Coisas que todo frigobar de hotel deveria ter

Frigobar, por Quick Lunar Cop Pesquisando para outro artigo, encontrei um texto ótimo do Ricardo Freire: Frigobar, Doce Frigobar. Freire diz que é possível avaliar a qualidade de um hotel pelos itens do seu minibar, ou frigobar, e lista 6 produtos que, segundo ele, não podem faltar (vá lá conferir a lista dele, eu espero).

Como já passei alguns apuros famélicos em hotéis, resolvi fazer meu próprio Top 5 sobre o assunto. Eis, na minha opinião, os 5 itens absolutamente indispensáveis num frigobar de hotel:

1. Coca Zero (sim, serve a light). Ricardo Freire está certíssimo – abrir um frigobar e só encontrar coca-cola normal é frustrante, pra não mencionar desrespeitoso. E quanto aos milhares de diabéticos? E quanto à quase totalidade das mulheres, que vive de dieta? Faça-me o favor: coca-cola sem açúcar é o mínimo que se espera de um frigobar.

2. Cerveja. Se a marca for decente, melhor ainda. Até quem não gosta – como eu – pode se beneficiar de uma latinha. A cerveja de frigobar cumpre uma tripla e honrosa função para o viajante: mata a sede, alimenta e dá aquela moleza gostosa, que faz a gente dormir bem em qualquer cama – mesmo que não seja tão confortável quanto a nossa. Só não vale encher a cara, acordar com uma baita ressaca e deixar de curtir a viagem.

3. Bolo Ana Maria. Aqui, nada de genéricos – só o bolinho Ana Maria é tão gostoso quanto o bolinho Ana Maria. Se você acordar tarde e perder o café-da-manhã, ele estará pronto a acudir. Se o próximo trecho da viagem for ao estilo “barrinha de cereal, senhora” ou, pior ainda, se for dentro de um ônibus pinga-pinga, você vai adorar ter levado o bolinho do hotel na bolsa.

4. Salgadinho Bon Gouter. Não, nada de castanhas ou amendoim, que engordam horrores e não matam a fome. Nem me venha com cheetos e afins, que deixam o quarto com cheiro de meia suja. Já o Bon Gouté, além de ter um sabor bastante razoável, aplaca o estômago e combina muito bem com aquela cerveja. Sem contar a apresentação: a caixinha já passa uma sensação de capricho e garante que os biscoitos não foram apalpados/pisoteados/esfarelados pela turba de crianças que passou pelo quarto no dia anterior.

5. Banana passa. Ok, um pouco de patriotismo piegas agora. Para o bem ou para o mal, para o orgulho de uns e a vergonha de outros, somos o país das bananas. Eu gostaria de encontrar chocolates num hotel suíço, vodca num hotel russo, tâmaras num hotel egípcio. Clichês podem ser bacanas! Isso pra não mencionar que as bananinhas passas são deliciosas, além de práticas.

Em breve, a lista dos 5 itens completamente dispensáveis num frigobar de hotel. 😉

O que você achou da lista? O que modificaria nela? Participe nos comentários ou no seu blog, e deixe-me saber.

Foto: Quick Lunar Cop, via Flickr (CC)

O que aprendi com blogs em 2007 [Desafio 21]

Este texto é a parte 5 do Desafio 21 Dias Para Fechar o Ano com Chave de Ouro.

1. Escrever um blog dá trabalho.

Se você é exigente, quer fazer textos de qualidade e busca temas que interessem ao leitor, blogar não é piquenique. Cada texto do Dia de Folga leva, em média, 2 horas para ser escrito. Sem mencionar que, se é uma resenha de filme, há o tempo no cinema; se é uma receita, a pesquisa e o preparo (às vezes, com seguidas tentativas para corrigir erros) levam horas.

2. A parte administrativa dá mais trabalho ainda.

Especialmente quando se trata de monetizar o blog. É preciso estudar, ler bastante, fazer testes, descobrir programas de afiliados, otimizar anúncios… um porre. E ainda há os ajustes de layout, os upgrades do WordPress (constantes e trabalhosos esse ano), a busca por plugins bacanas… O desafio é manter o equilíbrio entre o tempo gasto com os bastidores e o tempo dedicado à elaboração dos textos, que devem sempre ser o foco do blog.

