Desconexidades

Estou de blog novo. Quem vê, até pensa que ando com tempo de sobra para blogar.

O Dia de Folga continua, claro. O novo espaço surge para preencher a vontade que tenho de escrever bobagens que não cabem mais por aqui.

Também é uma chance de experimentar o WordPress.com, de testar o funcionamento dos widgets e de tentar me acostumar a um tema de três colunas, que sempre acho lindo no blog dos outros, mas não consigo implementar no DF.

De quebra, foi uma ótima experiência para aplicar os conceitos que a Nospheratt vem desenvolvendo na sua série sobre a Marca de um Blog. É muito mais fácil definir a marca de um blog nascituro que desvendá-la em um com estrada (mas continuo tentando, Nosphie! 😉 )

Esterilizando vidros para conservas

Vidro de PimentaJá coloquei no blog uma receita de picles e tenho engatilhadas mais duas conservas para compartilhar. Independentemente do preparo, contudo, há sempre uma regrinha básica a ser seguida: o vidro que receberá a conserva precisa ser esterilizado para que ela dure mais.

Aí surge a dúvida: como esterilizar um vidro de conserva?

Lavagem prévia

Antes de mais nada, lave muito bem o vidro e a tampa. Se for reaproveitar embalagens, retire o rótulo (se precisar, deixe de molho em água quente para que a cola amoleça). Marcas de lote e validade diretamente no vidro saem facilmente com o lado áspero da bucha.

Verifique o estado da tampa: se for de metal, certifique-se de que não há pontos de ferrugem. Se houver borracha de vedação, confira se está em bom estado – se estiver rachada ou desmanchando, é melhor tirá-la fora de uma vez.

Enxágüe bem o vidro e a tampa para eliminar qualquer resquício de detergente.

Esterilizando no fogão

O vidro: no fundo de uma panela, coloque um pano limpo dobrado. Sobre o pano, apóie o vidro (ou os vidros, se a panela for grande o suficiente). Encha com água – o vidro também deve ser preenchido, e deve permanecer aberto. A panela precisa ser alta o suficiente para que a água cubra todo o vidro. Leve a panela ao fogo alto. Espere ferver e marque 20 minutos.

A tampa: se for de metal, a tampa pode ser levada ao fogo junto com o vidro. Se for de plástico, coloque-a na água fervente apenas durante os últimos 5 minutos.

Espere a água da panela esfriar um pouco antes de tentar retirar o vidro, a não ser que sua cozinha seja equipada a ponto de ter pinças próprias para retirá-lo.

Esterilizando no forno

O vidro: se você não tiver uma panela grande o bastante para comportar o recipiente da futura conserva, pré-aqueça seu forno em temperatura alta, coloque o vidro dentro de uma assadeira e leve ao forno por 20 minutos.

A tampa: tampas de plástico ou com vedação de borracha correm o risco de derreter no forno. Esterilize-as usando uma panela de água fervente. Tampas de plástico ficam na fervura por 5 minutos; tampas de metal, por 20 minutos.

Método Tabajara

Antes de aprender sobre a esterilização pelo forno, e como não tinha uma panela grande o suficiente para meus vidros, eu costumava, simplesmente, jogar água fervente sobre os vidros e as tampas muito bem lavados, até que transbordassem. Depois de uns 15 minutos, escorria a água e considerava o vidro “esterilizado”. Embora não seja a forma correta, essa saída estratégica pela esquerda mantinha minhas conservas por uns três meses (sempre dou cabo delas antes disso).

Dicas Finais

O vidro e a tampa devem secar ao natural, para evitar os fiapos do pano de prato.

Não apóie o vidro quente diretamente sobre uma superfície fria, pois ele pode trincar.

Algumas conservas só podem ser montadas após o vidro esfriar. Tenha paciência e siga corretamente as indicações de preparo, para não comprometer o resultado.

Saiba onde comprar potes de vidro para conservas e compotas.

