A última enquete do Dia de Folga perguntou:
Você acredita nas pesquisas eleitorais que proclamam a reeleição do Lula ainda no primeiro turno?
152 leitores responderam à pesquisa. Eis os resultados:
Sim. A maioria dos eleitores ainda acredita no Lula, apesar das denúncias de corrupção: 37%, ou 56 votos.
Não. Trata-se de uma tentativa de fraudar o regime democrático e induzir o voto: 59% – com 89 votos, foi a escolha predominante.
Que pesquisas?…: 5% – 7 votos.
O resultado das urnas confirmou minha teoria – e a da maioria dos leitores – de que as pesquisas de intenção de voto estavam, no mínimo, mal feitas. Claro que, se fosse escolhida uma determinada faixa econômica ou uma certa região geográfica, pareceria óbvia a vitória do Lula em primeiro turno, da mesma forma que uma pesquisa feita exclusivamente em São Paulo revelaria vitória inquestionável do Geraldo Alckmin. Estatística é uma ferramenta altamente manipulável – e manipuladora – travestida de ciência exata.
Seja como for, eu não poderia ficar mais feliz com esse segundo turno. Se houver uma vitória do Lula, após tantos escândalos, certamente ficarei decepcionada, mas ao menos terá existido um maior debate sobre os candidatos e o povo terá tido a chance de repensar suas escolhas.
Agora, decepcionante mesmo foi a votação para os cargos legislativos. Para o povo brasileiro, parece não fazer a menor diferença se determinado candidato foi envolvido em denúncias de corrupção e fraude. São Paulo elegeu Paulo Maluf, Celso Russomano, Palocci e José Genoíno sem hesitação. Para completar, Clodovil – que já declarou que não tem, o que importa é que vai chegar chiquérrimo em Brasília – foi o candidato mais votado, e Frank Aguiar agora vai cantar na Câmara dos Deputados. Isso pra não mencionar outras figurinhas que estão de volta, como Fernando Collor de Mello que, após 14 anos sem mandato, é senador por Alagoas.
Com votações como essas, fica realmente difícil acreditar que qualquer investigação, manifestação ou sejá lá o que for possa fazer a diferença e melhorar o cenário político nacional.
Sobre os institutos de pesquisas e sua influência nas eleições, indico um texto curto e interessante do site Mídia Sem Máscaras.