Ficha Técnica
- Título original: No Country for Old Men
- País de origem: EUA
- Ano: 2007
- Gênero: Suspense
- Duração: 122 minutos
- Direção: Ethan Coen e Joel Coen
- Roteiro: Ethan Coen e Joel Coen, baseado em livro de Cormac McCarthy.
- Elenco: Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson, Kelly Macdonald.
- Sinopse: um caçador (Josh Brolin) pega uma valise cheia de dinheiro após encontrá-la com um traficante de drogas abandonado no deserto. Um assassino psicótico (Javier Bardem) parte em seu encalço e, por sua vez, é seguido pelo xerife local (Tommy Lee Jones).
Comentários
Sou a primeira a defender que filmes não precisam e não devem ser mastigadinhos e que pontos de interrogação tornam os roteiros mais interessantes, mas Onde os Fracos Não Têm Vez exagera. Você sai do cinema com a nítida sensação de que pegou o bonde andando, sentou na janelinha e foi jogado pra fora antes do ponto.
Pegar o bonde andando não foi nada, já que é fácil acompanhar o trajeto. Ruim mesmo foi, depois de 2 horas, olhar para a telona com cara de “acabou mesmo?”, como o restante do cinema. Embora a cena final não tivesse nada de engraçada, o corte foi tão abrupto que uma parte da platéia soltou risadinhas nervosas.
Inegavelmente, o filme é muito bem realizado. As locações, as interpretações e os diálogos passam perfeitamente o clima de tensão, perseguição e luta pela sobrevivência. A direção dos irmãos Coen é excelente. O encadeamento de cenas é ótimo e os diálogos enriquecem o filme. Mesmo assim, falta alguma coisa – algo como uns 20 minutos a mais.
Motociclistas (não confunda com motoqueiros ou motoboys) costumam dizer que o importante, numa viagem, não é a chegada, mas o trajeto. Onde os Fracos Não Têm Vez apóia-se nessa premissa, acreditando que o fundamental é a caçada. Só que quando você vai ao cinema, naturalmente espera um desfecho para 2 horas de projeção. Mesmo que seja um desfecho aberto (por contraditório que seja), daqueles que oferecem múltiplas interpretações e tornam o filme mais interessante justamente por isso. Onde os Fracos Não Têm Vez não se dá nem a esse trabalho – está mais para Você Decide que para Vanilla Sky.
Onde os Fracos Não Tem Vez é o recordista de indicações ao Oscar 2008: concorre às estatuetas de melhor filme, melhor direção, melhor ator coadjuvante (Javier Bardem), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor som, melhor edição de som e melhor edição. A fotografia e o som, realmente, são excelentes. A interpretação de Javier Bardem é impecável, muito superior ao que mostrou no recente O Amor nos Tempos do Cólera. Diga-se de passagem, aliás, que Tommy Lee Jones e Josh Brolin também estão excepcionais, completando magnificamente o trio que se reveza nos papéis de caça e caçador.
Agora, melhor filme de 2008? Vamos lá, Academia: não queira ser mais realista que o rei ou, em termos cinéfilos, mais cult que os cults.
P.S.: este texto foi agendado. Você, que está lendo agora, já assistiu ao Oscar e sabe se Onde os Fracos Não Têm Vez levou ou não. Aproveite e conte o que achou da premiação.
Cotação:
Eu achei o final coerente com o filme. O cinema americano segue sempre a fórmula de resolver tudo no final, eles fugiram disso.
O assassino era infinitamente superior à seus caçadores, um despreparado e um agente cansado pelo tempo. Nada mais natural que seguisse seu curso.
Ou, é um filme sobre o durante, não sobre os finalmentes.
Prestem atenção, friendos: não aceito críticas à obra-prima dos manos Coen. É palavra de honra: falou mal, irei atrás.
Eu e os jurados do Oscar já tivemos uma conversa.