Adquira livros com receitas de conservas e compotas.

Você sabe o que é 3R?

Lixão3R (ou 3 erres ou, ainda, 3R’s) é um recurso mnemônico para um processo seqüencial que visa à diminuição dos resíduos sólidos – em bom português, é um caminho para produzirmos menos lixo.

Reduzir

Reutilizar

Reciclar

Tenho certeza de que você já ouviu falar muito em reciclagem, seja de papel, latinhas ou plástico. Supermercados fazem campanhas, catadores estão por toda parte, shoppings colocam lixeiras compartimentadas à disposição dos clientes.

Acontece que reciclar é só a terceira parte do processo. Então, por que é a mais famosa?

Porque ficamos com nossa consciência tranqüila quando separamos nosso lixo em categorias e o passamos adiante. Dizemos “ótimo, fiz minha parte pelo meio ambiente” e nem nos preocupamos com o destino dos nossos “recicláveis”.

Só que reciclar exige dinheiro, indústrias, mão-de-obra. Se, de um lado, cria empregos (e subempregos também), de outro é fato que o Brasil não tem uma indústria de reciclagem preparada para receber as 250.000 toneladas de lixo produzidas diariamente no país. Muito do que poderia ser reciclado perde-se por aí, por falta de transporte até os centros apropriados ou por incapacidade de processamento pelas indústrias.

Além disso, aquilo que é reciclável já foi, um dia, matéria-prima que poderia ter sido poupada se fizéssemos um uso mais consciente dos recursos – inclusive daqueles que saem diretamente dos nossos bolsos.

Entenda: não estou dizendo que a reciclagem é inútil; apenas que ela não é suficiente.

O que fazer, então?

Aplicar o 3R.

Reduzir o lixo produzido diariamente é a forma mais efetiva de preservar matéria-prima e diminuir a quantidade de de resíduos sólidos.

O segundo passo é reutilizar materiais sempre que possível.

Então, apenas o que realmente precisa ser consumido e não pode ser reaproveitado será encaminhado para a reciclagem.

A aplicação prática mais corriqueira do procedimento 3R diz respeito ao papel que usamos na impressão diária de documentos, tanto em casa quanto no trabalho.

Reduza o papel utilizado. Antes de apertar o “Imprimir”, revise o texto. Tenha a certeza de não ter deixado passar erros de português, de endereçamento ou de formatação que tornarão inútil o documento. Eu sei, revisar no computador é cansativo, mas é perfeitamente possível quando se trata de um texto de poucas páginas.

Reflita: você precisa mesmo imprimir este material? Se é uma página da internet, não pode simplesmente salvá-la no computador, diretamente ou pela conversão em um arquivo .pdf? A impressão de todo o texto é necessária, ou basta um pequeno trecho, que pode ser selecionado com o mouse e impresso por meio do menu “Arquivo/Imprimir…/Seleção”? Esse mesmo trecho não pode ser salvo num arquivo de texto (o bom e velho “copiar/colar”), ao invés de se transformar em mais uma folha que ficará perdida no meio do seu escritório?

Leve em conta, também, que a tinta da impressora está pela hora da morte, o que já justifica um cuidado maior antes de desperdiçá-la, nem que seja em prol das suas próprias finanças.

Reutilize o verso. Se a impressora e o tipo de papel permitirem a impressão no verso, faça-a. Se a formalidade do texto ou a política da empresa não autorizam o frente-e-verso, utilize-o ao menos quando se tratar de uma minuta que ainda será revisada pelo chefe antes de atingir a versão final. Se nem isso for possível, reaproveite a face limpinha das folhas que iriam para o lixo para montar blocos de rascunho, ou leve-as para casa e faça a alegria dos seus filhos, sobrinhos ou afilhados – que criança não gosta de rabiscar?

