Bad, bad country. No Pandora for you.

Tudo bem, eu gosto do Brasil e acho muito legal ter nascido num país razoavelmente civilizado, em que qualquer um pode entrar na igreja que bem entender (mesmo que seja a Renascer ou a Universal – esse é o preço, sem trocadilhos, da liberdade de expressão), xingar o Lula até cansar e parecer árabe sem ser preso e interrogado, mas tem dias em que morro de inveja das facilidades do mundo desenvolvido. Hoje, por exemplo.

Lembra que há pouco tempo falei do Pandora? Fiz a maior propaganda sobre a forma inovadora que o site tem de apresentar músicas que acertam em cheio o gosto do ouvinte. Pois bem. Que o Pandora e outras rádios online têm sido perseguidas pela RIAA e poderiam acabar num futuro próximo, eu já sabia. Só que, aqui no Brasil, o futuro chegou primeiro (por que isso nunca ocorre para uma boa coisa?).

Na verdade, no Brasil e no resto do mundo, com exceção da terra do Tio Sam, o Pandora está fora do ar a partir de hoje. Devido à incapacidade dos países em fornecerem licenças adequadas para a reprodução de músicas via internet, a equipe que mantém o serviço decidiu parar de oferecê-lo mundo afora. Em comunicado recebido pelos ouvintes não-norte-americanos, o time informa a decisão, exprime seu desapontamento e deixa apenas um fiapo de esperança, dizendo que ainda tenta negociar as licenças internacionais.

Alguém aí tem qualquer ilusão a respeito da possibilidade de negociação com gravadoras que preferem perder terreno para a pirataria em vez de diminuírem sua margem de lucro e/ou venderem músicas pela internet a um valor decente? Nem eu.

Alternativas? Tem a dica do Oito Passos: usar um IP norte-americano para continuar acessando o Pandora. O Gabriel também sugeriu uma outra rádio online, a Radio.Blog.Club, que testei por meio minuto e, de cara, não gostei do visual. Tem o Soundpedia, ótimo se você quiser ouvir um álbum inteiro (sugestão que o Glacial deixou por aqui quando fiz o artigo sobre o Pandora), e com recursos além da reprodução de músicas. Tem o Last.fm, muito fraco em comparação ao Pandora e ao Soundpedia. E tem o Musicovery que, de todos, é o mais parecido com o Pandora, trabalhando também com o encadeamento de músicas por similitude e contando com uma interface agradável e intuitiva.

Aproveite enquanto ainda existem opções.

Folgando na Rede # 3

Redes em fila indianaEssa eu vi há alguns meses e achei entre meus “Favoritos” outro dia: o Galo divulgou uma campanha muito criativa em nome da preservação da água potável.

Também há algum tempo, o Edney indicou um vídeo muito fofo da turma do Snoopy ao som do Outkast (link direto para o vídeo). Imperdível para os fãs da banda, ou de Charlie Brown e seus amigos.

A Nospheratt dá excelentes dicas para gerenciar melhor o tempo. Estou tentando implementá-las, especialmente no que diz respeito a não checar o email a cada minuto. Meus feeds também sofreram uma limpa.

Encontrado primeiro planeta habitável fora do sistema solar. Ele fica logo ali, a uns 20 anos-luz – pertinho. É egocentrismo imaginar que, num universo infinito, a Terra seja o único planeta com vida e os seres humanos sejam as únicas criaturas inteligentes. Por outro lado, para o bem das civilizações que estão por aí, é bom que demoremos muito, muito tempo para chegar até elas.

Falando nisso, as cinzas de James Doohan serão espalhadas no espaço. Um destino honrado para o Sr. Scotty de Jornada nas Estrelas, responsável por salvar a Enterprise e sua tripulação tantas vezes.

Apenas 2% da blogosfera fala português – uma prova estatística da insignificância da blogosfera brasileira. Nada surpreendente, levando-se em conta que boa parte da população ainda não tem acesso a internet. Ademais, como um povo que não gosta de ler gostaria de escrever? Para completar, o MySpace nacional vem por aí, disputando a atenção do internauta fissurado em orkut e fotologs. Aliás, as denúncias de crimes no orkut só aumentam.

Outra coisa que só aumenta é o valor da marca Google: em um ano, cresceu 77%.

