Alguns Quereres

Quero promessas coloridas embrulhadas em papéis de realidade.
Quero umas poucas certezas e alguns mistérios no meu caminho.
Quero dormir cedo do dia seguinte e acordar tarde de depois de amanhã.
Quero poesias e sonhos concretos, ao alcance das mãos e dos olhos.
Quero perder-me de vez em quando, para achar-me depois, em outras paragens.
Quero a eternidade para os bons momentos.
Quero prolongar sabores.
Quero toques macios e música contínua.
Quero não pensar demais, nem de menos – só na medida certa.
Quero amigos o tempo todo e amores de vez em quando.
Quero a leveza da manhã de sol após a chuva da madrugada.
Quero dias e noites livres.
Quero saber exatamente do que gosto hoje, que pode não ser o mesmo que me agradava ontem.
Quero tempos que tragam novos olhares.
Quero alguns velhos olhares dentro de tempos perenes.
Quero a beleza além da aparência.
Quero render-me ao nada, esvaziar o pensamento, jogar fora os medos.
Quero a inconsequência inocente da criança que cai e levanta em seguida.
Quero a vida toda, a cada segundo.
Quero saber que não existem metades, só o inteiro.
Quero demais, às vezes.
Quero continuar querendo, apesar disso, a cada dia renovando desejos.

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Em 03 de novembro de 2003, o Dia de Folga deixou de ser página no Pop para se tornar blog no Weblogger (eu sei, meu passado me condena).

Pra comemorar a idade “avançada”, nada como um texto velho. Republicar alguns daquela época está nos meus planos desde sempre. Esse aqui, porém, não seria republicado se não tivesse ganhado elogios recentemente. É de 18 de janeiro de 2005 e, possivelmente, a única tentativa de poesia que foi além do meu caderno.

RedBug: camisetas diferentes

Procurando por paper toys enquanto escrevia sobre brinquedos de papel, encontrei um site tão bacana que merecia uma chamada só pra ele: é o RedBug Camisetas, que também vende paper toys, buttons e adesivos muito bem bolados.

Veja, por exemplo, esse paper toy do Spock:

Spock Cabeça Quadrada - não é fofo?
Spock Cabeça Quadrada - não é fofo?

Você pode presentear alguém (eu!, eu!, eu!) com um kit paper toy + camiseta:

Teria meu voto!
Teria meu voto.

Claro que Star Trek não é o único tema. Pra não dizer que só falei de Jornada nas Estrelas, que tal o button abaixo?

Meu primeiro videogame foi um Atari 2600!
Meu primeiro videogame foi um Atari 2600!

A loja online vende para todo Brasil e, além disso, é possível encontrar as camisetas em algumas lojas físicas.

Você já comprou algo da RedBug? Gostou?

Curiosidade: segundo o site, o termo “bug” (“inseto” em inglês), usado frequentemente  pra designar erros num programa de computador, foi criado por Thomas Edison quando um inseto causou problemas em seu fonógrafo, em 1878. Você sabia dessa? Nem eu.

Dia do Amigo

Alguém (Vinícius de Moraes, segundo alguns, mas o texto não consta de suas antologias, então acredito mais na versão que o atribui a Garth Henrichs) já disse que enlouqueceria se todos os amigos morressem. Eu também. Dou um valor enorme à amizade. Talvez por não ter irmãos e tentar, com os amigos, resgatar alguma coisa que me dá saudades, ainda que nunca tenha existido. Talvez, simplesmente, porque gosto deles.

Já fiz e perdi muitos amigos pelo caminho. Mudando de uma cidade para outra, fui perdendo contatos. Umas poucas amizades resistiram ao tempo e às várias mudanças de endereço. Conversamos pouco, vemo-nos quase nunca, mas reconhecemos que existe carinho e afeição. Penso que esses amigos perdurarão até o fim dos meus dias.

