McDonald’s e Café Grátis

Cappuccino no McCafé
Latte Art do barista Andrea Lattuada.

Pra variar, sobram novidades e falta tempo.

No começo de setembro, fiz um minicurso sobre café na escola Parlando Italiano, com o barista Antonello Monardo. Tenho dicas mil para compartilhar, algumas inclusive já testadas e aprovadas.

Semana passada, fui convidada a visitar o McCafé no McDonald’s do Shopping Pátio Brasil (em Brasília, só há McCafé lá, no Parkshopping e no Taguatinga Shopping). Contra todas as minhas expectativas (quem vai ao McDonalds para tomar café?), adorei o cappuccino.

Com calma, vou postar detalhes, fotos e informações das duas experiências (a foto deste texto foi tirada no dia da visita ao McCafé).

Antes que o mês acabe, você pode conferir o café, o café com leite e o cappuccino 200 ml. do McDonald’s sem pagar. A promoção vale até 26 de setembro na maioria das lojas que oferecem café-da-manhã, e você pode pedir sua bebida de graça durante o dia todo. Você confere a lista de restaurantes participantes no site do McDonald’s.

Ainda não provei o café puro do McDonald’s (vou aproveitar essa promoção para me aventurar), mas o cappuccino e o café com leite valem muito a visita!

LuluzinhaCamp em Brasília no próximo dia 21!

Mulheres do Distrito Federal, uni-vos!
Mulheres do Distrito Federal, uni-vos!

Dia 21 de novembro acontece mais um LuluzinhaCamp em Brasília! Eu e a Srta. Bia convidamos você, mulher interneteira que habita o Distrito Federal, a comparecer e participar de uma tarde muito bacana no Balaio Café (201 Norte, Bloco B, piso superior).

Dá só uma olhadinha no que vai rolar:

Ação Solidária: desta vez, destacaremos o Papai Noel dos Correios. A idéia é reunir pessoas para ratear os custos de algumas bicicletas (o número exato dependerá das doações).

Oficinas: sobre a Amazônia com a Aninha, de maquiagem com a Lúbina Letícia, representante Mary Kay e de malabares com a Susa.

Discussões: tem blogagem coletiva à vista, sobre violência contra a mulher – ótimo tema a ser discutido e, infelizmente, mais atual do que nunca. Como bom “camp”, a pauta do LuluzinhaCamp de Brasília é livre e sempre surgem vários assuntos durante o encontro.

Bazar de Trocas: traga bijouterias e acessórios em geral, cds, dvds ou livros para trocar com as outras moças! Você traz alguns badulaques que enjoou (até o limite de cinco) e volta pra casa com novidades.

Amiga Oculta: participa quem trouxer um presentinho de 10 a 15 reais. A gente sorteia os nomes entre as participantes no vapt-vupt.

Brindes: sabonefeeds da Srta. Bia (claro que não podem faltar), peças da Primosia, um kit da Natura oferecido pela Janaína e um da Mary Kay ofertado pela Lúbina Letícia. Além disso, outros brindes estão viajando agorinha pra Brasília. Veja a lista.

Lembramos que o principal, no LuluzinhaCamp, é a confraternização, a troca de ideias e o bate-papo entre interneteiras. Você participa da ação solidária, do bazar de trocas e da amiga oculta se quiser. O importante é comparecer!

Você encontra mais informações no blog oficial do LuluzinhaCamp.

Espero você lá, a partir do meio-dia!

O que vi (e o que achei) do XI FICBrasília

As férias da semana passada permitiram-me assistir a 7 dos 14 filmes do XI FICBrasília exibidos no CCBB. A seguir, um resuminho de cada um deles, minhas impressões e os horário de reapresentação.

Apology of an Economic Hitman, de Stelios Koul (Grécia, 2008, documentário, 90 minutos). A história impressionante de como os Estados Unidos tornaram-se um império global valendo-se, em primeiro lugar, do seu poderio econômico.

John Perkins, autor do livro em que se baseia o documentário, foi um “assassino econômico”. Seu trabalho consistia em aliciar presidentes de países do Terceiro Mundo; a alternativa era a morte. O processo era tão cruel quanto simples: fornecer enormes empréstimos aos países necessitados, sufocando-os com dívidas insaldáveis para, então, conduzi-los de forma a beneficiar os EUA, não só econômica mas politicamente, por meio, por exemplo, da compra de votos na ONU.

O filme relata a atuação dos assassinos econômicos no Equador, na Venezuela, no Panamá e no Iraque, desenvolve o conceito de corporocracia e demonstra como as grandes empresas privadas, o governo e pentágono andam de mãos dadas há décadas. Dias 13 (17h) e 15 (21h). 5 estrelas

Arranca-me a Vida, de Roberto Sneider (México, 2009, drama, 110 minutos). A história de Catalina, uma adolescente sonhadora que se torna uma mulher forte e inconformada por viver à sombra do marido. Baseado no livro homônimo de Ángeles Mastretta.

Em 1931, Catalina, uma menina de 15 anos conhece o general de araque Andrés Ascencio, com quem se casa. Ascencio cultiva o sonho de tornar-se presidente do México, não importa por cima de quantos cadáveres tenha de passar. Cati precisa lidar com o marido cruel, autoritário e infiel. Ela não se dobra, contudo. Na verdade, torna-se cada vez mais decidida a tomar para si o rumo da sua vida. A história é narrada por Catalina, o que é decisivo no tom feminista do filme. A música, o figurino e a cenografia de época são um espetáculo à parte. Dias 8 (19h) e 10 (21h). 5 estrelas

Francia, de Adrián Caetano (Argentina, 2009, comédia, 77 minutos). A história de Mariana, uma menina de 12 anos filha de pais separados e com problemas na escola.

