Este texto é a parte 5 do Desafio 21 Dias Para Fechar o Ano com Chave de Ouro.
1. Escrever um blog dá trabalho.
Se você é exigente, quer fazer textos de qualidade e busca temas que interessem ao leitor, blogar não é piquenique. Cada texto do Dia de Folga leva, em média, 2 horas para ser escrito. Sem mencionar que, se é uma resenha de filme, há o tempo no cinema; se é uma receita, a pesquisa e o preparo (às vezes, com seguidas tentativas para corrigir erros) levam horas.
2. A parte administrativa dá mais trabalho ainda.
Especialmente quando se trata de monetizar o blog. É preciso estudar, ler bastante, fazer testes, descobrir programas de afiliados, otimizar anúncios… um porre. E ainda há os ajustes de layout, os upgrades do WordPress (constantes e trabalhosos esse ano), a busca por plugins bacanas… O desafio é manter o equilíbrio entre o tempo gasto com os bastidores e o tempo dedicado à elaboração dos textos, que devem sempre ser o foco do blog.
3. Parcerias são bacanas.
Sempre fui aquela aluna que, quando o professor mandava fazer um trabalho em grupo, perguntava se podia fazer sozinha. Sou individualista, sim. Acontece que, como todos estão carecas de dizer, blogs são conversações. Quando você conversa, acaba conhecendo gente com quem dá vontade de trabalhar, de tocar projetos. Para ficar num só exemplo, os vários BlogCamps de 2007 não teriam acontecido se não tivessem surgido diversas parcerias entre blogueiros. Um blogueiro só não faz um evento.
Vai daí que tenho deixado meu individualismo de lado. Passei os 3 primeiros anos como blogueira recusando as parcerias que pintavam. Esse ano, a postura mudou. A Nosphie me convidou para um novo projeto (no ar em breve), junto com outras moças blogosféricas; o Manoel me incluiu no Balela.INFO. E 2008 será mais interessante por isso (ou eu vou ficar louca por não conseguir cumprir os combinados e você terá notícias minhas diretamente do hospício).
4. A blogosfera retrata o mundo real.
Muito óbvio isso, não? Mas tem gente que se esquece e quer acreditar que a blogosfera é um mar de rosas, para usar a expressão da Nospheratt. Não é. Tem gente chata pra burro, gente intragável, gente abusada, gente sem graça, gente que você detestaria encontrar numa mesa de bar.
E tem gente maravilhosa. Gente amiga, gente com quem dá pra bater papo por horas, gente de quem você tem saudades, gente que ajuda nos momentos críticos, gente divertida, gente solidária. Eu poderia dar vários exemplos, mas dois são especiais:
- o Janio acolheu o DdF num momento crítico, depois de problemas em duas outras hospedagens, quando nada funcionava a contento há um mês e eu já perdia a vontade de continuar tocando o blog em domínio próprio.
- a Lu Freitas acolheu a autora do DdF (sim, eu) na casa dela, de coração aberto, por mais tempo do que o necessário e apesar da bagunça que, inevitavelmente, hóspedes trazem consigo. A Lu é jóia rara, mesmo.
5. Ainda há muito por fazer.
O DF não é um blog pronto e acabado – nunca será. Já mudou de cara algumas vezes e desafia-me com freqüência. Tenho planos que não saíram do papel, tenho muito a construir.
No caso da blogosfera, a quantidade por realizar é ainda maior. O Café.com Blog deixa claro como é preciso trabalhar para mostrar ao empresariado que blogs são mídia relevante; por outro lado, a polêmica campanha do Estadão indica que estamos no caminho certo.
A blogosfera mal começou a engatinhar. Se eu achava que 4 anos de blog era tempo pra caramba, hoje percebo que não é nada. Que venham, então, mais 4 anos.
Atualização: o projeto com a Nosphie, que mencionei acima, acabou de entrar no ar! Visite o Deusário!