Outubro Rosa – informação e prevenção salvam vidas!

Fita Rosa - símbolo do combate ao câncer de mama.
O símbolo do combate ao câncer de mama.

No mês do combate ao câncer de mama, que tal dar uma olhada no que já escrevi sobre o tema?

Nos textos, você encontra links importantes sobre o assunto.

Aproveite para conhecer o Mamografia é Vida, site que estreou este ano repleto de depoimentos e informações (e que também tem twitter).

Se você é mulher, cuide-se! Informe-se, faça os exames de rotina. Não tenha medo de um possível diagnóstico. Lembre-se que, nos estágios iniciais, o câncer de mama tem cura!

Se você é homem, compartilhe as informações com as mulheres que ama. Estimule a prevenção, o acompanhamento ginecológico e a realização periódica da mamografia, que é a única forma de detectar o tumor ainda no início, quando as chances de cura chegam a 95%.

Por que meu gatinho não usa a caixa de areia?!

Na clínica veterinária.
A branquela na clínica, antes da adoção.

A gente acha que gatos vêm pré-programados pra usar a caixa de areia, né? Bem, isso em parte é verdade. O gato é instintivamente limpo: ele se lambe, enterra os dejetos para não denunciarem sua presença, a mãe come a placenta do filhotinho para que o cheiro de sangue não atraia predadores… Tudo isso é instintivo.

Só que é necessário, também, algum treinamento. O gatinho aprende a usar um terreno arenoso para fazer xixi e cocô vendo a mamãe gata. É com ela, também que entende como funciona esse negócio de enterrar as caquinhas. Se o filhote não teve convivência com a mãe, ou com algum gato mais velho, talvez ele simplesmente não entenda esse negócio de caixa de areia.

Foi o caso da Mel Branquela. A ninhada foi separada da mãe muito cedo, por estar em área de risco. Ela e os dois irmãozinhos passaram semanas numa gaiola de clínica veterinária. Não havia caixa de areia lá – a gaiola era forrada com jornal. Resultado: quando levei a Mel pra casa, ela não fazia a menor ideia do que era aquele troço com areia. Largava o xixi onde bem entendia – de preferência, em cima da minha cama… (curiosamente, desde o início o cocô sempre esteve dentro da caixa, embora ela não o enterrasse.

De passagem.
Um dia, Mel achou que essa caminha era caixa de xixi...

Foi preciso muita persistência para a  Mel entendesse a função da caixa de areia. Seguindo a dica da protetora que a recolheu, comecei a usar jornal na caixa. Também molhava pedaços de jornal no xixi (quando ela fazia no chão e me permitia isso) e os colocava dentro da caixa, pra que ela percebesse que ali era o lugar onde o xixi deveria estar. Além disso, usei um educador à base de amônia que ajudou na coisa toda: umas gotinhas dele iam pra caixa de areia todos os dias, para atraí-la pelo cheiro a fazer o xixi no lugar certo. Por fim, foram necessárias algumas tentativas até encontrar um tipo de areia que ela não rejeitasse (que, aliás, é das mais baratas).

A coisa toda levou meses. Foi desgastante, frustrante, irritante. Depois de duas semanas fazendo xixi no lugar certinho, Mel resolvia ter alguma recaída e eu já começava a achar que ela nunca aprenderia. Sabe o que funcionou definitivamente? Adotar uma gata adulta e bem-educada (embora não tenha sido esse o motivo da adoção). Cacau chegou usando a caixa direitinho e a Mel aprendeu com ela. Aprendeu, inclusive, a enterrar o cocô.

Tudo isso pra dizer que a coisa não é tão instintiva assim. Gatos precisam ser educados (como cães, como crianças) e, se a mãe biológica não teve tempo de fazê-lo, a mãe adotiva precisará suprir essa carência.

