Finalmente consigo tempo pra escrever por aqui. É que, veja só, minha vida é muuuuuito ocupada: correr, dormir, brincar, dormir, olhar a paisagem da janela, dormir, brincar, comer, dormir, correr, brincar… ufa! Dá canseira só de escrever.
Vamos ao que interessa. A Lu deixou a caixa de emails aberta uma hora dessas, dei uma espiadinha e olha só o que descobri: o cat toilette, um banheiro todo bacana pra gatos! Quem mandou a dica foi a Srta. Bia. Será que o gatinho dela tem um desses?! Fiquei com uma vontade… Já pensou, que chique eu ficaria, com toda a privacidade do mundo na hora de ir ao banheiro?
Em cima, a mamãe podia colocar umas flores artificiais, uns bonequinhos de chumbo… sei lá, qualquer coisa que fosse divertida e que eu pudesse derrubar ou mastigar nas horas vagas.
Parece que tem que ter uns 100 dólares (o que será que é isso?) e morar nos Estados Unidos ou no Canadá… que pena, eu já ia pedir pra mamãe!
Adoro itens de papelaria em geral e cadernos em particular. Acho uma pena não precisar de pilhas e pilhas de cadernos, blocos e agendas na minha rotina, até porque organizo boa parte dela com ferramentas online. Para as horas em que os meios digitais não dão conta, no entanto, tenho um bloquinho na bolsa, uma caderneta na mesa de cabeceira e papéis de rascunho na gaveta da escrivaninha. E não resisto: sempre arranjo alguma coisinha pra comprar na papelaria.
Claro que, com esse perfil, eu tinha que ser fã do moleskine.
Moleskines são cadernos com mais de um século de história recheada de usuários ilustres como Picasso e Hemingway. O modelo mais tradicional é de bolso e sem pauta, perfeito para andar em todo canto e comportar todo tipo de conteúdo: prosa, poesia, desenhos, o que seu dono desejar. A encadernação de costura que permite uma abertura de 180°, as bordas arredondadas e o elástico que mantém o caderninho bem fechado são algumas das razões que fazem a fama dos moleskines, ao lado da tradição que carregam.
No exterior, são baratos: com menos de 10 dólares, compra-se um dos modelos simples. Aqui no Brasil, são raros e caros. A Livraria Cultura passou a vendê-los recentemente, a preços menos extorsivos que os que já vi por aí (o cahier plain journal sai por 32 reais no site da Cultura).
A saída pra muita gente ainda é comprar um moleskine “genérico”. Eu tenho um, feito especialmente para a OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), não sei por quem (não havia indicação alguma nas páginas) e que, na verdade, custou-me bastante caro. Comprei mais pela OSESP que por economia.
Em outubro, o Alessandro Martins contou que havia surgido uma nova opção de moleskine genérico no Brasil. É o moleco, em tamanho ligeiramente menor e mais fino que o original (o que achei ótimo) e com um diferencial muito bacana: o uso de papel reciclado para a capa e o miolo.
Enquanto eu pensava em compra um moleco, o Marcelo, do blog Dois Espressos, teve uma daquelas sacadas que fazem a gente tirar o chapéu e pensar “eu gostaria de ter tido essa idéia”: 5 molecos viajantes estão rodando o país, recebendo anotações, desenhos, fotos e o que mais passar pela cabeça dos participantes.
E, olha só: eu, fã de moleskines originais e genéricos, tive a felicidade de abrir o terceiro moleco viajante!
O texto já está pensado e o próximo destino é certo – ainda esta semana, o moleco deixa Brasília rumo a São Paulo (vou manter um pouquinho o suspense sobre o exato destinatário).
O bacana mesmo será quando os cinco cadernos estiverem tomados de idéias itinerantes. Quem receber o caderno já perto do fim terá algumas horas de entretenimento.
Quer seguir os molecos e, quem sabe, receber um deles para deixar seu registro? Acompanhe as viagens, veja o flickr com as adições de cada participante e torça para entrar na brincadeira. Enquanto isso, assista ao vídeo das viagens dos molecos – até na Lua eles andaram, veja só.
PS: na dúvida sobre qual categoria melhor recebia este artigo, escolhi as Crônicas tão-somente porque minha contribuição deve seguir esse rumo.