Parece que a Lu Monte acertou em cheio. Ou esse post foi meio profético.
Ainda não vi esse filme e agora tô curioso pra caramba pra ver.
Deixa chegar a sexta-feira. =D
O filme é um COCOZAO!
Nunca mais vejo um filme desses irmaos.
Sem nexo … vc fica vendo o desenrolar do filme e espera que tenha um final, depois aquela porcaria que acontece?????
Quem diz que o filme é excelente é o pessoal que se acha ” cult” mas la no fundo nao entenderam bosta nenhuma e ACHAM que tiram uma onda com os outros, dizendo que NÓS é que nao entendemos.
O filme tem N interpretacoes. Ja li varias, cada uma mais sem nexo que a outra.
UMA PERDA de tempo.
Pelo menos vi em casa, na minha cama, comendo Doritos.
É o final ficou meio assim… mas achei que combinou com o filme. E o Javier Barden está legal e tal, mas sei lá, achei ele meio mecânico em alguns momentos, como se fosse um assassino movido por um botãozinho. O personagem do Brolin para mim é o mais interessante.
E a Academia decidiu ser totalmente cult, por um lado é bom, pois premia o cinema autoral e isso sempre traz novas possibilidades, por outro, achei Sangue Negro um filme bem melhor. E Desejo e Reparação também.
Não vi o filme ainda, logo, não posso dizer se concordo com os Oscars ganhos, mas seu post me deixou com ainda mais vontade de assistir.
Adoro filmes com pontos de interrogação, e o final (ou falta dele) me deixou muito curiosa agora! rs
Bjos
O problema é que a maioria das pessoas acha que o objetivo do filme é mostrar um psicopata à solta, e a consequente caçada dele até o fim óbvio. Mas, como sugere o título original, o objetivo do filme é mostrar como um velho xerife nascido e crescido sob determinados valores (que ele expõe logo na primeira cena, em off) vai se sentindo cada vez menos apto a seguir seu ofício por conta da evolução do país que o cerca. E o final, embora não mastigadinho e por isso não entendido, é relativamente óbvio: ele desiste, pois esse país não é para velhos como ele.
Comentei o post mais recente ser ler esta “sinopse”…
E volto a afirmar:
“Onde os Fracos …” é o MELHOR filme que assisti nos últimos 10 anos, pelo menos!
Tensão Total! Não há como prever o próximo passo dos personagens!!
Muito Bom!
Desculpe: “comentei o post mais recente SEM ler..”
Já vi… muito bom esse filme !!!
Eu faço parte dos poucos que acharam esse filme excelente, adorei 😀
Onde a Fracos (de Inteligência) Não Têm Vez conta a história de um completo “Dã!” texano que acha uma valise com US$ 2 milhões de dólares provenientes do tráfico e assume que não tomará em apenas 2 horas de filme muito chumbo no lombo. O fim é previsível e a história que o antecede por 122 minutos totalmente “Hã?” Enfim, do “Dã!” inicial ao “Hã?” final até que vemos um filme bem feito, com todas as qualidades de som e interpretações memoráveis. Mas, aqui pra nós (1), isso não existe… Quem ficaria se hospedando em hotéis de beira de estrada em pleno Texas!!! com 2 milhões de dólares do tráfico numa valise rastreada por um criminoso ensandecido sem instinto de sobrevivência algum. Bem, meu cão aqui ao lado está rindo… Mas, aqui pra nós (2) para quem já viu Ghandi, O Último Imperador, A Lista de Schindler ganharem Oscar de Melhor Filme, mão engole essa estatueta de 2008. Bem, agora Os Fracos Têm Vez !
Esse porcaria é a bomba do século, esses irmãos imbecis só sabem fazer filme que tenha psicopata, como em Fargo. Filmes ridículos assim até eu faço.
Eu olhei o filme junto com minha namorada, mas depois ela acabou comigo por causa do final da película…snif snif snif buáaaaa