Já estou acostumada

Da série Furtos – Parte 3 de 3

Essa aconteceu na vida real.

Oito horas da noite. Estacionamento próximo a uma das melhores creperias da cidade. Vários carros parados, já que é uma rua com diversos outros restaurantes. Flanelinha presente, claro.

Traseira do carro ao alcance da visão durante todo o tempo passado no restaurante. Normalmente tranqüilíssima com essas coisas, eu estava incomodamente apreensiva, voltando o olhar para o carro de vez em quando.

Quatro horas, quatro pratos e muita conversa depois, eu e melhor-amiga vamos pegar o carro.

Abro a porta do carro.

Novecentos reais em material escolar novinho da irmã da melhor-amiga, que estava no porta-malas, espalhado pelos bancos. Porta-luvas escancarado. Tampa do espaço para o som arranhada.

Pra variar, um filho de uma ronca-e-fuça miserável, safado, %&$#*@% arrombou meu carro atrás de cd-player.

Quebrou a cara, mas antes disso quebrou a pintura junto à maçaneta da porta do passageiro.

Carro novo, cinco meses e meio, sem nenhum arranhão. Hora ou outra, tinha que acontecer alguma coisa, mesmo.

O cúmplic…, digo, flanelinha, virou fumaça.

Povo no trabalho não entendeu a minha calma ao narrar o fato, hoje.

Conta comigo:

  • 1. Já tive um carro furtado. Saí do trabalho e andei o estacionamento inteiro até aceitar que não, não parei em outro lugar, parei aqui mesmo e levaram o carro (que reapareceu depois de quase um mês).
  • 2. O seguinte foi arrombado, fechadura danificada, lataria amassada, fiação arrebentada – tudo isso para levar um toca-fitas dos mais simples.
  • 3. Depois de ano e meio, o mesmo carro foi aberto novamente, dessa vez com mais delicadeza, e lá se foi meu cd-player.
  • 4. Entre um incidente e outro, o carro do meu pai ficou comigo por uns dias, e adivinha?, ladrão arrombou debaixo da minha janela, levou umas moedinhas e um guarda-chuva (deixou o toca-fitas, sei lá por que cargas d’água).

É ou não é o suficiente pra nem estressar mais?

Especialmente porque o prejuízo foi pequeno: o material escolar restou intacto (se o %$&*@# gostasse de estudar, não estaria arrombando carro), as coisas que habitam meu carro continuam todas por lá, o módulo RCA que joga o som do meu mp3-player (meu pda, na verdade) para os auto-falantes não foi encontrado (graças aos caras que fizeram uma ótima instalação) e a fechadura continua trancando (se bem que não sei que diferença isso faz).

O defeito na pintura, segundo meu pai, nem dá pra se notar. Eu o vejo a léguas de distância. Igual adolescente com uma espinhazinha no rosto, que só enxerga o vermelhão do tamanho do mundo.

Estou pensando em deixar a pintura descascada mesmo. Quem sabe coloque um lembrete, cada vez que estacionar o carro: “Seu colega já passou por aqui. Volte outro dia”.

No orkut

Da série Furtos – Parte 2 de 3

Já os ladrõezinhos do orkut não precisam sequer procurar as falhas de segurança do site – basta contarem com as falhas de inteligência de seus usuários:

Clique na imagem para ampliar

Ca-la-ro que existe gente que cai na conversa. Nunca subestime a estupidez alheia.

Quem embarca numa esparrela dessas tem mais é que perder senha de orkut, de email e até de banco. Todo castigo pra gente burra é pouco.

Meu msn já era.

Da série Furtos – Parte 1 de 3

Pois então, alguém que não tinha nada melhor para fazer resolveu roubar minha senha do msn. Depois de três semanas sem acessar aquela bodega, resolvi entrar para divulgar o Google Talk, e nada de acertar a senha. Tudo bem, três semanas é um tempinho, mas não o suficiente pra esquecer mais de três anos de condicionamento.

Conclusão cristalina: senha roubada. A segurança do msn (como do Windows) tem mais furos que um queijo suíço, mesmo, então nem é de se espantar.

Aqui jaz meu msnFrancamente, estou pouco me lixando.

Claro que fiquei fula na hora. Como é que um fedelhinho espinhento se acha no direito de se apropriar do que é dos outros? A essa altura, está se divertindo mandando spam e vírus para meus ex-contatos.

Deixando de lado o brio ferido, o fato é que o hotmail só me incomodava com o monte de lixo diário, o msn andava lotado de gente estranha e eu ainda tinha que aturar uma enxurrada de winks e emoticons no melhor estilo miguxês, capazes de tornar incompreensível a sentença mais simples.

Sem contar o maldito botão de “chamar a atenção”. Quem inventou aquilo vai arder nas profundezas do inferno.

A época do icq deixou saudades; a do msn já vai tarde.

(Se bem que um dos meus antigos emoticons até que faz falta no Google Talk...)

Web 2.0 aplicada à vida real

Como seria o mundo se etiquetássemos tudo que vemos?

Nada contra as tags, mas a crítica é válida, especialmente diante do uso pouco inteligente que alguns fazem delas.

O que você pensa das tags? Gosta dos sites que incorporam o recurso? Usa-o para classificar as informações que lança na web? Costuma recorrer às tags para localizar conteúdo em blogs, no Flickr, no Youtube e em outras páginas?

No novo layout do Dia de Folga, estou pensando em incluir uma nuvem de tags. 😉

Referência

O que são “tags”?