Posso compreender a preferência da Rede Record por exibir House dublado e posso até aceitar que essa dublagem seja sofrível. Sei lá por que razão pularam a primeira temporada, tudo bem. Passar à meia-noite uma série excelente? Vá lá, eles devem entender de grade de programação melhor que eu – e, afinal, se derem sorte, pegam a audiência que assiste à temporada mais recente no Universal Channel às 23 horas (tem funcionado comigo). Nem vou reclamar do “Doutor” que inseriram no nome da série. Fizeram muito pior com Monk, que ganhou o subtítulo cafona “Um Detetive Diferente”.
Agora, o que não dá pra entender é como a Record abre mão de 15 minutos de anúncios comerciais a cada episódio.
15 minutos – 30 anunciantes, ou 20, que seja – por episódio. 15 minutos que poderiam trazer dinheiro à emissora e, quem sabe, mostrar-lhe que sim, vale a pena exibir boa programação na tv aberta. 15 minutos que a rede ignora, preferindo colocar um telejornal sem graça que repete o que todos os outros já disseram ao longo do dia.
Eu sei, deveria ficar contente por assistir a menos propaganda a cada episódio. Mas é que eu queria mesmo compreender o que se passa na cabeça dos engomadinhos que controlam os canais abertos.
Possivelmente, é mais fácil entender a vida, o universo e tudo o mais.