Obrigada, seu ladrão.

Passei o fim-de-semana envolvida com a festa junina da Igreja de Santo Antônio. Foi meu oitavo ano de trabalho lá. Há dois, digo que não quero mais trabalhar. Só que amo muito tudo aquilo e não consigo mesmo ficar afastada. Mas não é disso que quero falar agora. É de algo muito, muito chato.

Segunda-feira foi o encerramento da festa. Trabalhando na tesouraria, só podemos ir embora depois de tudo devidamente contado, conferido e anotado. O fim do serviço foi lá pela uma e meia da madrugada.

Como tinha parado o carro meio longe, meu pai foi me acompanhar. Quando chegamos, comecei a reparar em coisas estranhas. Porta-luvas aberto, credencial de estacionamento no chão… demorei alguns segundos (que pareceram minutos inteiros) para registrar o que tinha acontecido.

Entraram no meu carro e levaram meu cd-player.

Não vou soltar aqui um fieiro de palavrões, embora esta seja a minha vontade. É a segunda vez que levam meu som. O atual era bem baratinho e pulava mais que canguru. Como já tinha sofrido um furto, instalei-o “embutido” – retira-se a moldura do cd-player, corta-se o fundo do painel do carro e coloca-se o aparelho recuado, de forma que, encaixando a tampa na frente do som, parece que não há nada instalado.

E, mesmo assim, o cara levou. Teve todo o tempo do mundo.Nem estragou as conexões. Trabalhou com calma e sossego.

Dadas as circunstâncias, tenho até que agradecer:

– No mesmo dia, tinha ficado com uma câmera fotográfica emprestada. Felizmente, tive a presença de espírito de não deixá-la no carro (o equipamento deve custar uns mil reais).

– O sujeito não achou meu palm e o respectivo teclado. Também não abriu o porta-malas, onde guardo meu kit de sobrevivência.

– Não uso porta-cds. No carro, só o que está no cd-player – que, pra variar, era o Legião Urbana Acústico. Como já andei falando aqui, a mídia dele é tão ruim que “gasta”. Por isso, tinha feito uma cópia na semana passada. Era essa cópia que estava no cd-player.

– Seu Ladrão teve a gentileza de, além de não arrebentar a fiação, não estragar vidros, fechadura ou lataria. Realmente, um profissional de primeira qualidade.

Eu, como fico estressada quando tenho que dirigir sem som (sabe aquele desenho animado em que o Pateta se transforma numa fera quando senta ao volante?, pois é, sou eu), vou comprar outro cd-player na semana que vem, quando sai meu pagamento. Vagabundo como o que me levaram, claro, já que serei furtada novamente daqui a dois ou três anos. Porque, nesse país, bandido pede pizza na cadeia e usa celular, enquanto nós, pobres e honestos mortais, não temos direito a gozar do dinheiro que recebemos como fruto do trabalho.

E ainda me falam em direitos humanos dos presos.

13ª Expotchê

Na correria dos últimos dias, muito a escrever e pouco tempo.

Ontem, dei uma passada na 13ª Expotchê. Fica a propaganda para os de Brasília – a feira está ótima, muito melhor que nos últimos anos. Mais expositores, várias novidades e preços para todos os bolsos. Além dos muitos quitutes, claro.

Por exemplo, estão vendendo um tal “chope de vinho“. Ca-la-ro que tive de provar. É um vinho bem doce, com muito gás. Ótimo para dar porre.

E tem também sangria de vinho. Como gosto de sangria e há tempos não tomava, não podia perder a chance.

Agora, sem ter comido quase nada durante o dia, imagina o efeito de tanto vinho suave. Fiquei alegrinha que era uma beleza. Não que esteja reclamando – eu estava mesmo precisando de uma injeção de vinh… digo, de ânimo.

O efeito colateral foi a mão-aberta, que resultou em grave perigo para a minha conta bancária.

Dica: os ponchos estão lindos – no primeiro corredor (o mais próximo das churrascarias), uma loja (acho que é a “Sul de Minas”) vende uns maravilhosos, de chenile, bem quentinhos.

E queria falar de Carandiru, que passou ontem na tevê, mas fica pra outro dia, porque agora preciso correr…

Utilidade Pública

13ª Expotchê
O que: feira com expositores do Sul (e alguns daqui, também) – roupas em lã, linha, couro, calçados, cuias, comidinhas gaúchas etecétera.
Onde: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade
Quando: até 12/06, próximo domingo.
Horário: de segunda a sexta, das 16h às 22h; sábados e domingos, das 11h às 22h.
Preço: a pior parte – R$10,00 a inteira. Acho uma exploração, de verdade, especialmente levando-se em conta que as pessoas vão gastar lá dentro. Estudantes pagam meia entrada. Crianças até 10 anos não pagam. Gaúcho pilchado (vestido a caráter) também não.
Estacionamento: outra complicação. R$3,00 para guardar o carro não muito perto, sem contar o tempão de espera para entrar no estacionamento. Melhor parar no meio-fio, ou na rua que passa por fora do Parque – a melhor opção.

De novo, os cabelos

Descobri, após uma boa pesquisa (orkut também é “cultura”), que só conseguirei deixar meus cabelos da cor exata que desejo se, antes de tudo, usar um descolorante. Ou água oxigenada, mesmo. Deixar o cabelo branquinho, para só depois aplicar a tinta vermelha. Aí, a cor ficará realmente viva.

Só que água oxigenada detona o cabelo. E o meu é meio sensível. Descobri isso após usar o xampu tonalizante e demorar duas semanas pra conseguir recuperar a textura natural.

Ó, dúvida cruel.

Tá, eu sei – cabelo cresce. Mas será que vale a pena arriscar tamanho estrago?

E ainda existe a teoria de que o xampu tonalizante, por conter mais “química” para fixar os pigmentos, agride mais que água oxigenada + tintura de verdade. Só não sei se acredito.

E agora, quem poderá me ajudar?

Ah, sim. Depois de vários meses navegando entre Zélia Duncan, Capital Inicial, Skank, Kid Abelha e outros, a trilha sonora do meu carro voltou para Legião Urbana. O Acústico MTV, pra ser exata. Já estraguei um, no começo do ano, de tanto ouvir. Vício é uma coisa triste, mesmo.

Atualização: para revitalizar a cor dos seus cabelos, recomendo Koleston Wella Care Revitalizador da Cor. Ultimamente, tenho usado a tintura semipermanente Soft Color Vermelhos Especiais, que dá um resultado excelente e não agride os cabelos. Já usei a Koleston Vermelho Super Intenso, que também é ótima.