades mas que, justamente por ver tantas todos os dias, assume uma postura mais crítica. Ademais, 140 caracteres é muito pouco para um texto – a maioria dos blogueiros é prolixa! 😉

Vai daí que não vejo o Twitter se tornando um fenômeno por estas terras. Talez um usuário ou outro consiga dar-lhe uma utilidade maior do que, simplesmente, informar o que vai jantar hoje – e os twitters desse grupo podem se tornar bem interessantes. A maioria, porém, vai cansar logo da bricadeira e voltará aos seus afazeres principais, seja trocando emails, seja no orkut ou em blogs.

Este artigo foi motivado pela pergunta que John Baeyens me fez hoje cedo: “Lu, você sabe por que não tenho ninguém do Brasil no Twitter?”. Taí minha opinião, John.

Referências

A opinião de alguns blogueiros brasileiros sobre o Twitter (não deixe de ler os comentários a cada artigo, que enriquecem a discussão)

  • Dudu Tomaselli: radicalmente contra o Twitter.
  • Mundo Linear: vê o serviço como digno de atenção e com várias possíveis utilidades.
  • Superfície Reflexiva: destaca a inutilidade do Twitter.
  • Meio Bit: dá algumas dicas sobre como usar o serviço.
  • futuro.vc: texto bem completo sobre as várias maneiras de enviar novas atualizações ao Twitter.

Opiniões mundo afora (os textos a seguir são em inglês)

  • lifehack.org: sugestões para o bom uso do Twitter.
  • SplashCast: pistas para entender o sucesso do Twitter.
  • Scripting News: levanta dúvidas sobre o futuro do serviço.
  • Ten Zen Monkeys: a crítica ao Twitter mais divertida que já vi.
  • E L S U A: oferece dez motivos para usar o Twitter como reforço para as redes sociais.
  • 901am: mais cinco dicas para usar o serviço com produtividade.

Rede Brasil no FeedBurner

Antes de mais nada: o que é FeedBurner? É uma das melhores formas de gerar um feed para seu blog e facilitar a vida dos seus leitores. O serviço é gratuito e muito eficiente, substituindo com vantagens os feeds originais dos blogs.

Não sabe o que é feed? Leia este artigo e veja como uma coisinha simples pode poupar um tempo danado na sua rotina na web.

Agora, vamos ao assunto.

Rede Brasil - Eu ParticipoO FeedBurner oferece o FAN como forma de ganhar um dinheirinho com anúncios nos feeds do blog. Teoricamente, a única exigência é que o feed do seu blog seja gerado pelo FeedBurner. Na prática, ele tem que ser escrito em inglês – o FeedBurner não possui anunciantes em língua portuguesa – ainda.

Vai daí que o pessoal da blogosfera interessado em ganhar unzinho criou a Rede Brasil, que reúne blogueiros brasileiros e visa a mostrar ao pessoal do FeedBurner que a blogosfera brasileira é um bom investimento.

Se você tem interesse em ganhar um trocado com seu blog, não perca tempo e inscreva-se na Rede Brasil. Quanto maior o número de usuários, maiores as chances de sermos notados por potenciais investidores. Quem encabeça o movimento é o Manoel Netto, que fez um artigo explicando melhor a idéia e dando o passo-a-passo para a filiação dos blogueiros interessados.

Agora, se você não está nem aí pra toda essa onda de “monetização” (detesto esse termo), ainda assim vale a pena conhecer a Rede Brasil. Você descobrirá ótimos blogs, com conteúdo excelente e diversificado. Portanto, fica o convite: assine o feed da Rede Brasil e participe desta que já é a maior comunidade de blogueiros brasileiros do FeedBurner.

Novo repositório de plugins para WordPress

A melhor coisa do WordPress são os plugins, ou acessórios. Graças a eles, é possível fazer virtualmente tudo no WP, de incluir vídeos a gerar álbuns de fotos, passando por coisas triviais como exibir os últimos comentários, ou uma lista de artigos mais acessados. A comunidade de desenvolvedores é grande, ativa e criativa. De vez em quando, um plugin ou outro dá dor de cabeça, como a que tive com o Share This. Em geral, eles são a salvação da lavoura para quem não entende lhufas de programação, como esta que vos escreve.

A única dificuldade é localizar os tais acessórios. Onde encontrar exatamente aquele plugin de que preciso? Como sempre, São Google está aí para ajudar. Às vezes, porém, é complicado descobrir as chaves de pesquisa certas que localizarão o plugin ideal.

Algumas tentativas de organizar os plugins para WordPress já surgiram pela web. Semana passada, o próprio WordPress criou mais um repositório, hospedado diretamente na página principal da melhor plataforma para blogs. Maiores explicações são dadas no blog do WordPress.

O repositório é bonito e organizado, com pesquisa por tags ou por palavras relacionadas ao plugin desejado. No fim das contas, contudo, o que conta é a boa vontade dos desenvolvedores em abraçarem a idéia, colocando suas criações por lá para o bem geral da nação wordpressiana. A adesão dos desenvolvedores trará vantagens tanto para eles próprios – que conseguirão mais destaque para seus sites – quanto para nós, usuários, que teremos um norte nas nossas pesquisas.

Falando em plugins, a Lorelle VanFossen passou o mês de fevereiro fazendo uma excelente série sobre plugins para WordPress e o pontapé inicial foi, justamente, uma lista de sites onde encontrá-los.

Os acessórios utilizados pelo Dia de Folga estão em Plugins para WordPress, um bom lugar para colher algumas sugestões e incrementar seu blog. 😉