Antes de reclamar das ruas esburacadas da sua cidade, lembre-se desta imagem e pense: “poderia ser pior”!
Buraco no meio de uma rua de Corumbá/GO. Foto de 05.11.2006.
A resposta pra vida e pra tudo que não cabe nas outras categorias.
É compreensível a morte de uma pessoa idosa. Dolorosa, mas compreensível. Mas quando alguém que ainda teria décadas e décadas pela frente se vai, como compreender?
É aceitável a morte de um doente terminal. Pode ser um consolo saber que o ente querido finalmente irá descansar. Mas quando alguém sai para trabalhar pela manhã vendendo disposição e simplesmente não volta, como encontrar consolo?
É um alívio quando morre aquela pessoa que causou tanto mal a tanta gente, aquela criatura mesquinha e repleta de maus sentimentos. “Já vai tarde”, dizemos. Mas como entender a morte de quem sempre espalhou exclusivamente o bem? Como explicar a partida daquela moça que adorava viver, sorria o tempo todo, não tinha inimigos, era incapaz de pronunciar uma palavra venenosa contra quem quer que fosse, tinha poesia na voz e leveza no coração?
Quando uma das melhores pessoas que você já conheceu morre subitamente, aos 26 anos, como encontrar algum sentido?
Palavras de ânimo são apenas isso: palavras.
A fé em Deus pode até servir de suporte e esperança.
Mas onde está o sentido disso tudo?
Descanse em paz, querida Gil…
De repente, você percebe que não tem mais paciência pra coisinhas como paqueras e jogos de conquista. Você não sabe ao certo em que momento deixou de gostar dos tais joguinhos, mas o fato é que já deu. Não quer mais brincar, e ponto final.
Talvez seja a tal da auto-suficiência a grande responsável. Você se sente tão bem sozinha que o impede que saia por aí procurando companhia. Acha que não compensa o trabalho.
Você nem sente inveja dos casais apaixonados beijando-se pelo shopping. É verdade, até houve um tempo em que essa cena arrancaria tristes suspiros. Faz anos, no entanto, que o ceticismo é tamanho que você já enxerga o pacote completo: brigas, ciúmes, quem-é-essa-sirigaita-ligando-às-onze-horas-da-noite-de-sexta-feira, dificuldades para conciliar o namoro com os mil afazeres do cotidiano, alterações de humor, dependência emocional e por aí afora. Sua vida é tão mais tranqüila sem tudo isso!
Por outro lado – ou talvez exatamente por isso – a fase inicial do relacionamento é absolutamente desmotivadora. O primeiro encontro: com que roupa que eu vou?, será que ele vai gostar de mim?, será que a conversa vai fluir?, e se ele for um psicopata? Se o beijo for bom você está no lucro, mas e se for in-su-por-tá-vel? Tudo corre bem na primeira saída, e os encontros se sucedem – e aí, quando já existe algum tipo de compromisso? Qual é a hora certa para transar? Como me comporto? Será que ele vai me achar uma ninfomaníaca, ou será que vai pensar que sou puritana demais? E o dia seguinte?
Se o relacionamento deslanchar, passa-se a outra série de dúvidas: para onde viajar nas férias? Como conciliar as datas comemorativas com as famílias de ambos? Morar junto? Casar? Filhos? Quantos? E o dinheiro?
Bem pesadas e bem medidas todas as questões, fica difícil vencer a preguiça e aceitar o convite daquele ilustre desconhecido para sair no sábado à noite. Simplesmente, não vale a pena. Melhor ficar em casa, quietinha, sem encrencas. A vida é sua, só sua, e ninguém dita as regras.
E você assiste a horas de Sex and the City sem um pingo de ressentimento, absolutamente feliz e tranqüila.
Nasceu!!! Após uma gestação de sete semanas, meu “bebê” finalmente chegou! Muito mais lindo do que eu jamais imaginei, perfeitinho, e já devidamente protegido com película, que ainda não estava colocada quando tirei a primeira foto do bichinho.
Vermelho, como eu queria desde sempre – a escolha da cor foi uma das causas da demora na entrega, mas cada dia de espera valeu!
Espero que meu corsinha seja muito feliz com seu novo dono. Devo confessar, no entanto, que sou tremendamente volúvel: já não sinto saudades dele e estou caída de amores pelo celta!