Quer conhecer algumas das principais causas para seu gato não usar direito a caixa de areia? Leia esse texto da Adote um Gatinho. Há dicas valiosas para facilitar o aprendizado do seu bichano. Leve em conta, também, a minha experiência… e tenha paciência.

A vez da Mel

Lembra que, quando falei pela primeira vez da FeLV, disse que a Mel era assintomática. Pois bem: não é mais.

No fim de março, viajei por quatro dias. Mel e Cacau estavam felizes e arteiras como sempre. Quando voltei, achei a Mel um pouco quieta, mas dentro do esperado – ela normalmente fica menos ativa e mais grudenta logo que volto de viagem, por causa da saudade.

Na manhã seguinte, ela vomitou. Um vômito incomum, sem ração (sinal que não comia há muitas horas) e amarelo (o que me remeteu à bile). Quando voltei do trabalho, achei outro vômito, e ainda a vi vomitar mais uma vez – e parecia que ela sentia dor ao vomitar. A branquela hiperativa estava abatida, isolada, amuada dentro de uma caixinha de transporte. Não queria saber de comer.

Levei-a à veterinária imaginando algum problema estomacal ou sei-lá-o-quê. Certamente, não estava preparada para o que ouvi: linfoma intestinal. O diagnóstico feito a partir do exame clínico foi confirmado horas depois por uma ultrassonografia. Linfonodos do intestino, mesentério, estômago e aorta estavam aumentados (alguns muito aumentados).

Não lembro muita coisa do que ouvi nessa consulta, tanto que a veterinária teve de repetir algumas orientações mais tarde, por email. Eu perguntava e perguntava, tentando entender. Sangue foi colhido e o hemograma veio quase normal, com poucas alterações nos glóbulos brancos, o que autorizava a quimioterapia, que foi marcada para a segunda-feira seguinte (o diagnóstico veio na sexta, dia primeiro de abril – e bem que eu queria que fosse mesmo mentira). O tumor não é operável, pela extensão. O único tratamento é quimioterápico.

Enquanto isso, passei a dar um antivomitivo a cada 12 horas. E a alimentação? Mel não queria saber de comer nada, mas precisava. Já tinha perdido cerca de 10% do seu peso. O jeito era forçar. Além do risco de desnutrição, gatos não podem ficar mais de um ou dois dias sem comer, ou correm o risco de desenvolver lipidose hepática, um distúrbio fatal. Comprei A/D (uma pasta altamente palatável, nutritiva e hipercalórica), enchia uma seringa de 10 ml. e empurrava goela abaixo da Mel.

Eram de 5 a 7 seringas por dia. Menos que isso, seria insuficiente; mais que isso era inviável, porque eu não podia simplesmente dar uma seringa atrás da outra: se eu não esperasse pelo menos uma hora e meia entre cada “refeição”, Mel vomitava (apesar do antivomitivo). O jeito era fugir durante o expediente, dormir de madrugada e acordar cedo para alimentá-la o máximo possível. Você pode imaginar que, embora o A/D seja gostoso, o processo é estressante. Quem é que gosta de ser forçado a comer? Mel arranhava, lutava, fugia.

Com a introdução da quimioterapia, um novo remédio foi adicionado à lista diária: 3 ml. de corticóide, uma vez ao dia.

Lá pelo quarto dia de A/D, veio a diarréia. Não dava tempo nem de pensar em chegar à caixa de areia. Esse é um efeito colateral comum da pasta, por ser muito gordurosa, mas eu não podia retirá-la porque a Mel ainda não comia sozinha. Inclua aí na lista um remédio a cada 12 horas para cortar a diarréia. E quem disse que cortou? Diminuiu, quase sempre dava pra chegar à caixa de areia, mas o ânus da Mel estava, como se diz por aí, “em carne viva”. Dava pra ver que sangrava, doía, fazendo-a andar de pernas abertas. Além disso, ela estava suja e já nem tentava se limpar. E eu tinha que continuar dando o A/D…

Saco de Gatos
26 dias após o diagnóstico: mais magrela que o normal, mas brincalhona.

