O pior é que a gente paga por isso

Fato: a televisão aberta brasileira é um lixo na maior parte do tempo. Aí, assim que você começa a ter grana para chegar ao fim do mês sem precisar penhorar a alma na Fininvest, contrata um serviço de televisão por assinatura. Agora, pode se deliciar com dezenas de canais de qualidade, certo?

Errado.

Junto com meia dúzia de canais bacanas, você leva montes que não prestam. Tem que aguentar séries e filmes mal dublados. Submete-se a intervalos comerciais homéricos (se eu já pago a tv, qual a necessidade de tanta propaganda?). Lida com legendas mal-feitas ou, simplesmente, não feitas (Sony e Warner são especialistas nisso). Vê o mesmo filme trocentas vezes. E ainda precisa lidar com a Síndrome do Domingão do Faustão: nos fins-de-semana, a qualidade da televisão a cabo cai proporcionalmente à da tv aberta.

Você aceita isso tudo, embora pague no mínimo uns 100 reais por mês e, lá no fundo, desconfie de que merece algo melhor. Tudo bem. A gente se acostuma com tudo nessa vida.

Agora, no último sábado, a NET extrapolou:

O mesmo filme ao mesmo tempo em dois canais

É isso aí: Universal Channel e Fox exibiram o mesmo filme no mesmo horário. A sincronia foi quase perfeita – a diferença era de apenas 1 minuto e 18 segundos.

Nem pra ser um ultra-mega-power filme. Quero Ficar com Polly é só bonzinho. E passa uma vez por mês, pelo menos.

Eu sei, televisão por assinatura é o menor dos males…

Morreu Athos Bulcão

O mais brasiliense de todos os cariocas morreu hoje de manhã, em decorrência de complicações provocadas pelo Mal de Parkinson. O artista plástico Athos Bulcão tinha 90 anos, 50 deles vividos em Brasília. Chegou aqui como pioneiro, em meio ao nada feito de terra vermelha e árvores retorcidas. Aqui será enterrado, em respeito à sua vontade.

O primeiro trabalho marcante na longa carreira de Bulcão foi como assistente de Candido Portinari (de quem foi aluno) na elaboração do mural da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha (Belo Horizonte – MG) (clique para ampliar):

Detalhe da Igreja de São Francisco de Assis

Em Brasília, Athos Bulcão quebrou a monotonia do concreto de Niemeyer, dando vida e cor a vários prédios que, sem sua arte, seriam tão áridos quanto o cerrado. Seus trabalhos mais conhecidos são em azulejaria mas, mesmo quando lidava apenas com o branco-concreto, conseguia enriquecê-lo, como na fachada do Teatro Nacional (clique para ampliar):

Teatro Nacional - na lateral à esquerda, os blocos concebidos por Athos Bulcão

Bulcão foi um artista democrático. Seu trabalho não está trancado em museus, mas exposto nas ruas, integrando o dia-a-dia dos habitantes de Brasília, muitas vezes de forma imperceptível.

Visite o site da Fundação Athos Bulcão ou faça uma pesquisa usando o Google Imagens para ver mais obras desse excelente artista plástico.

Quadrinhos Geeks

Você é geek? Entende inglês? Então, vá agora mesmo ao HijiNKS Ensue. Já. Imediatamente.

Descobri o site graças ao Bitaites e acabei perdendo a manhã navegando entre os quadrinhos. Twittei alguns dos meus favoritos, reservei outros para amanhã, mas acabei decidindo colocar tudo num texto rápido aqui no DF:

Abaixo de cada cartoon, Joel Watson desenvolve o assunto. Freqüentemente, os textos são tão engraçados quanto os quadrinhos.

O cara vive do site e, para continuar assim, conta com doações (via PayPal) e com a venda de produtos, além do link love.

Eu achei o máximo. Fazia tempo que não me divertia tanto com um site de humor.

É uma pena que, em terras tupiniquins, nêgo ache que engraçado mesmo é aquele blog que kiba copia piadas dos outros, ou um certo progama de auditório baseado em trocadilhos infames e ridicularização alheia (cof, cof, custe o que custar, cof).