Ele morreu, ôba!!

Bateu as botas, foi pra terra dos pés-juntos, partiu pra uma melhor (ou não), tomou doril! U-hu!!! O Edgar já era! Felicidade total! É o fim do personagem mais irritante do universo – pelo menos, do universo de 24 horas.

Aliás, gente que nunca morreu está morrendo nesta quinta temporada. O Tony Almeida foi a vítima mais recente. O cara escapa de de uma baita explosão, pra acabar morto por um moribundo, num contragolpe um tanto surreal. Mas quem quer realismo num seriado? Eu não faço questão.

(Referências aos episódios 12 e 13 da quinta temporada de 24 horas, atualmente em exibição pela Fox. Detalhes – inclusive sinopses – no endereço acima.)

Mudando de assunto: nos próximos (vários) dias, tentarei modificar o layout do blog. Se você encontrar isso aqui meio bagunçado, espere cinco minutinhos e verá a casa em ordem novamente.

And the Oscar went to…

A relação dos ganhadores do Oscar 2006 pode ser vista aqui.

A grande injustiça deste ano foi cometida contra Boa noite e boa sorte que, concorrendo a seis estatuetas, não levou nenhuma, apesar da altíssima qualidade. Seu diretor e roteirista, George Clooney, ganhou uma espécie de prêmio de consolação ao ser agraciado com o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu desempenho em Syriana, em que também participou como co-produtor.

Outra injustiçada foi Felicity Huffman que, por seu papel em Transamerica, interpretando um transsexual, merecia o Oscar de melhor atriz – quem acabou levando o prêmio foi Reese Whiterspoon, por um trabalho apenas comum em Johnny e June.

A surpresa da noite foi a dispersão dos dois maiores prêmios, o de melhor diretor e o de melhor filme que, geralmente, vão para a mesma produção. Ang Lee ganhou o primeiro por O segredo de Brokeback Mountain (o grande favorito do ano, indicado a oito estatuetas, recebeu apenas três) e Crash arrebatou o Oscar de melhor filme.

Cinema, séries e mais

Não, não desisti do blog. E também não é falta de assunto. Está mais pra falta de tempo.

Como boa viciada em seriados, acompanhei 24 horas[bb] na Globo (quarta temporada, que começou fraquinha mas engrenou na metade do caminho e tirou o fôlego), estou assistindo a Lost[bb] (e eu que achei que não ia gostar da série) e ainda peguei emprestada a primeira temporada de Desperate Housewives[bb] (aprox. 993 minutos, como a caixa do dvd informa). Vai daí que o tempo anda escasso.

E ainda tem um maldito jogo que está roubando quase todo o meu dia. Se eu fosse você, nem passaria perto dele. Vicia. Muito. Sério mesmo.

E cinema, claro. Começou a maratona para assistir ao maior número possível de filmes concorrentes ao Oscar antes da premiação.

Vale a pena, sem dúvida alguma, assistir:

O Segredo de Brokeback Mountain[bb]: o queridinho do Oscar 2006 faz jus ao posto. A história de amor entre dois cowboys é contada de forma sensível e profundamente emocionante. Jake Gyllenhaal (no papel de Jack Twist) impressiona não só pela inegável beleza, mas também pela boa atuação. Outra grande interpretação fica por conta de Michelle Williams (Alma). A fotografia é belíssima e o Globo de Ouro de melhor canção coube a A Love That Will Never Grow Old, que não concorre ao Oscar por detalhes técnicos.

Boa noite e boa sorte: concorre ao Oscar com seis indicações. David Strathairn interpreta o jornalista Edward R. Murrow com um carisma realmente impressionante e merece levar pra casa a estatueta. O filme é de baixo orçamento, em preto e branco e conta a briga de Murrow contra McCarthy e sua caça aos “comunistas”. Embora se refira a um episódio dos anos 50, encaixa-se perfeitamente na realidade pós-2001, caracterizada por uma perseguição sem critérios atrás de supostos terroristas, acompanhada de um incentivo à cultura do medo. Interessante saber que o senador McCarthy não foi interpretado por um ator – todas as imagens em que ele aparece foram retiradas dos arquivos da época.