Para finalizar, uma seleção de frases organizada pelo Repórter das Coisas. Destaque para as de Milton Friedman, especialmente est: “A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade irá terminar sem igualdade e liberdade.”

O Folgando na Rede atrasou um pouquinho esta semana. Farei o possível para que isto não se repita. 🙂

Filmes Preferidos

Não é novidade que sou cinéfila. De vez em quando, alguém me pergunta qual é meu filme preferido, ou pede uma listinha. Para mim, é tarefa complicada, já que gosto de vários gêneros – como colocar numa mesma lista Jornada nas Estrelas VI – A Terra Desconhecida e Volver, por exemplo?

Por outro lado, alguns fimes marcam demais, e a gente se pega sempre revendo, recomendando e citando. Eu poderia pensar em uns 20 (incluindo os dois acima) mas, atendo-me ao propósito da categoria Top 5, aqui vai uma listinha abreviada:

1. Closer – Perto Demais. Encabeça qualquer listinha de cinema que eu faça. É daqueles filmes para manter na coleção e rever de vez em quando, especialmente se você começa a acreditar que o mundo é cor-de-rosa e papai noel existe. É de um cinismo contundente e de uma clareza inegável.

2. Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças. Contrabalança, de certa forma, a secura de Closer, mas não chega a ser piegas. Um dos poucos filmes em que o Jim Carrey não incomoda. O roteiro é do sempre instigante Charlie Kaufman e provoca uma reflexão sobre nossas próprias memórias – se você pudesse, desejaria apagá-las para sempre?

3. O Auto da Compadecida. Melhor filme nacional de todos os tempos. Elenco primoroso, diálogos deliciosos e cenas inesquecíveis. Alguns filmes tentaram imitá-lo, mas só O Auto da Compadecida não tem cheiro, não deforma e não solta as tiras. Qual o segredo? “Não sei, só sei que foi assim…”

4. Grease – Nos Tempos da Brilhantina. Fã de musicais como sou, tinha que citar um para representar o gênero e Grease é imbatível. Se eu acordar às quatro da manhã e a tv estiver ligada, passando as aventuras de Danny e Sandy, pode apostar que ficarei acordada até o fim, cantando cada música junto com os personagens.

5. Alta Fidelidade. A história dos amores frustrados de Rob Fleming funciona bem em qualquer linguagem: livro (a sua forma original), filme e peça teatral. De quebra, traz uma trilha sonora imperdível para os roqueiros de plantão. O protagonista era viciado em fazer listas “Top 5” como esta.

Quais filmes estão na sua listinha?

Novo plugin: comentaristas da semana

Falando em comentários e comentaristas, desde a semana passada o Dia de Folga tem um novo plugin: o Show Top Commentators.

Quem explica muito bem a utilidade do plugin (e convenceu-me a usá-lo) é o Guilherme Valadares, no artigo Seu blog é uma árvore. Faça ele crescer.

Em resumo, é o seguinte: os comentaristas mais ativos da semana são listados na barra lateral do Dia de Folga, com links para os respectivos blogs, sob o título Comentaristas da Semana. O objetivo é premiar os leitores mais participativos, no melhor estilo link love (links espontâneos para outros sites ou blogs).

Embora o posicionamento da lista não seja dos melhores, estando “abaixo da dobra” (dependendo do interesse dos leitores, posso mudar isso no futuro), o fundamental é a existência do link em cada página do Dia de Folga, contribuindo para o posicionamento blogs dos comentaristas no Mestre e no Technorati, por exemplo.

Um dos recursos mais úteis do plugin é a possibilidade de bloquear a exibição do nome de comentaristas específicos. Por enquanto, bloqueio apenas a inclusão do meu próprio nome na relação. Se, eventualmente, surgirem comentaristas mal-intencionados, buscando somente o link sem contribuir em nada para as discussões no Dia de Folga, obviamente também serão bloqueados.

O que você acha da novidade? Que tal implementá-la no seu blog também?

Atualização em 29 de abril de 2007: o Alessandro Martins criou uma lista para divulgar os blogs que adotaram o Show Top Commentators. Se você quiser ver mais exemplos práticos do plugin, visite os blogs da lista. Se adicionar o recurso ao seu próprio blog, deixe um comentário no artigo do Alessandro pra que ele o acrescente à relação.