3. Parcerias são bacanas.

Sempre fui aquela aluna que, quando o professor mandava fazer um trabalho em grupo, perguntava se podia fazer sozinha. Sou individualista, sim. Acontece que, como todos estão carecas de dizer, blogs são conversações. Quando você conversa, acaba conhecendo gente com quem dá vontade de trabalhar, de tocar projetos. Para ficar num só exemplo, os vários BlogCamps de 2007 não teriam acontecido se não tivessem surgido diversas parcerias entre blogueiros. Um blogueiro só não faz um evento.

Vai daí que tenho deixado meu individualismo de lado. Passei os 3 primeiros anos como blogueira recusando as parcerias que pintavam. Esse ano, a postura mudou. A Nosphie me convidou para um novo projeto (no ar em breve), junto com outras moças blogosféricas; o Manoel me incluiu no Balela.INFO. E 2008 será mais interessante por isso (ou eu vou ficar louca por não conseguir cumprir os combinados e você terá notícias minhas diretamente do hospício).

4. A blogosfera retrata o mundo real.

Muito óbvio isso, não? Mas tem gente que se esquece e quer acreditar que a blogosfera é um mar de rosas, para usar a expressão da Nospheratt. Não é. Tem gente chata pra burro, gente intragável, gente abusada, gente sem graça, gente que você detestaria encontrar numa mesa de bar.

E tem gente maravilhosa. Gente amiga, gente com quem dá pra bater papo por horas, gente de quem você tem saudades, gente que ajuda nos momentos críticos, gente divertida, gente solidária. Eu poderia dar vários exemplos, mas dois são especiais:

  • o Janio acolheu o DdF num momento crítico, depois de problemas em duas outras hospedagens, quando nada funcionava a contento há um mês e eu já perdia a vontade de continuar tocando o blog em domínio próprio.
  • a Lu Freitas acolheu a autora do DdF (sim, eu) na casa dela, de coração aberto, por mais tempo do que o necessário e apesar da bagunça que, inevitavelmente, hóspedes trazem consigo. A Lu é jóia rara, mesmo.

5. Ainda há muito por fazer.

O DF não é um blog pronto e acabado – nunca será. Já mudou de cara algumas vezes e desafia-me com freqüência. Tenho planos que não saíram do papel, tenho muito a construir.

No caso da blogosfera, a quantidade por realizar é ainda maior. O Café.com Blog deixa claro como é preciso trabalhar para mostrar ao empresariado que blogs são mídia relevante; por outro lado, a polêmica campanha do Estadão indica que estamos no caminho certo.

A blogosfera mal começou a engatinhar. Se eu achava que 4 anos de blog era tempo pra caramba, hoje percebo que não é nada. Que venham, então, mais 4 anos.

Atualização: o projeto com a Nosphie, que mencionei acima, acabou de entrar no ar! Visite o Deusário!

Presentes para o MEU Dia das Crianças

O GraveHeart passou a tag e quer que eu responda o que eu gostaria de ganhar de Dia das Crianças.

Ao contrário dele, meus Dias das Crianças trazem boas recordações. Ser filha única tem suas vantagens – nunca perdi um brinquedo para um irmão mais novo. Aliás, tive um monte de brinquedos, inclusive uma daquelas bolas coloridas enormes, que meu pai conseguiu para mim num parque de diversões. Até hoje sorrio com as lembranças das brincadeiras felizes com ela (não entendeu a referência? Leia o sofrimento do GraveHeart por causa de uma dessas bolas).

A gente cresce e os brinquedos ficam mais caros, já diz a sabedoria popular.

Os melhores presentes, na minha opinião, são os supérfluos: coisas que eu adoraria ter, mas não estou muito a fim de tirar o dinheiro do bolso para comprá-las, ou por achá-las mais caras do que o racional, ou por ter similares que funcionam muito bem.

Seguindo essa linha, lá vão 5 (a categoria Top 5 agradece e não corro o risco de fazer uma lista extensa demais) mimos que não me fazem falta, mas que me deixariam muito contente. Se você estiver com dinheiro sobrando, não se acanhe. 😉

Televisão de LCD Time Machine LG 42″: provavelmente, eu teria que arrombar o apartamento do vizinho para ver meus seriados a uma distância decente da tela, mas quem se importa?

Nintendo Wii: não gosto de videogames, com a gloriosa exceção do Atari. Mesmo no computador, jogo muito pouco e sempre me arrependo depois, pelo tempo perdido. Mesmo assim, o Wii me fascina. Um amigo meu disse que é um videogame para quem não gosta de videogames. Deve ser por aí, mesmo.