Fora do circuito da Academia, mais dois filmes merecem ser vistos:

Flores Partidas[bb]: embora tenha o consagrado Bill Murray como ator principal, não é um filme hollywoodiano. Jim Jarmusch dirige-o sem a preocupação de corresponder aos estereótipos do cine-pipoca – aliás, diverte-se em quebrá-los ao longo do filme. Murray interpreta um solteirão convicto que sai à procura de um filho de 19 anos, cuja existência lhe era desconhecida até receber uma carta anônima. Flores Partidas ganhou o Grande Prêmio do Júri, no Festival de Cannes.

Rainhas: comédia espanhola absolutamente deliciosa. Conta com a excelente Carmen Maura e outras atrizes maravilhosas. O filme acompanha as peripécias de três dos vinte casais gays que irão oficializar sua união na primeira cerimônia de casamento gay da Espanha. Em meio a mães, pais, sogras e cachorros, muita coisa acontece. Risadas garantidas.

Como a vida não é feita só de bons filmes, assisti também a Tudo em família, comédia fraquinha com Sarah Jessica Parker, a Carrie do seriado Sex and the city[bb]. Se você quer mesmo vê-la, espere o lançamento em dvd.

Globo de Ouro 2006

A pior parte do Globo de Ouro é que a maioria dos filmes ainda não estreou no Brasil. Fica complicado acompanhar e tecer comentários a respeito.

A parte mais interessante é que a premiação tende a ser um bom indicativo do Oscar, que acontece daqui a dois meses. Seguindo-se essa lógica, o grande premiado do Oscar 2006 será Brokeback Mountain (no Brasil será chamado de O Segredo de Brokeback Mountain[bb], com estréia prevista para 3 de fevereiro) O filme, que mostra o amor que surge entre dois cowboys, é dirigido por Ang Lee (Razão e Sensibilidade, O Tigre e o Dragão, O Incrível Hulk) e na noite de ontem levou os melhores prêmios: melhor filme de drama, melhor diretor e melhor roteiro. Abocanhou também o Globo de Ouro de melhor música (A Love That Will Never Grow Old, do argentino Gustavo Santaolalla).

O brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus[bb]) concorreu como melhor diretor de filme de drama por O Jardineiro Fiel, e a película também foi indicada como melhor filme de drama. Rachel Weisz concorreu como melhor atriz coadjuvante e ganhou, o que deve projetar bastante o nome do filme e valorizar seu diretor. A única dúvida é se ela interpretou mesmo uma personagem coadjuvante – na verdade, o filme todo gira em torno de Rachel.

George Clooney, charmoso como sempre, ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante por Syriana, uma história sobre a indústria do petróleo norte-americana, declaradamente anti-Bush (previsão de estréia no Brasil: 10 de fevereiro).

Felicity Huffman ganhou o Globo de melhor atriz em filme de drama por Transamerica[bb], em que interpreta um transsexual. Ao lado das premiações dadas a Brokeback Mountain, o fato levou Rubens Ewald Filho – que comentou o evento no SBT – a exclamar: “Gente, é um Globo de Ouro gay!”.

Os Produtores, que teve passagem meteórica pelas salas brasileiras, concorreu nas categorias de melhor filme musical/comédia, melhor ator em filme musical/comédia (Nathan Lane), melhor ator coadjuvante (Will Ferrell), melhor canção (There is Nothing Like a Show on Broadway). Apesar de ser um ótimo filme, não levou nenhum prêmio.

O prêmio Cecil B. DeMille, concedido pelo conjunto da obra, coube a Anthony Hopkins que, indicado seis vezes ao Globo de Ouro, nunca havia levado um para casa.

Hugh Laurie ganhou o globo de melhor ator em série dramática pelo médico rabugento que interpreta em House[bb], excelente seriado transmitido pelo Universal Channel.

O quarteto protagonista de Will & Grace[bb] apresentou um dos prêmios da noite. A série está em sua última temporada nos Estados Unidos e não concorreu em nenhuma categoria este ano.

Veja a lista de todos os ganhadores do Globo de Ouro 2006.

Atualização: texto publicado originalmente em 17 de janeiro de 2006, um dia após a premiação, e perdido devido à esquizofrenia do WordPress 2.0. Ei-lo novamente, graças ao sempre leal WordPress 1.5.2.