Simplificando

Outro dia, a Lud escreveu sobre toda a complicação em que se transformou o ato de blogar. Também sou old school: o DdF faz 13 anos em 2016. Era bem diarinho no início, e meio que agradeço o fato de que a maioria desses primeiros posts sumiu quando migrei do Weblogger para o WordPress, em 2005 (embora tenha todos arquivados e tenha republicado as resenhas de filmes e receitas).

Depois veio a onda dos blogcamps (fui a alguns), da monetização, da profissionalização, dos publieditoriais. Tudo muito interessante no início, mas não era a minha praia. E olha, eu bem que tentei. Aprendi a usar AdSense, cheguei a fazer publis e participei de uma ou duas ações que curti muito (a do CCBB sempre estará no meu coração). Mas também aparecia muita tralha no meio, como a vez em que entraram em contato comigo às dez da manhã pedindo um publi até meio-dia pra uma empresa da qual não gosto. Claro que eu disse não, o que me colocou na lista negra da referida agência (olha a minha ruga de preocupação).

Com o tempo, toda essa profissionalização dos blogs – e, nos últimos tempos, a impressão de que só blogs de tecnologia e de moda despertam algum interesse – foi uma razão (entre outras) pra eu deixar o DdF um tanto abandonado, e foi também um dos principais motivos pra matar meus blogs de nicho (mas os posts estão todos aqui, preservados).

A questão é que blogar não tem que ser algo profissional, ou focado, ou com fotos para quebrar o texto, ou com qualquer outra regra. Blogar é escrever. Apenas escrever. O resto é detalhe.

Isso tem tudo a ver com a nova fase do DdF. Pra marcá-la, um visual novo – gratuito, com algumas modificações e o cabeçalho feito pela queridíssima amiga Nospheratt, seguindo a mesma linha do que ela fez pro meu twitter -, sem AdSense, com mudança de slogan (ainda em construção) e de ícone (sai a rodela de laranja, entra a xícara de café), sem a obrigação de caçar imagens pros posts e sem linha editorial definida (não que alguma dia eu tenha, realmente, conseguido seguir uma linha editorial). Afinal, nada mais justo que as mudanças dos últimos meses reflitam também no blog.

Blogs estão mortos? Só se for para o seu coração ingrato.

No começo do mês voltamos a 2007, com a reedição do velho debate sobre a morte dos blogs. A Simone resumiu a discussão e concordo integralmente com as opiniões dela (no texto e nos comentários).

Novos tempos, novas mídias.

A tv não matou o rádio, o videocassete não matou o cinema e a internet não matou os jornais – bem, mais ou menos. Talvez essa seja a exceção que confirma a regra. Enfim. Meios convivem, prestam-se a diferentes fins, transformam-se, cedem espaço, mas não morrem. Os vídeos e as redes sociais não mataram – e não matarão – os blogs.

Dia de Folga, obviamente, não é exemplo do que estou dizendo. O estado semicomatoso dos meus blogs é uma vergonha, eu sei. Felizmente, tem muita gente boa que bloga com frequência, opina, informa e diverte. Quer exemplos? Seguem dez, selecionados diretamente do meu Feedly (sim, eu ainda uso agregador de feeds; sim, ainda xingo os blogs que não se dão ao trabalho de ter feeds – sério, gente, cuidem dos feeds dos seus blogs). A escolha foi baseada na frequência de atualizações, na diversidade dos temas e, obviamente, na qualidade.

Resumindo: blogs estão vivíssimos e tem blog pra todo gosto. Basta passear um pouquinho pela web.

Imagem: Michael Dales, cc.

Vem aí o Correio da Lu!

Correio da LuAlguns já notaram que na barra lateral dos meus blogs e ao fim de cada post há uma novidade: o link para assinar minha newsletter – vários já assinaram, inclusive, e agradeço. 🙂

Seguindo os passos da Nospheratt, criei uma newsletter para ter mais um canal de comunicação com você, leitor. Devo confessar que ainda estou trabalhando no formato, mas a ideia principal é agregar num só boletim mensal – enviado para o seu email – os resumos das minhas publicações nos vários blogs que mantenho: Dia de Folga, Cadê o Atum?, Espresso do Meio-Dia e Mania de Organizar. Além disso, pretendo agregar outras informações bacanas que nem sempre viram textos.

O Correio da Lu servirá, também, para uma maior interatividade. Quando você receber o boletim, apenas clique em “Responder” para enviar-me sugestões, dicas, reclamações, ideias, pitacos etc. e tal – sobre qualquer dos blogs e sobre a própria newsletter.

Ca-la-ro que não usarei seu endereço de email para mais nada, e você poderá parar de receber os informativos a qualquer momento. Cada newsletter trará, no rodapé, um link para você se descadastrar.

O nº 1 sai no fim de janeiro – assine, ainda dá tempo! Basta clicar nesse link e informar seu email.

Espero contar com a sua participação em mais essa jornada. 🙂

Atualização: em março de 2012, o serviço MailChimp incorporou o Tiny Letter (o serviço que eu usava para gerar as newsletters) ao seu banco de dados. A migração foi um desastre para mim, com a perda do banco de emails e das pré-formatações. Por isso, abandonei a newsletter. Obrigada pela companhia nesse curto passeio – foram só dois números!