Revista Feed-se – edição piloto

Revista Feed-se - capa Quem achava que todo o barulho em torno da Revista Feed-se não passava de primeiro-de-abril caiu do cavalo: a edição piloto está disponível para download. desde ontem, dia 10, conforme prometido.

Sim, algumas coisas eram de faz-de-conta: a revista não tem distribuição nas bancas, por exemplo, como esclarecido na Nota da Redação.

Baixe a revista, leia, entre em contato com os escritores e idealizadores (os emails e links para blogs estão todos lá), dê a sua opinião. Colabore com “o primeiro agregador de feeds em revista do Brasil”!

Reitor da UnB pede afastamento

Educação É Progresso O reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland, pediu afastamento do cargo hoje, por 60 dias. Já se vão dois meses desde as primeiras denúncias contra Mulholland, que envolviam o uso de verbas da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) para mobiliar luxuosamente o apartamento funcional que ocupa.

Acampamento O que pesou na decisão do reitor foi, sem dúvida, a ocupação do prédio da reitoria pelos estudantes há uma semana. O protesto estudantil deu visibilidade nacional a um caso que ameaçava juntar-se a outros tantos desmandos nunca apurados.

A ocupação teve início na quinta-feira passada. Desde segunda-feira, estendeu-se para todos os andares do prédio, apesar da resistência dos seguranças e do corte de água e luz (já restabelecidas). As atividades administrativas da reitoria foram suspensas e o prédio de concreto foi transformado em um ambiente de protesto agitado e colorido.

O afastamento de Mulholland na manhã de hoje, 10 de abril, deu novo gás aos manifestantes para que continuem pedindo a renúncia do reitor. Até lá, os estudantes dizem que tudo fica como está – a ocupação continua, mais forte que nunca.

Cadê o orçamento? Até porque não seria mesmo possível contentar-se com o novo estado de coisas: com Mulholland afastado, assume o vice-reitor, Edgar Mamiya, contra o qual também pairam denúncias de mau uso dos recursos da Finatec e da Funsaúde (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico na Área da Saúde). Sua renúncia, e a dos decanos da universidade, também têm sido pedidas pelo movimento de ocupação.

Como ex-aluna da UnB, estou muito orgulhosa da manifestação estudantil. Sim, eu a achava improvável. Que bom que estava enganada, que bom que os estudantes estão se fazendo ouvir em âmbito nacional, que bom que mesmo a decisão judicial de reintegração de posse não foi capaz de abalá-los, que bom que resistiram aos seguranças, à manifestação de apoio ao reitor (que contou com poucas dezenas de servidores), ao corte de água e de luz, às condições precárias das “acomodações”.

A praça de alimentação montada pelo C.A. de Agronomia A ocupação prossegue pacífica e bem-humorada. Cartazes provocativos decoram a reitoria. Barracas de acampamento foram armadas. O Centro Acadêmico de Agronomia (tradicionalmente, um dos mais divertidos da Universidade) improvisou um quiosque com comida e refrigerante. Músicas conhecidas são cantadas com letras adaptadas para refletir as motivações da ocupação. Aulas de ioga fazem parte do cronograma, para revitalizar os manifestantes.

Pauta de reivindicações Com tanta disposição, organização e bom-humor, dá pra acreditar que a ocupação pode durar o tempo que for necessário para alcançar seus propósitos. Aliás, a pauta não se restringe à renúncia dos chefões da Universidade: entre as reivindicações, estão as eleições paritárias e a abertura de concurso público para professores.

Enquanto isso, o Ministério Público impetrou ação de improbidade administrativa contra o reitor que, hipocritamente, diz-se “aliviado”, já que poderá “conhecer as acusações” e se defender. É isso aí, Vossa Excelência. Sustente a infâmia, a corrupção e a indignidade até quando lhe for possível. A lei lhe garante esse direito.

As fotos e o vídeo foram feitos por mim. Há outras imagens no meu Flickr.
Você pode usar, mas cite a autoria.

