Podcast – já ouviu falar?

O formato não é novo – podcasts navegam pela web desde 2004, pelo menos. No Brasil, essa forma de mídia continua desconhecida do grande público. Vai bem, então, tirar algumas dúvidas sobre podcasts, que se assemelham aos blogs no que diz respeito à democratização da produção de conteúdo.

O que é podcast?

PodcastPodcast é um arquivo de áudio gravado por uma ou várias pessoas e posto à disposição do público via internet, com o fornecimento de um feed para acompanhar edições subseqüentes.

O formato do arquivo costuma ser o mp3, que possibilita uma boa compressão de informações de áudio sem grande perda de qualidade, gerando arquivos relativamente leves.

Nome estranho…

Pois é. Vem da junção de iPod, o mais famoso tocador de mp3 (mp3 player) e broadcast (difusão de sinal via rádio ou televisão).

A Apple andou empombando em 2006, querendo vedar o uso do termo “pod” na expressão “podcast”. Outras empresas já tentaram registrar o termo, nos Estados Unidos. Deu em nada.

É preciso um iPod para ouvir um podcast?

Não. Você pode reproduzir o arquivo em qualquer tocador: mp3 players de bolso, cd-players que toquem mp3, programas para computador como o Windows Media Player, Winamp ou iTunes etc. e tal.

Alguns podcasters (o autor de um podcast – o termo aportuguesado “podcasteiro” ainda não é comum) usavam os formatos ogg ou aac. Faz tempo que não vejo podcasts nestes formatos, que não são reconhecidos por todos os tocadores. De qualquer forma, quem distribuia seu podcast em ogg ou aac também costumava oferecer um arquivo correspondente em mp3.

Vários podcasts também podem ser ouvidos online, sem a necessidade de download, por meio de um tocador embutido na página. Nesse caso, é preciso estar conectado à internet enquanto se escuta o programa.

Qual o conteúdo de um podcast?

Varia muito. Há podcasts sobre tecnologia, cinema, música… Também há rádios que distribuem parte da sua programação em forma de podcast.

E a periodicidade?

Varia mais ainda. Alguns podcasts somem por meses e, de repente, ressurgem das cinzas (não raramente, somem de novo logo depois).

Por isso, a melhor forma de acompanhar podcasts é assinar o feed oferecido pelo seu autor. Assinando o feed, você saberá quando seu podcaster preferido subiu um novo arquivo.

Agregadores de feeds offline fazem o download automático dos arquivos. Alguns são dedicados aos podcasts, como o Juice. Eu optei pelo FeedReader, software que agrega todos os meus feeds no computador e baixa automaticamente os podcasts para uma pasta determinada por mim. De lá, faço a transferência dos arquivos para o meu smartphone.

Proprietários de iPod costumam escolher o iTunes como gerenciador de podcasts, devido à boa integração com o mp3 player.

Agregadores online como o Bloglines e o Google Reader não fornecem a opção de download automático dos podcasts.

É pago?

Não. Grátis como a sua rádio fm.

E qual a vantagem de ouvir podcasts?

A grande vantagem é o seu poder de escolha. Ao contrário do rádio, com os podcasts você só ouve o que interessa. Nada de Voz do Brasil, nada de dez minutos de propaganda, nada de repetições intermináveis do sucesso da semana.

Pense nos podcasts como uma estação de rádio que você monta do seu jeito, de acordo com os seus gostos e para ouvir quando você bem entender. É o bom e velho conteúdo sob demanda: o consumidor faz sua própria programação.

O assunto está chato? Você passa ao arquivo seguinte. Quero ouvir novamente? É só voltar. A seleção de músicas do último podcast está fantástica? Basta repetir o programa.

Por onde começar?

Há vários bons podcasts em português. Eis alguns dos meus preferidos:

PodSemFio: o podcast da Garota Sem Fio, sobre tecnologia móvel.

