O mais brasiliense de todos os cariocas morreu hoje de manhã, em decorrência de complicações provocadas pelo Mal de Parkinson. O artista plástico Athos Bulcão tinha 90 anos, 50 deles vividos em Brasília. Chegou aqui como pioneiro, em meio ao nada feito de terra vermelha e árvores retorcidas. Aqui será enterrado, em respeito à sua vontade.
O primeiro trabalho marcante na longa carreira de Bulcão foi como assistente de Candido Portinari (de quem foi aluno) na elaboração do mural da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha (Belo Horizonte – MG) (clique para ampliar):
Em Brasília, Athos Bulcão quebrou a monotonia do concreto de Niemeyer, dando vida e cor a vários prédios que, sem sua arte, seriam tão áridos quanto o cerrado. Seus trabalhos mais conhecidos são em azulejaria mas, mesmo quando lidava apenas com o branco-concreto, conseguia enriquecê-lo, como na fachada do Teatro Nacional (clique para ampliar):
Bulcão foi um artista democrático. Seu trabalho não está trancado em museus, mas exposto nas ruas, integrando o dia-a-dia dos habitantes de Brasília, muitas vezes de forma imperceptível.
Visite o site da Fundação Athos Bulcão ou faça uma pesquisa usando o Google Imagens para ver mais obras desse excelente artista plástico.
E eu nem comprei aqueles azulejos pintados por ele. Vão ficar uma fortuna agora.
Quase todos os dias passo por uns azulejos dele na escadaria da Galeria dos Estados. E toda vez que via aquela parede arredondada na sala de embarque do Aeroporto de Brasília, me lembrava que estava diante de uma obra de arte. Mas acho que os mais bonitos são os de um prédio residencial da Asa Norte. Deve dar orgulho morar num edifício com azulejos desse gênio.
Parabéns pelos belo design de seu blog!
ai é muito difil além de tudo eu nunca ia conseguir pintar akele desenho sem contar com meu bolsso ki ia ficar carissimo