Chegará o ano em que a festa do Oscar será uma minissérie em quatro ou cinco capítulos, televisionada ao longo da semana. A 79ª edição da premiação atingiu a impressionante duração de quatro horas e vinte minutos – sem contar a tansmissão da passagem das celebridades pelo tapete vermelho. Quem aguenta? Eu aguentei, mas a duras penas. A Academia premiou alguns dos meus filmes favoritos, o que compensou o esforço. Vamos aos destaques.
Babel, um dos filmes mais badalados do ano, com sete indicações, levou apenas o Oscar de melhor trilha sonora. Merecidíssimo, sem dúvida, porque se trata daquele tipo de filme em que a trilha é personagem principal, respondendo por momentos de forte apelo.
Dreamgirls, o recordista de indicações (oito, três delas na categoria de melhor canção original) saiu com somente dois prêmios: melhor atriz coadjuvante (a excelente cantora e boa atriz Jennifer Hudson, gongada na terceira temporada de American Idol, aparentemente sem motivo) e melhor mixagem de som. Não merecia nem mais, nem menos. É um bom musical, mas não se justifica todo o barulho feito em torno dele.
A estatueta de melhor canção original foi, surpreendentemente (mas com mérito), para I need to wake up, de Melissa Etheridge, feita para a seqüência final de Uma Verdade Inconveniente. A belíssima canção pode ser ouvida no youtube.
Aliás, o filme de Al Gore sobre o aquecimento global levou, também, o Oscar de melhor documentário em longa-metragem, para minha felicidade. Quem sabe agora volte às telas dos cinemas brasileiros e, ainda, faça sucesso nas locadoras quando o dvd chegar por aqui.
Helen Mirren, absolutamente convincente no papel da Rainha Elizabeth II, confirmou o favoritismo e ganhou o prêmio de melhor atriz pelo filme A Rainha. Esbanjou elegância ao recebê-lo.
Falando em elegância, ela foi uma constante entre os que passaram pelo palco do Oscar. Destaque para os belos vestidos de Kate Winslet, Cate Blanchett e, especialmente, Sherry Lansing (foto à direita), homenageada com o prêmio de benemerência Jean Hersholt. Você pode ver as roupas das outras estrelas no site do Oscar.
O adorável Pequena Miss Sunshine levou para casa as premiações de melhor ator coadjuvante (Alan Arkin, no papel do avô viciado em heroína) e melhor roteiro original – nada mais justo diante de uma excelente história recusada por todas as grandes produtoras (ahá, bem-feito para elas!) e que só saiu do papel graças à perseverança de seu autor, Michael Arndt.
Piratas do Caribe – O Baú da Morte, divertidíssimo como o anterior e concorrente em quatro categorias, ganhou a estatueta de efeitos especiais graças à incrível fusão entre cenas reais e computação gráfica.
Para fechar a noite com chave de ouro, Martin Scorsese finalmente foi reconhecido com o Oscar de melhor diretor – e aplaudido de pé pelos colegas – pelo excelente Os Infiltrados, que também foi premiado como melhor filme do ano. Nada mais justo, embora, diga-se de passagem, seus demais concorrentes também estivessem à altura da estatueta.
Uma cerimônia de grandes filmes, algumas surpresas e premiações merecidas. Também excelentes as diversas montagens com cenas de filmes de todos os tempos, numa verdadeira viagem pela história do cinema, e belíssimas as encenações de imagens significativas dos principais concorrentes, feitas por bailarinos por trás de uma tela branca, num gracioso jogo de movimento, luz e sombra.
Só faltou ser menos cansativa. E não, desta vez não vou comentar sobre a péssima tradução simultânea de Rubens Ewald Filho.
Desses aí só assisti “Os Infiltrados” E realmente é um filmaço! E está na minha lista de coisas a fazer, assistir Babel…. pode demorar…pois só agora vi o filme dos cowboys da montanha 🙂
[]’s
eu nao tenho mais paciencia pra oscar.
Ficou ótimo o layout !! Mas voltando ao assunto: eu não achei o ‘Infiltrados’ tão bom assim (embora tenha gostado bastante), mas acho que não tinham como não premiar o Scorcese de novo. Achei Babel um filmaço, mas não considero que tenha sido injustiçado.
E quanto ao Ewald Filho, felizmente assisti (o quanto aguentei) com tecla SAP. 😉
Nossa, falando em vestidos arrasadores, dois para mim ficaram na memória.
O mais classe-perfeito-comovente foi o da Cate Blanchet. O que foi aquilo? Chique em cada detalhe e o porte dela valorizou cada cm dos milhões de swaroviski-grafite do modelo absolutamente imaculado de Valentino Prive.
Outro que me deixou sem fôlego, no lado oposto, deixando a sobriedade e apostando no glamour das décadas passadas foi o da Penélope Cruz… Se fosse de outra cor, poderia até resvalar, mas naquele tom discreto, com o penteado irretocável da dita cuja, DEMAIS. E pensar que o modelito era da Versace… de vez em quando a Donatella até acerta.
Calma, calma.. também prestei atenção nos filmes… hehehehe
Kisses,
Andie
Errata:
Não era Valentino Prive e sim ARMANI PRIVE o modelito da Cate Blanchet…
E Swaroviski se escreve SWAROVSKI
Sei lá, eu é que não quero ir para o inferno do estilo, ou dos “fashionistas”…
Sorry
K.
A.