Quando não dá mais.

Já falei sobre o lindo trabalho dos protetores que recolhem animais (principalmente gatos e cães) abandonados, cuidam deles e os encaminham para adoção. É um trabalho sem fim, pouco valorizado e em que muita gente ainda se sente no direito de jogar pedras, mesmo quando não move um dedo para ajudar quem quer que seja.

É uma missão tão inglória que, às vezes, não dá pra seguir em frente.

É o caso do Quintal de São Francisco, uma ONG que cuida de cães abandonados há quase cinquenta anos e que, depois de muita luta e frustrações, encerrará suas atividades nos próximos doze meses. A Lu Freitas conta a história.

Se você quer adotar um cão e mora em São Paulo, ou conhece alguém que possa ajudar, divulgue a situação do Quintal. Além de precisarem encontrar lares para os cães doáveis, os administradores necessitam de ajuda financeira nessa reta final.

* * *

Aqui em Brasília, uma situação diferente, mas semelhante. Uma senhora que cuidava de 70 gatos faleceu e os gatinhos precisam de lares. É gato demais, eu sei, e será difícil encaminhá-los todos a famílias amorosas… mas não custa tentar.

Alguns dos 70 gatos que aguardam um lar.
Alguns dos 70 gatos que aguardam um lar.

Se você puder acolher alguns deles como lar temporário, se quiser adotar ou conhecer alguém que possa ajudar, entre em contato com Tatiana Vieira, no telefone (61) 8169-8002.

Isso não é primeiro de abril; portanto, nem pense em passar trote.

Confusão no Feed

Quem acompanha o Dia de Folga via feed percebeu algo estranho hoje: o agregador apresentava 10 novos posts, mas que não tinham nada a ver com os assuntos habituais do DF.

Ocorre que, nesta madrugada, o blog foi transferido de servidor. Por alguma conjunção astral não-identificada, o FeedBurner achou por bem exibir os artigos da Porto Fácil, que hospeda o DdF, como se fossem textos daqui.

Possivelmente, a partir da publicação deste texto a situação deve se normalizar.

Aliás, foi também em função da migração que o Dia de Folga e o Cadê o Atum? ficaram inacessíveis durante uma parte da tarde.

Peço desculpas aos leitores, especialmente aos mais fiéis, que se preocupam em assinar e acompanhar o feed do DF.

Voltamos à nossa programação normal – agora em novo servidor, mas sempre aos cuidados da Porto Fácil.

Folgando na Rede # 22

Rede arco-íris

Editores do Chicago Tribune assumem perfil no twitter: como ressalta o Emerson, um “passo emblemático” na aceitação das novas formas de mídia – geradas pelo usuário – pela mídia tradicional, que precisa cada vez mais manter-se atenta às reações de seus leitores/consumidores.

Falando nele, veja por que o twitter é melhor que o email, na opinião do Fernando Mafra. Não é à toa que tanta gente usa.

Se você é fã de Friends, como eu, vai se divertir de montão com os erros de gravação no youtube. Na barra lateral, você encontra vídeos dos erros de várias temporadas. Via @Cabianca.

De novo, uma passada pelo Luluzinhacamp e pela Revista Deusas, nesse lindo texto da Srta. Bia, com quem tenho o maior orgulho de organizar o Lulu de Brasília. Esperamos ver cada vez mais mulheres nos encontros locais, e ansiamos pelo nacional, em agosto!

Extreme Makeover – Kids Edition: é preciso ter pele perfeita e cabelo liso pra ser feliz. Ao menos é isso o que as crianças podem achar diante do novo visual da Moranguinho e sua turma. Aproveite pra conferir como enxugaram a silhueta dos Ursinhos Carinhosos. A ditadura da magreza atingiu até os fofos mamíferos, que ganharam barrigas menores e pernas mais finas.

Como adaptar o bebê novo ao dono (ou à dona) da casa?