CBN – Comentaristas: meu modo preferencial de manter-me informada sobre o dia-a-dia. É o que toca no meu carro no trajeto casa/trabalho/casa. Comentários diários ou semanais de André Urani, Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Celso Itiberê, Cony & Xexéo, Danusia Barbara, Ethevaldo Siqueira, Gilberto Dimenstein, Juca Kfouri, Lucia Hippólito, Luis Fernando Correia, Mara Luquet, Marcos Emílio Gomes, Mauro Halfeld, Max Gehringer, Merval Pereira, Miriam Leitão, Osvaldo Stella, Renato Machado, Simone Magno e Sérgio Abranches.

CBN – Fim de Expediente: programa semanal de variedades, normalmente com um entrevistado convidado. Apresentado pelo ator Dan Stulbach e com a participação do escritor José Godoy e do economista Luiz Gustavo Medina. O programa acontece nas sextas-feiras às 19 horas. Geralmente, só recebo o podcast na segunda-feira seguinte. O arquivo chega sem os intervalos comerciais e tem cerca de 45 minutos de duração.

Maestro Billy: são dois programas diferentes, o ADD (Antes, Durante e Depois – uma música antiga, uma atual e uma novidade) e o AAA (Antes, Antes, Antes – três músicas antigas), mais uma rádio online.

MovieCast: podcast sobre filmes em cartaz e dvds.

Momento Retrô: seriados, filmes, músicas e outros bricabraques que marcaram os anos 80 (com um pé nos 70, em alguns episódios).

Discofonia: os programas têm aproximadamente uma hora de duração e são temáticos – a cada edição, um estilo musical diferente entra em evidência.

Menção honrosa ao excelente Musicast, que não aparece há meses mas continua no agregador de feeds – a esperança é a última que morre.

Com o tempo, você encontrará outros podcasts interessantes, sobre seus assuntos preferidos. E sim, há vários podcasts legais que não estão nesta lista. Coloquei aqui apenas os que ouço regularmente. Quer sugerir outros? Mande-me um email, que publicarei uma nova relação com as sugestões dos leitores.

Fonte da imagem: RSS Applied.

Blog Notebooks (resenha patrocinada)

Fui contactada para fazer uma resenha patrocinada do blog Notebooks, especializado em informações sobre notebooks e laptops.

Pontos Altos

O blog tem uma linguagem clara, é bem escrito e não se resume ao jargão técnico – ao contrário, procura agregar informação que ajude o leigo a decidir-se por um ou outro notebook. Exemplo disso é o fim do texto sobre a linha Vostro da Dell:

É uma máquina básica, que atende às necessidades do usuário comum, como navegar na internet, assistir a vídeos, trabalhar com processadores de texto e planilhas, jogar diversos jogos (note que alguns jogos podem requerer configuração mais robusta).

Esse parágrafo agrega mais informação ao leitor leigo do que uma longa ficha técnica.

Outro ponto positivo é que o blog não se limita a resenhar equipamentos, mas traz dicas interessantes, como a possibilidade de assistir à TV digital no notebook (ou desktop, mesmo).

Poderia Melhorar

O agrupamento de categorias semelhantes viria a calhar – ao invés de seguir somente a ordem alfabética, poderia ser empregado o recurso de categorias-filhas do WordPress (a plataforma utilizada pelo blog), agrupando-as sob categorias gerais. No lugar da longa e pouco prática lista de hoje, o visitante se depararia com um menu mais ou menos assim:

  • Fabricante
    • Amazon
    • LG
    • Sony
  • Sistema Operacional
    • Linux
    • Windows

E assim por diante. Esse modelo, semelhante ao usado por sites de vendas como o Submarino, facilita a pesquisa.

Também sugiro a criação de algumas categorias a mais, como Peso, Autonomia e Tamanho da Tela (cada qual com suas respectivas subcategorias), requisitos importantes na escolha do notebook.

O design merece mais atenção: falta traduzir o layout; na barra lateral, o contraste entre links e fundo é baixo; nos artigos, vez por outra a imagem fica próxima demais ao texto; uma logomarca caprichada seria bem-vinda. Questões estéticas que não prejudicam o bom conteúdo do blog, mas, se corrigidas, podem garantir uma maior permanência e fidelidade do visitante.

