Todos os anos, na quarta-feira de cinzas, a Igreja Católica lança a Campanha da Fraternidade (CF), que vigora durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa. Acima de qualquer doutrinação, a CF procura despertar a sociedade civil para problemas comuns a todos os seus membros. A proposta é gerar o debate, sensibilizar e buscar soluções para questões que ultrapassam qualquer denominação religiosa.
Freqüentemente, o tema escolhido liga-se a algum grupo social marginalizado. Idosos, deficientes, índios e desempregados, por exemplo, já estiveram no foco da Campanha. Em 2007, fugindo a essa regra, o assunto é a Amazônia.
Não é a primeira vez que a CF aborda uma questão ecológica: em 2004, o tema foi “Fraternidade e Água”, revelando-se a preocupação com a poluição e com a má distribuição dos recursos hídricos. O pioneirismo da Campanha da Fraternidade 2007 está em tratar um tema localizado geograficamente (embora de interesse nacional e mesmo mundial).
A abordagem integra as preocupações ambientais e sociais. De um lado, tem-se o cuidado com os indíos, caboclos e ribeirinhos, com a preservação do seu espaço, dos seus hábitos e dos seus meios de subsistência; de outro, a questão climática – apesar do consenso de que a Amazônia não é o “pulmão do mundo”, sabe-se que um desequilíbrio em seu complexo ecossistema implica na perda de riquezas naturais inestimáveis e as constantes queimadas na região são responsáveis por grande parte das emissões de gás carbônico do Brasil, incrementando o aquecimento global.
Presente se faz, também, a preocupação com o braço da globalização avançando gananciosamente em direção aos recursos amazônicos que, se são patrimônio mundial, são, antes de mais nada, patrimônio do Brasil. Cabe, então, ao povo brasileiro agir para a preservação da Amazônia e para a proteção de seus povos, pressionando as autoridades para que implementem medidas de desenvolvimento sustentável, patrulhamento, combate ao desmatamento e à evasão de recursos naturais e melhoria dos índices de desenvolvimento humano da população amazônica.
Dos vários textos lançados todos os anos para a divulgação da Campanha da Fraternidade, tradicionalmente um deles traz os elementos principais que embasam e justificam a escolha do tema: a explicação do cartaz escolhido para ilustrar a CF (foto ao lado). Dada a clareza do texto, transcrevo-o abaixo.
Explicação do Cartaz da CF 2007
“Na parte superior do Cartaz, a terra seca e rachada representa a realidade de algumas partes da Amazônia durante a estiagem e adverte que, sem o devido cuidado, toda a região pode ser destruída.
A abundante presença da água lembra que a Amazônia é uma importante reserva de água doce no planeta, além de transmitir uma sensação de transparência, força e vitalidade.
O elemento principal do Cartaz é a vitória-régia, conhecida pelos índios como “panela de espíritos”. Considerada um dos símbolos da Amazônia, essa planta é forte e tem raízes profundas que tocam o leito do rio; ao mesmo tempo, é sensível, assim como o povo nativo da região, que sobrevive com muita garra, mas precisa do apoio fraterno de toda a sociedade brasileira.
As três flores brancas e amarelas têm extrema relevância no Cartaz, uma vez que representam a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Essas flores lembram que a Amazônia é obra de Deus Criador e Providente entregue aos nossos cuidados.
A criança representa os índios e toda a comunidade da região, suas crenças, sonhos e esperanças. Seu olhar inocente e o sorriso sutil são um convite à superação das dificuldades e à construção de um futuro melhor para a Amazônia.
Ao mostrar o contraste entre a terra seca e a exuberância da água, o Cartaz chama a atenção para a devastação da Amazônia e o descaso com a vida. Representa a esperança de encontrar uma solução para os conflitos da região com base na solidariedade e no respeito às diferenças.”
Tudo certo, Lu?
Eu, sinceramente, acho que a Campanha da Fraternidade é uma jogada de marketing. Não que a CNBB não tenha boas intenções, meu tio avô é bispo e muito ativo politicamente. Sei que eles têm boas intenções mas, se quisessem, realmente fazer algo em uma escala maior, teriam outras atitudes.
E eu sei que não é esse o assunto do Post, mas o que mais me chamou atenção foi a sua enquete, e vou me permitir comentar algo aqui.
Eu sou contra a pena de morte por todas as respostas que tem ali, mas a principal não se encontra: o medo.
Não o meu medo, mas o medo que o estado pode impor. Acho que um estado que legaliza a pena de morte, pode acabar sendo um estado que governa pelo medo. E essa governança pelo medo pode ser, tanto legal, quanto “por debaixo dos panos”.
Imagina uma sociedade que convive com a pena de morte. Caso haja alguma mudança radical nela, fica bem mais fácil ela acabar tolerando que a pena de morte se estenda para outros crimes. Como um golpe de estado… Quem detém o poder, pode estender a pena de morte para crimes políticos.
E, mesmo que tudo continue como está, o sistema judiciário pode ser manipulado. Sabemos que acontece. Então, quem tiver o poder, pode criar condições desfavoráveis a que o réu tenha um julgamento justo. Se ele for preso isso pode ser revertido. Se for morto, não.
Em resumo é isso. E tu? É a favor ou contra a pena de morte?