As coisas começaram a melhorar 8 dias depois do diagnóstico. Mel parecia interessada na ração seca, cheirava um pouquinho… mas não comia. Por outro lado, via-se que estava mais alerta (o que implicava uma luta ainda maior para que comesse o A/D na seringa e tomasse a batelada de remédios – 5 por dia). Suspendi o A/D e torci para que ela comesse a ração seca… doze horas depois, Mel começou a comer sozinha. Ufa, ufa, ufa! Após mais de uma semana de angústia, finalmente eu conseguia ter esperanças.

Depois disso, a branquela ainda perdeu peso – chegou a 3.480 gramas, uma perda de 18% em relação ao seu peso normal. Veio a anemia. Mesmo assim, ela estava melhor: comia, interagia, voltou a brincar, a amassar pão na minha barriga, a lamber a irmã… A diarréia sumiu e um banho resolveu a sujeira, fazendo-a voltar a limpar-se normalmente.

Para contornar a anemia, passei a dar ração de filhotes (por ser mais substanciosa e, teoricamente, mais palatável – mas a Mel e a Cacau discordam) misturada à ração habitual e (mais) um comprimido, um suplemento vitamínico que, além de nutrir, abre o apetite. O hemograma feito depois de 15 dias revelou que o tratamento está funcionando: a anemia diminuiu e, ótima notícia, ela recuperou 200 gramas! Parece pouco, mas o mais importante é que reverteu-se a perda de peso que já tinha roubado 770 gramas da magrela.

Lambidinhas de amor.
É o amor...

Na próxima segunda-feira (30 de maio), Mel receberá a terceira dose de quimioterapia, de um total de seis, uma por mês. É apenas uma pílula e, até agora, não houve nenhum efeito colateral (provavelmente, ela ainda perderá os bigodes e as sobrancelhas). O prognóstico é bom: ela tem 70% de chances de ficar livre do linfoma. Provavelmente, no entanto, precisará da quimioterapia pelo resto da vida (a intervalos mais espaçados), porque uma das características da FeLV é justamente provocar esse tipo de linfoma (e outros dois: toráxico e medular). Um segundo tumor seria muito mais severo, então o protocolo mais recente recomenda quimioterapia preventiva.

Aprendi a dar comprimidos (ela ainda toma antivomitivo e suplemento vitamínico uma vez por dia, além do corticóide líquido – em remédios líquidos eu sou PhD há anos), a preparar uma seringa de A/D e dá-la inteirinha, a ter paciência com a diarréia (e a usar um protetor de colchão impermeável), a desenvolver técnicas de pegar um gato de surpresa para medicar. Ainda estou aprendendo a não ficar tão ansiosa. Tive algumas semanas de cão, e a Mel também, mas o pior já passou. Hoje, ela nem sabe que está doente, e você também não saberia se a visse. É o melhor que posso desejar: que minhas gatas vivam felizes, mesmo que não sejam saudáveis.

Homens que bebem café também têm menos câncer.

Se você, homem, ficou com invejinha quando descobriu que mulheres que bebem café têm menos risco de desenvolver câncer de mama, saiba que a sua saúde também se beneficia com essa bebida deliciosa. Ao menos é o que indica um novo estudo:

Para reduzir os riscos de desenvolver um câncer de próstata, quanto mais café melhor, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira por pesquisadores da Harvard School of Public Health. Homens que bebem seis ou mais xícaras de café por dia apresentaram uma redução de 60% no risco de desenvolver um tipo extremamente letal de câncer de próstata, e uma redução de 20% no risco de sofrer com qualquer tipo de câncer de próstata em relação a homens que não consomem a bebida.

Quem bebe menos de seis xícaras também tem algum ganho. Saiba mais lendo a notícia no Blog Café Fácil.