Hora de comentar rapidamente as indicações ao prêmio mais badalado da indústria cinematográfica.
O recordista foi Dreamgirls: oito indicações, sendo três na categoria de melhor canção original. Ultrapassou Babel, fracasso de público nos Estados Unidos e sucesso de crítica, que recebeu sete menções. Duas atrizes de Babel concorrem à estatueta de melhor atriz coadjuvante. Isso é raro (nem sei se já aconteceu) e, de certa forma, prejudica as chances de o filme levar o Oscar da categoria, já que os votos acabam se dividindo entre as duas concorrentes.
Brilhante (e esperada) a indicação de Uma Verdade Inconveniente ao Oscar de melhor documentário em longa-metragem. Mesmo que não ganhe, a indicação já dá mais visibilidade ao filme. É possível que volte às telonas no Brasil. Tomara que seja bem divulgado, desta vez, e atinja um público maior. A causa é boa e precisa ser difundida.
Pequena Miss Sunshine compete em quatro categorias, merecidamente. Abigail Breslin, que interpretou a adorável menininha do filme, foi indicada como melhor atriz coadjuvante.
A consagrada Meryl Streep, que há alguns dias levou o Globo de Ouro 2007 de melhor atriz pelo papel em O Diabo Veste Prada, concorre agora ao Oscar.
Os Infiltrados, filme fantástico, teve cinco indicações. Será que Scorsese finalmente ganhará o reconhecimento da Academia?
O Grande Truque ficou com duas indicações, ambas técnicas: melhor fotografia e melhor direção de arte.
A grande surpresa, para mim e para o resto do mundo, foi a ausência de Volver entre os indicados a melhor filme estrangeiro. A Academia deve ter pensado “Ah, esse Almodóvar vive concorrendo, faz filmes bons direto, vamos dar chance a outras produções”. Tudo bem, mas Volver é um dos melhores filmes do diretor espanhol, senão o melhor (dos que já vi, é meu preferido). A indicação era dada como certa.
O link para a lista completa de indicados está aí embaixo. Agora, é correr para assistir aos favoritos antes da premiação, o que a torna sempre bem mais interessante. Temos até 25 de fevereiro.