O papel impresso nas duas faces ainda pode servir para relaxar com a prática do origami, ou para forrar a gaiola do passarinho quando o jornal acaba. Use sua criatividade!

Recicle o que sobrar. Claro que não dá para eliminar todo o papel e aqui é que entra a reciclagem. A folha que iria para o lixo vira dinheiro nas mãos de cooperativas e ajuda a sustentar famílias. Existe uma associação de catadores de papel na sua cidade? Sua empresa coleta o lixo de papel e faz o encaminhamento até essas organizações? Esta é uma ótima forma de colaborar com o meio ambiente e, de quebra, criar uma boa publicidade para a empresa, apresentando-a como socialmente responsável, gastando pouco ou nada. Aqui entram, também, os recipientes coletores em supermercados e shoppings, voltados para o público doméstico.

Qual é a sua sugestão para a aplicação do 3R no dia-a-dia?

300

Ficha Técnica

300. EUA, 2007. Aventura. 117 minutos. Direção: Zack Snyder. Com Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Dominic West, Vincent Regan, Michael Fassbender, Rodrigo Santoro.

O rei Leônidas (Gerard Butler) e seus 300 guerreiros de Esparta lutam até a morte contra o numeroso exército do rei Xerxes (Rodrigo Santoro). O sacrifício e a dedicação destes homens uniu a Grécia no combate contra o inimigo persa.

Mais informações: Adoro Cinema.

Comentários

3 estrelas

O ponto forte de 300 é o visual arrojado. Baseado na graphic novel de Frank Miller (autor de Sin City, também transformado em filme, e desenhista de histórias do Demolidor e do Wolverine, entre várias outras), 300 foi quase inteiramente filmado sobre um fundo azul, em 60 dias; coube à pós-produção adicionar os cenários, num trabalho de quase um ano. A única cena que não foi filmada em estúdio é a que traz, em plano aberto, o avanço de uma tropa de cavalos. Como Sin City, 300 impressiona pelo aspecto de pintura, com cores fortes e sombrias e efeitos visuais variados, como o que transforma Rodrigo Santoro num gigante.

Xerxes massageando Leônidas numa cena... intimista.Aliás, Santoro está praticamente irreconhecível (foto ao lado). Difícil avaliar sua atuação, tendo-se em vista as características peculiares do seu personagem, o rei da Pérsia Xerxes – para não mencionar o fato de ter feito todas as suas cenas sobre o tal fundo azul, o que é um desafio e tanto. Por outro lado, é uma tarefa, digamos, hercúlea segurar o riso ao vê-lo completamente maquiado, transbordante de adornos de ouro e cheio de trejeitos – como diria o porteiro Severino, “isso é uma bichona!” (Sem preconceitos, claro.)

Lena Headey em Os Irmãos GrimmO grande destaque de interpretação fica para Lena Headey no papel da rainha Gorgo, a única personagem feminina importante da história. A atriz, ainda pouco conhecida, já havia apresentado bom desempenho no filme apenas razoável Os Irmãos Grimm (foto ao lado). Em 300, ela tem chance de brilhar como a corajosa esposa do rei Leônidas que, por sua vez, é muito bem interpretado pelo “Fantasma” Gerard Butler. O elenco pouco conhecido não faz feio, portanto.

Outro forte atrativo de 300 é a reconstituição da Batalha das Termópilas que, se não é cem por cento fiel à história, enfoca seus aspectos principais: o filosófico, consistente na luta dos espartanos pelo seu modo de vida, recusando-se a aceitar comodamente um acordo que os reduziria à condição de escravos; e o estratégico, pois o desfiladeiro das Termópilas foi sabiamente usado para retardar o avanço do poderoso exército persa, dando o necessário tempo para que as forças gregas pudessem se organizar e combater a ameaça. Os lendários “300 de Esparta” perderam a batalha, mas contribuiram decisivamente para que a Grécia vencesse a guerra pela liberdade e prosseguisse na construção da civilização ocidental.

Referências