Quando você me deixar, não dê explicações. Não use frases feitas. Não diga que o problema é você, não eu. Não fale que gosta de mim como amiga. Não me venha com aquele papo de pessoa-certa-na-hora-errada. Não coloque a culpa no trabalho, nos estudos, na falta de tempo. Sobretudo, não coloque a culpa em mim.
Quando você me deixar, não use desculpas, porque não passam disso: palavras vazias e convenientes. Já estive em seu lugar, já as utilizei e bem sei que são todas mentiras.
Quando você me deixar, não retome velhas brigas, não reviva ressentimentos, não reabra as feridas.
Quando você me deixar, não me beije, não me abrace. Não me lance seu olhar de piedade. Não tente me consolar. Diga somente que está me deixando – diga com todas as letras, porque precisarei ouvir. Depois, cale-se e vá embora.
Quando você me deixar, em nome dos nossos bons momentos, tenha clemência: seja breve.
(Escrito em 07 de setembro de 2011.)
Sucinto. Perfeito. Me fez lembrar de um fora que ganhei EM INGLÊS, por e-mail. Ano: março de 1999. “We must take separate paths”, ele disse. Nunca respondi a essa mensagem. Em novembro do mesmo ano, escreveu-me novo e-mail, contando trivialidades de sua vida. De novo, ignorei.
Para alguém que ama as palavras como eu, elas soam e ressoam fortes. Marcam. “Separate” is “separate”. No more that guy ever again.
Saúde e Paz a você, Lu, e aos internautas do “Dia de Folga”!