Foto tirada hoje, da janela de casa, antes que o sol se escondesse de vez. Correndo, correndo, quase não deu tempo.
Por essas e outras é que amo Brasília.
Os fios telefônicos foram inevitáveis e a preguiça de “photoshopar” também.
A resposta pra vida e pra tudo que não cabe nas outras categorias.
Você acha que carrega coisa demais no seu carro? Dá uma olhadinha no que encontrei no meu, dia desses:
1. Um quilo de feijão (cru, é claro).
2. Um saco de gelo (vazio, felizmente).
3. Uma vela derretida.
4. Um monte de sacos de supermercado vazios.
5. Uma conta vencida.
Isso pra não mencionar o que carrego por hábito: edredom, almofada, toalha de banho, meia-calça, guarda-chuva, luvas, lanterna etecétera, etecétera, etecétera.
Não dizem que o carro é a extensão da casa de uma pessoa?
Saiu por todos os shoppings.
Entrou em todas as lojas.
Olhou roupas, livros, discos, chocolates.
Não conseguiu comprar coisa alguma
porque, afinal, tudo aquilo já possuía.
Só o que não tinha
não se achava à venda.
E, na falta do que desejava,
possuída pelo que não lhe pertencia,
fugiu, desnorteada.
O findi, que começou turbulento, acabou sendo uma delícia! E como poderia ser diferente, se tenho amigos…
… que me telefonam só para saber como estou – e, por pior que eu estivesse, a simples ligação me alegra?
…que conhecem rigorosamente todos os meus defeitos e, ainda assim, gostam de mim?
…que sabem das minhas burradas e deslizes dos últimos oito anos, e continuam por perto?
…que falam “Que saudade!”, quando tinham me visto dois dias antes?
…com quem posso conversar sobre absolutamente tudo?
…que passo seis anos sem ver e, quando nos reencontramos, não sobra tempo para um instante sequer de silêncio constrangedor?
Enfim, a vida pode não ser perfeita, mas que é bela, é.