Mixer Walita 2 em 1: olha o meu lado mulherzinha aí. Tenho um excelente mixer da Walita, mas de um modelo anterior, sem o batedor. Toda vez que vejo a propaganda deste modelo novo no Shoptime (sou fisgada por esses programas com mais freqüência do que gostaria), fico tentada a comprar.

Canon A710 IS: meu novo sonho de consumo quando o assunto é câmera fotográfica digital. Tem resolução de 7 megapixels, mas o legal mesmo é o zoom óptico de 6x, com estabilizador de imagem. Para completar, usa pilhas (prefiro pilhas a baterais proprietárias) e é bem compacta. Olha só as especificações dessa belezinha (em inglês).

Modelos dos heróis de Star Trek: minha porção criança geek em ação. Vi uns liiiiindos em São Paulo. Nem eram tão caros mas, convenhamos, o que eu iria fazer com eles? Brincar de Barbie? Abandonei a idéia de comprá-los, mas não acharia ruim se ganhasse o Spock. Ou a Entreprise. Que não estavam a venda na loja e que, aliás, não são encontráveis nem no ThinkGeek (a action figure do Kirk que tem por lá não chega aos pés do modelo que vi).

Quem quiser dar prosseguimento ao meme, sinta-se convidado.

5 músicas marcantes

Fui convidada pelo Paulo, do Mundo das Tribos, para seguir a TAG (meme não tem convite, capice?) “5 músicas da hora”.

Para restringir e facilitar minha escolha, esta lista será temática: indicarei 5 músicas “da hora” de estar com turmas que tive em diferentes fases da vida.

Você Não Soube Me Amar, Blitz[bb]: a primeira música “de adulto” que cantei em grupo. Eu tinha uns 7 anos e ia de ônibus escolar para o colégio. A galerinha do fundão, mais velha, entoava essa música a plenos pulmões. Não sei se cheguei a cantar junto – provavelmente não – mas o registro ficou na memória. Voltei a ouvir Blitz uns dez anos depois.

Losing My Religion, R.E.M.: a turma toda morava no mesmo prédio e estava na mesma faixa etária. Todos os domingos, rolava discoteca (praticamente matinê) no clube vizinho. Era 1992 e essa música tocava todas as vezes. Se estivéssemos tomando uma coca-cola ou conversando fiado, voltávamos para a pista na mesma hora. Foi a primeira música em inglês que aprendi a cantar do início ao fim. Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, Kid Abelha[bb]: a música foi regravada pela banda em 1996 e virou o hino da viagem de 3º ano. Era quase impossível entrarmos e sairmos do ônibus sem puxarmos a estrofe ao menos uma vez. Jogávamos as mãos para o céu e sonhávamos com o romantismo de uma casinha de sapê, no melhor estilo um-amor-e-uma-cabana. Como éramos inocentes… How Bizarre, OMC: a turma de 1999 ia à mesma boate todos os sábados. Essa música era indefectível. Os rapazes (eu costumava ser a única garota do grupo que, afinal, era bem pequeno) caprichavam na coreografia para o refrão. Quem estava por perto parava para olhar. Sim, era meio ridículo, mas tremendamente divertido. Depois dessa fase, comecei a achar boates um tédio. Faroeste Caboclo, Legião Urbana[bb]: marca registrada de qualquer rodinha em que exista um violão, na capital federal. Tocar é fácil: são 2 acordes na maior parte do tempo, e os outros podem ser ignorados sem que ninguém perceba, já que a roda toda fica concentrada em recordar a letra – os 159 versos que não se repetem ao longo de 9 minutos de canção são um verdadeiro desafio. Dizem por aí que a música vai até virar filme.

Para complementar o Top 5, que tal assistir aos vídeos guardados naquele que tudo vê?

Seguindo a tradição das tags, indico alguns blogueiros para responder: quais as 5 músicas “da hora” para vocês?

  • Ciléia, do Chata.com, que até fez um texto sobre música há quase um mês e, desde então, abandonou o blog
  • Rafael, do Futilidade Pública, já que recentemente recebeu trocentas dicas musicais
  • Marilyn, do Toda Menina, porque a vida é sempre musical, alternando choro e samba…
  • Lu, do Subterfúgio, que escreve logo no perfil que ama música
  • Dudu, do Águas Claras, que dedica um bom espaço no seu blog para falar do assunto