Algumas amizades foram bruscamente interrompidas. Terminaram com discussões, brigas, mal-entendidos. Pessoas que eu acreditava que caminhariam ao meu lado por toda a vida viraram-me o rosto. Restaram apenas lembranças e cicatrizes.

Um ou outro mostrou-se mesquinho e interesseiro. Alguns me traíram e fizeram-me duvidar da amizade verdadeira.

Certas pessoas foram amigas-de-uma-estação, o que não é exatamente mau. Ao seu modo, os que caminham apenas poucos metros conosco são tão importantes quanto aqueles que percorrem a estrada inteira.

Alguns amigos ainda moram na mesma cidade, mas mal nos falamos. Sei como encontrá-los, se precisar. Eles também sabem como me achar. O contato não é mais intenso, porque os caminhos tornaram-se distintos. São amizades em forma latente. Têm uma importância imensa: o simples fato de saber que eles existem já me faz sorrir.

Há os amigos a quem procuro com mais frequência, telefono, troco confidências constantes. Não me refiro a simples colegas de baladas, mas a pessoas que já provaram sua amizade com seu companheirismo e com o ombro quando precisei. Talvez, um dia, nosso convívio não seja tão constante como hoje. Talvez se tornem amigos latentes. Quem pode dizer o que acontecerá?

Tenho os amigos “virtuais”, que fiz pela rede. Assim mesmo, entre aspas, porque não concordo com a expressão. A comunicação pode, sim, ser virtual. Emails, mensagens instantâneas, comentários em blog. A amizade, no entanto, é muito real, presente e concreta. São amigos com quem desabafo, de quem tomo conselhos e a quem ajudo quando precisam. Tão amigos quanto os que vejo e com quem falo cara a cara.

Quando achava que não fosse conhecer mais ninguém no mundo (um momento para o drama, por favor), surgiu-me a oportunidade de encontrar gentes novas por aí. Pessoas que, em pouco tempo, provaram-me que a vida sempre nos reserva agradáveis surpresas. Empatia quase imediata. Surgiram num momento ruim e deixaram claro que era apenas isso – um momento.

Independentemente de quando e como apareceram, independentemente de estarem ao meu lado ainda hoje ou não, cada pessoa a quem já chamei de amigo foi importante. Aprendi com cada um deles. Algumas lições foram dolorosas demais. Outras foram passadas em momentos de partilha, alegria, amor. Todas válidas, todas imprescindíveis para que eu crescesse.

Se continuo crescendo, é graças àqueles a quem posso chamar de amigos, hoje. A vocês, queridíssimos, meu amor e meu voto de Feliz Dia do Amigo. Minha vida não seria a mesma sem vocês.

Publicado na primeira encarnação do Dia de Folga, há exatos cinco anos. Atual como sempre.

Roupa Nova!

Fazia tempo que eu pensava num visual mais moderno e profissional para o Dia de Folga. Todos os temas até hoje foram feitos por mim e, embora tenha havido uma sensível melhoria desde o meu primeiro layout, essa não é a minha praia.

Vai daí que, twittando a respeito, recebo a proposta do Rodrigo Ghedin: “eu e um amigo estamos pensando em trabalhar com isso, quer ser nossa cobaia?”

Nem pensei duas vezes. Conheço o Rodrigo desde os meus primeiros passos no WordPress. Sei do seu conhecimento sobre a plataforma, além de sempre ter achado muito bacanas os temas que já passaram pelo blog pessoal dele. Por outro lado, o Rodrigo também acompanha o Dia de Folga há um tempão. Eu tinha certeza de que um tema feito por ele, além de bem feito e bonito, seria a cara do DF.

Não deu outra: amei o tema desde a prévia. O Rodrigo e o Nasc realmente capricharam, fizeram um código limpo e um design maravilhoso. No mês em que completo 4 anos de WordPress, tenho orgulho em dizer que o DF finalmente tem um layout profissional e exclusivo.

Rodrigo P. Ghedin e Thiago “Nasc”Nascimento: muito obrigada!

E você, o que achou da cara nova do Dia de Folga?