Folgando na Rede # 8

Televisão

A entrega do Emmy 2007 foi ontem e a figura aqui, num surto de amnésia, nem se deu conta. Na lista dos vencedores, senti falta do meu amado-idolatrado-salve-salve Hugh Laurie. Foi sua segunda indicação ao prêmio e a segunda derrota (em compensação, o moço levou dois Globos de Ouro consecutivos).

Band From TVA propósito, você sabia que Hugh Laurie, Greg Grunberg, James Denton e outros famosos da televisão têm uma banda de rock? Sob o originalíssimo nome de Band From TV (isso mesmo, Banda da TV) os caras tocam por diversão e o dinheiro que ganham com a brincadeira é doado a instituições de caridade. Até gravaram umas faixas para o cd da trilha sonora da terceira temporada de House (na verdade, há músicas das três temporadas).

Atualização: adivinha quem tocou na festa que rolou após o Emmy? Como disse um dos comentaristas por lá, aposto que o James Spader não faz isso!

Vídeos

Você já viu o curta O Paradoxo da Espera de Ônibus? Interessantíssimo. Quem nunca passou por situação semelhante? O Cirilo fez a transcrição do texto.

Esta lista saiu pouco antes da estréia de Os Simpsons no Brasil: Os momentos mais conectados dos Simpsons.

Toda a informação online do mundo foi perdida após pane da internet (em inglês). Brincadeira, claro. Já pensou se fosse verdade?

Blogosfera

O Edney resolveu brincar de ranking no mês passado (coisa de que a blogosfera nem gosta) e fez dois: Top 100 blogs brasileiros segundo o Technorati e Top 100 blogs brasileiros segundo o Pagerank e os Backlinks.

Se o seu blog não figura nesses rankings e em nenhum outro, não se desespere: você pode estar na lista da Tia Liliana!

Geek

Circula um novo termo pelo meio geek: é o tal do bacn. O bacn (de bacon, mesmo) é aquele email que você até pediu pra receber (diferentemente do spam), mas que atola sua caixa postal e pode atrapalhar a produtividade. Será que esse nome “pega”?

O TouchGraph Google Browser desenha as ligações de um site ou palavra-chave web afora. Experimente digitar o endereço do seu blog, por exemplo, e clicar em “graph it!”.

Gmail agora abre apresentações

Que o Gmail é o melhor serviço de webmail de todos os tempos, só duvida quem nunca testou.

Já há algum tempo, é possível abrir documentos e planilhas anexados a emails no seu navegador, sem ter de esperar pelo carregamento de um “Word”, “Excel” ou programa semelhante. Graças à integração com o Google Documents, pode-se, inclusive, conservar esses arquivos online, prontos para consultas e alterações em qualquer computador com acesso à internet.

Agora, ele também abre anexos em .pps (os “powerpoint” da vida, amados por uns, detestados por outros) sem socorrer-se de outros programas (clique para ampliar):

Apresentações abrem diretamente no Gmail

Basta clicar em “View as slideshow” e o anexo será aberto numa nova aba (ou janela, se você usa Internet Explorer… que tal mudar para o Firefox?), com controles no alto da tela para passar os slides na seqüência ou ir diretamente para um deles.

Aquela lenga-lenga chaaaata de ver letrinhas aparecendo uma-por-uma, ou frases inteiras que dançam na sua frente, é eliminada: cada slide é exibido imediatamente, na íntegra.

Também somem as músicas e efeitos sonoros aplicados à apresentação. Isso agiliza o carregamento, mas pode empobrecer algumas apresentações, ou até retirar-lhes o sentido.

Em todo caso, é uma excelente alternativa para quem recebe toneladas de .pps, mal tem tempo de olhá-los e não tem a menor paciência com as firulas e a lerdeza dos programas especializados em abri-las.

Está esperando o que para mudar para o Gmail? Já nem é necessário convite.

Em tempo: essa função não está disponível na versão em português do Gmail. Se você não quer esperar, acesse as Configurações da sua conta e mude o idioma para “English (US)” – o idioma-padrão sempre é atualizado antes dos demais.

Agora, só falta o webmail do Google abrir arquivos .pdf decentemente, sem precisar do lentíssimo Adobe Acrobat Reader.