Tem muito texto pela web falando sobre como fazer a adaptação do gato “chegante” com o gato reinante. Não é tarefa fácil, acredite. Dá aflição sim, ver os dois gatinhos que você escolheu com tanto carinho tentando se matar bem na sua frente. Corta o coração cada fuuuuuu, fere a alma cada arranhão. Isso sem falar nos gritos medonhos durante as perseguições.

O que dizem por aí é que “no pain, no gain” – se você não passar por esse calvário, não alcançará o paraíso de ver seus dois fofolentos brincando juntos pela casa.

Qual a melhor forma de fazer essa adaptação, tornando-a o menos traumática possível?

Há controvérsias.

A maior parte dos sites especializados aconselha o confinamento do gato novato em um único cômodo, por alguns dias. Enquanto isso, o gato já existente vai se acostumando com o cheiro do novo companheiro e com a dura realidade de não ser mais filho único. Durante esse processo, ajuda fazer troca de edredons, para que um sinta o cheiro do outro. Eventualmente, convém prender o gato “antigo” e soltar o novato, para que ele conheça a casa e, novamente, para que um sinta o cheiro do outro sem que se vejam. Também é bacana passar um brinquedo por baixo da porta com que os dois possam brincar (pode ser um barbante com uma bolinha amarrada em cada ponta).

Depois dos primeiros dias, inicia-se a apresentação gradual: solta-se o gatinho novo por uma hora num dia, duas horas no seguinte, até que as brigas diminuam.

Daí até surgir o amor e a amizade entre eles, o caminho ainda é longo – mas pelo menos você já sabe que não vão se matar na sua ausência e pode deixar os dois soltos.

Por outro lado, tem muita gente boa que nem liga pra isso tudo e simplesmente libera o novo gato junto do(s) gato(s) já existente(s), sem se preocupar com nada.

Eu, como não tenho porta (ou quase), não podia dar-me ao luxo de um confinamento nos conformes. Fechava a Cacau no banheiro (onde está a única porta da casa) pela tarde inteira nos primeiros dias, porque esse era o único jeito de um aterrorizada Mel comer, beber água e usar a caixa de areia. Do início da noite até o fim da manhã do dia seguinte, Cacau ficava solta, eu podia usar o banheiro e Mel ficava ilhada num móvel alto, vendo a intrusa de cima.

Parecia que a cada novo confinamento as duas regrediam, porque, quando eu soltava a Cacau, o pega-pra-capar era monstruoso. De manhã as coisas estavam nos eixos, mas aí vinha novo confinamento… e novo pega-pra-capar.

Por fim – e já desesperada – desisti de prender a Cacau. Isso foi no quinto dia da chegada dela.

Em dois dias, as brigas diminuíram sensivelmente. Quando fez uma semana que a Cacau estava em casa, as duas comiam juntas.

Hoje, pouco mais de um mês depois, não são melhores-amigas-de-infância, mas ficam próximas, brincam juntas e até se unem para me acordar quando acham que já dormi demais.

Sim, cortei um dobrado durante o processo, e enchi a paciência de muita gente (as meninas do blog, meus pais, a protetora da Cacau etc. etc. etc.) toda vez que entrava em pânico dizendo “Isso não vai dar certo!”. No fim das contas, o que importa é que deu certo.

Não estou dizendo que é melhor partir pro seja-o-que-deus-quiser. No meu caso, foi o que funcionou mais. No seu, se você puder dispor de um cômodo para um confinamento decente durante vários dias, talvez valha a pena fazer uso dele.

Antes de trazer a Cacau, procurando informações sobre o tema, achei dois links bem bacanas:

A importância de uma boa apresentação: passo-a-passo para tornar a aproximação dos gatos o mais tranquila possível.

Adaptando… a história de Messy: “fotonovela” mostrando a adaptação de duas gatinhas – vale a pena lembrar sempre da sequência para se animar quando as coisas entre os felinos parecerem não dar certo.