Encontro entre blogueiros e estudantes de jornalismo

Foi ontem, no UniCeub (um dos maiores centros universitários particulares do Distrito Federal, se não for o maior), que está comemorando a Semana da Comunicação com um ciclo de palestras. Pablo Emílio, blogueiro e estudante de jornalismo, começou a manhã falando sobre web 2.0, blogs e Campus Party. A convite dele, Alessandro “Aleh”, Cláudio e eu compusemos uma mesa redonda e respondemos a várias perguntas do público, formado principalmente por estudantes de jornalismo.

Foi surpreendente e gratificante.

Blogs como ferramenta de jornalismo - início do evento Para início de conversa, devo admitir: eu estava com um pouco de receio. Blogueiros diante de uma turma de jornalismo? Será que entraríamos num covil de leões? Não, nada disso. Fomos muito bem recebidos. Isso só reforça minha crença de que essa guerrinha entre jornalistas e blogueiros não passa de um factóide criado por veículos amedrontados com o crescimento dos blogs e alimentado por um ou outro jornalista mal-informado (ou mal-intencionado). Minha experiência com jornalistas e as impressões que os estudantes deixaram ontem confirmam minha opinião: a mídia tradicional e os blogs são complementares, não concorrentes.

Aliás, o professor Sérgio Euclides, supervisor de Pablo Emílio na palestra, fez questão de exortar: “É importante que todos vocês, estudantes de jornalismo, criem blogs!”. O professor (que também tem um blog) acredita na importância da ferramenta e considera necessário que os futuros jornalistas se familiarizem com ela. Bacana, não?

Eu, Alessandro e Cláudio não preparamos texto. Contávamos com a curiosidade dos estudantes para que surgissem perguntas, e eles fizeram bonito. Fomos questionados sobre a relevância dos temas abordados por blogs, a qualidade dos textos, a ética dos blogueiros, a tal campanha do Estadão contra os blogs, a audiência, as formas de rentabilizar o conteúdo, as diferenças entre blogueiros e repórteres, a responsabilidade social, o Caso Veja, protagonizado por Luis Nassif e, provavelmente, mais alguns temas que não estou lembrando.

Além do debate, o Pablo Emílio teve a idéia de criar um blog colaborativo a ser atualizado durante o evento.

Duas novidades foram a presença do blogueiro Paulo Renato na mesa, a convite do professor Sérgio, e a divulgação do recém-criado blog Digital TV, da turma de telejornalismo do Ceub.

Foram cerca de duas horas de debate. Não tenho conhecimento de outro evento bloguístico relevante já acontecido em Brasília – creio que foi o pioneiro. Parabéns ao Pablo Emílio, pela organização. Parabéns ao público, pelas intervenções e perguntas relevantes.

Eventos bloguísticos, tradicionalmente, ganham uma esticada no boteco. Tivemos a nossa, no Manara: boteco/restaurante especializado em comida árabe e próximo à faculdade. Só dispensamos a cerveja, já que era meio-dia de um dia útil. 😉

Não faltou o boteco – nem o kibe.

Blogs como ferramenta de jornalismo - não faltou o kibe

Por último, mas não menos importante: existe uma cena blogueira interessante em Brasília. Se você tem um blog e mora no Distrito Federal, não deixe de se inscrever na lista de discussão de blogs do DF para acompanhá-la ainda mais de perto.

Blogs como ferramenta de jornalismo - boteco + notebook

Blogueiros grudados no notebook.

Resultado do sorteio

A Lu Freitas sorteou ontem, eu já entrei em contato com os contemplados e divulgo hoje os nomes, como prometido. Concorreram todos os leitores que responderam à enquete sobre o Dia de Folga e deixaram um email para contato. Vamos ao resultado:

Somente o Jovaldo ainda não respondeu ao contato. O prazo vai até a próxima segunda-feira, dia 14. Caso não dê sinal até lá, outro participante será sorteado. O Jovaldo acabou de entrar em contato – quem estava torcendo para ele não aparecer, pode tirar o cavalinho da chuva. 😛

Os dois primeiros prêmios seguem via correio na quinta-feira. Espero que a greve não atrase demais a entrega.

Obrigada, mais uma vez, a todos que colaboraram respondendo à enquete, e parabéns aos sortudos!