Quando você pensa em filme de terror brasileiro, o que lhe ocorre primeiro? Provavelmente o Zé do Caixão, também conhecido como José Mojica Marins.
Embora seja o mais famoso, Zé do Caixão não é o único cineasta brasileiro a navegar pelas águas sangrentas do horror. Prova disso é a variedade da mostra Horror no Cinema Brasileiro, em cartaz no CCBB de Brasília. São três sessões diárias, envolvendo 26 filmes. No site do Centro Cultural você encontra a programação e as sinopses. O ingresso custa 4 (inteira), 2 (meia) ou nada (se o filme for exibido via dvd) e dá direito a um catálogo muito bem produzido sobre o tema.
Se você espera da produção de horror brasileiro seriedade, sustos fenomenais e megaproduções a la Hollywood, esqueça. Em geral, ele traz uma boa dose de comicidade (intencional ou não), carece de grandes efeitos especiais e transita até pela pornochanchada.
É o caso de Um Lobisomem na Amazônia (2005) dirigido por Ivan Cardoso. A história inclui não só a fera clássica, mas guerreiras amazonas, chá do Santo Daime, um famoso cientista e um sacerdote inca interpretado por – pasme – Sidney Magal (que, obviamente, canta e rebola). Há outros nomes famosos no elenco, como Nuno Leal Maia, Evandro Mesquita (e sua gaita indefectível), Tony Tornado e Daniele Winits (para a alegria dos marmanjos, sua primeira cena é no banho, numa referência a Psicose).
Impossível levar a sério? Claro. Diversão garantida? Sem dúvida!
Mais sisudo é Excitação (1977), de Jean Garrett. O filme troca o humor pela tensão e consegue mesmo surpreender o espectador. O ponto de partida é a compra de uma casa de praia em que houve um suicídio. A própria casa comporta-se como vilã e as situações de mistério se multiplicam. O elenco não é estelar, há momentos em que as interpretações deixam a desejar, mas o enredo é interessante.
No programa, uma estreia: o filme O Maníaco do Parque, finalizado este ano. A produção conta a história real do motoboy Francisco de Assis Pereira, estuprador e assassino em série.
A mostra segue até o dia 18 de outubro. Passe por lá, assista a uns filmes e volte aqui pra contar o que achou.
Luciana,sinceramenteeu,adoro o cinema nacional,mas nem me arriso a ver algum tipo de produção brasileira quando se trata de terror,deve ser horrendo mesmo….rsrs,nesse tipo de filme eu não abro mão dos americanos,que são especialistas no gênero;mas,vale a pena acompanhar amostra.
Um abraço.
@Rodrigo, alguns dos filmes mais assustadores que já vi são japoneses. Se você gosta de passar medo, compensa ir atrás deles (se é que já não os conhece). 😉
Por favor, nunca viu um filme que seja de terror brasileiro e vem dizer que o horror brasileiro não merece ser assistido?
Faz bem mesmo em ir assistir essas porcarias que o cinema americano te faz engolir, imagino que se estivesse em frente a um clássico do terror iria achar uma porcaria.
A propósito, Luciana, sabe onde posso encontrar à venda esse catálogo da foto? Tenho muito interesse.
Meu email é sebastiaobaque@gmail.com.
Obrigado!