E, apesar de tudo, sabia que existe pena de morte no Brasil?
Abraços
Lu,
Toda campanha em prol do meio ambiente é importante, ainda mais quando se tem por objetivo melhorar as condições de vida do ser humano em geral, sejam crianças ou índios…
Mesmo sem saber que o tema da CNBB seria este, eu indiquei num artigo um site muito legal sobre os povos índigenas.
abs
Lucas, é assim mesmo: quando as instituições não fazem nada, a gente reclama; quando fazem, a gente reclama também.
Sobre a pena de morte, realmente, eu não queria pulverizar a discussão em outros artigos. Se você refizer seu comentário no artigo correspondente (https://diadefolga.com/enquetes-testes/pena-de-morte/), responderei tua pergunta. 🙂
ow, teu lay ficou maravilhoso, hein? adorei, super clean 😉
amazônia… lembra q eu era louca por temas assim? ehehehehehe beijos
O Blog tá liiiiindo!!!! E bora todo conhecer a Amazônia!!! Eu já conheço uma parte! hehehhe
Independente de ter simpatia ou não pelas religiões a atitude da Igreja Católica é louvável. Trazer um pouco de consciência ecológica para a população é uma pratica que tem que ser encorajada independente de a pessoa concordar ou não com a corrente religiosa. Não li nada dessa campanha ainda, mas espero que ela escape dos clichês que infestam todas as atividades de educação ambiental que são levadas a diante pela sociedade civil em geral.
ola achei a representaçao da campanha um maximo
mais deveria ter algo que explicasse o lema e o tema da campnha se voces que cordenam o site teverem gostaria que me mandassem para o imail
sortesorba@hotmail.com
diego
desde ja agradeço
obrigado
Oi eu não acredito mais em nada neste país. Nem a CF é capaz de mudaer algo. Como acreditar se tu acordas todos os dias com notícias de que alguém levou um tiro por bala perdida. Ficou fácil agora, dizer que se leva um tiro e ninguém sabe de onde. De que é a responsabilidade? a verdade antes da Amazônia que é coisa muito impoortante para nossaS vidas, deveríamos mostrar a importância de nosdsas vidas aqui mesmo, que protege a vida do ser humano com certeza acabará protegendo a vida da Amaz^Çonia. Qual ser humano se preocupará comn a AMAZÔNIA, SE ELE TEM QUE SE PREOCUPAR COM SUA VIDA aqui mesmo, sem comida, sem plkano de saúde, sem escola? E quando dizem que temos escola, temos, mas eles vão muitas vezes para comer, para se esconder da vida que levam, quuando vão. E esses marginais que vemos roubando e matando, por que não estão confinados l´´a na Amazônia, plantando no meio da mata, trabalhando? Não adianta nada ficar por aqui, pois não tem nem mais presídio para tanta gente, e o pior que somos nós quem paganos pelo conforto deles, pois é conforto ter casa, comida, roupas lavada, banho de sol, de graça e nem precisar trabalhar para manter tudo isso, enquanto nós estamos aqui fopra tendo que ralar para ter tudo isto, não acham que a CF poderia ser de outra forma?
Nesse ano a campnha da fraternidade esta sendo muito legal,com a Amazonia o tema e o lema e “vida e a missao neste chao”.
A CF é importante no sentido de tentar alertar a sociedade brasileira para determinados problemas que nos atingem. É como se fosse um sinal:”olha, isso aqui precisa ser mudado, precisamos discutir e refletir…” E principalmente por se estender ao povo, a quem está na Igreja, e não ser uma discussão apenas de intelectuais ou cientistas. Precisamos de outras maneiras de educar o povo, e não apenas deixá-lo receber o que vem da TV. Qual o papel da Igreja dentro da sociedade? Ao pensar nisso, poderemos entender o sentido de uma CF, principalmente no caso da Amazônia, pois se não tivermos consciência e luta, veremos esse pedaço do nosso Brasil totalmente destruído em função da ganância de poucos em consequência da falta de atitude nossa.
acho super interessante a igreja colocar em evidencia qualquer situação que tenta ao menos sensibilizar o ser humano,pois Jesus tomou nossas dores prá que o povo continue sua luta em favor do próximo,mas,sendo eu católica,acho que deveria ter divulgado mais porque não é só os católicos que irão sofrer,e sim;toda a humanidade
Infelizmente, nao adianta termos Campanha da Fraternidade em prol da Amazonia, se os propiros orgaos governamentais nao estao interessados em acabar com o problema. Principalmente que estes fatos sao uma fonte de tamanhos tao grandes para garantir os seus proprios votos. Pois e! Como acabar com suas propriaa garantias de futuras eleiçoes.
Pensem nisto!
a amazonia é muito importante para nós devemos cuidar……
Eu sinseramente nao sei o quer diser mais o que eu poder faser pela amanzonas ou a natureza estou ai ok.!!!
O que eu posso fazer pela natureza estou ai com sinsserida faço pela Amazonia.
se não ouvesse critica não averia melhorias!
Nossa que campanha bonita eu dorei!!!
esta campanha é muito boa!pena que as pessoas não coperam para que vivemos em um mundo melhor! se as pessoas coperassem nosso planeta seria uma maravilha.