Dramédia de pais separados, com baixo poder aquisitivo e uma filha que não consegue encontrar seu lugar na ordem da família e da escola. A intenção do diretor era contar a história do ponto de vista da menina (conforme afirmou, em rápida palestra após a exibição), mas ele próprio parece esquecer-se disso na maior parte da película, tornando a trama irregular. Seria um filme mais divertido se menos pretensioso. Dia 14 (21h). 2 estrelas

I am Happy, de Soraya Umewaka (Japão/Brasil, 2009, documentário, 66 minutos). Filmado em regiões pobre do Rio, como o Morro do Cantagalo, o documentário traça paralelos entre pobres e ricos.

O documentário começa num ritmo maniqueísta: bandidos são coitados sem oportunidade, a polícia é má. Logo perde esse tom (felizmente), mas segue no maniqueísmo, afirmando e reafirmando que os pobres é que são felizes e que os ricos não têm felicidade verdadeira. Retrata preconceitos mas é, em si, uma produção preconceituosa. Enaltece a pobreza, suscita o conformismo, indica que não há mobilidade social no Brasil. Conheço várias famílias que, em uma ou duas gerações, progrediram social e economicamente – você não conhece?

Tem o mérito de exibir o belo e pouco conhecido  trabalho da política comunitária (GPAE) nos morros cariocas. E só. Dias 8 (15h) e 13 (19h). 2 estrelas

Karma: Crime, Passion, Reincarnation, de M.R. Shahjahan (Índia, 2008, suspense, 100 minutos). Uma moça acompanha seu futuro marido à Índia para conhecer o pai dele. Alucinações a perseguem, uma forte sensação de déjà vu a domina e ela começa a se envolver numa história de assassinato ocorrida muitos anos antes.

Um clichê atrás do outro e diálogos que lembram novela mexicana – esses são os pontos que ressaltam do filme. A história mescla suspense e terror, com um toque de cinema noir. Apesar do artificialismo, consegue reservar alguma surpresa até o último momento. Paisagens e roupas indianas compõem um bonito visual. Dias 7 (17h) e 10 (19h). 2 estrelas

O Pequeno Burguês – Filosofia de Vida, de Eduardo Mansur (Brasil, 2008, documentário, 70 minutos). A vida de Martinho da Vila, com depoimentos dos seus filhos, de Dudu Nobre e outros.

Eu esperava um filme mais musical e emocionante, como o belíssimo Vinícius. Achei o roteiro um tanto sem sal. Sem dúvida, 15 ou 20 minutos a menos o teriam tornado mais interessante. Ainda assim, vale para os fãs do sambista. Dias 8 (21h) e 15 (19h). 2 estrelas

Petition, de Zhao Liang (China, 2009, documentário, 120 minutos). A vida miserável dos chineses que seguem a Pequim para peticionar contra as autoridades de suas cidades de origem.

Zhao Ling acompanhou vários peticionantes ao longo de mais de uma década: um fazendeiro lesado pelo Estado, uma mulher que teve a casa desapropriada sem qualquer indenização, outra cujo marido morreu durante um exame de rotina e foi cremado antes que houvesse qualquer investigação, um advogado que teve sua firma fechada sem explicações, entre outros.

O que se vê é um país com leis meramente formais, em que pedir por justiça é considerado uma afronta ao governo. Representantes dos governos locais, chamados “caçadores”, são pagos para evitar que os cidadão peticionem. Ameaças, torturas, prisões arbitrárias, tudo vale para que desistam dos seus direitos. Enquanto tentam conseguir algo, são obrigados a abandonar suas casas e morar em favelas. A filha da mulher que teve o marido morto é proibida de frequentar a escola porque a mãe está peticionando contra o governo.

Fica-se diante da realidade chocante de um regime ditatorial em que apenas a miséria é repartida e deixa a certeza de que o Estado Democrático de Direito é o menos pior dos regimes. Dias 12 (16h30m) e 14 (14h30m). 4 estrelas

XI FICBrasília começa hoje!

Foi dada a largada para a décima-primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Brasília. Parada obrigatória para cinéfilos, este ano o festival apresenta em apenas 12 dias mais de 80 filmes  – uma verdadeira maratona.

A casa tradicional do Festival é o Cine Academia, na Academia de Tênis (SCES Trecho 4 Conjunto 5 Lote 1/B), mas este ano o CCBB de Brasília também entra na roda, com a vantagem de ter entradas bem mais baratas: 4 reais a inteira, 2 a meia.

Veja a lista de filmes que estarão no CCBB de Brasília:

  • Apology of an Economic Hitman (Grécia, documentário, 90 min.)
  • Arranca-me a Vida (México, drama, 110 min.)
  • Bonus Track (Argentina, drama, 84 min.)
  • El Niño Pez (Argentina/Espanha/França, drama 96 min.)
  • Francia (Argentina, comédia, 77 min.)
  • O Pequeno Burguês – Filosofia de Vida (Brasil, documentário, 70 min.)
  • I am Happy (Japão/Brasil, documentário, 66 min.)
  • Je Veux Voir (Líbano/França, drama, 75 min.)
  • Karma: Crime, Passion, Reincarnation (Índia, suspense, 100 min.)
  • March (Áustria, drama, 83 min.)
  • Material (Alemanha, documentário, 164 min.)
  • Petition (China, documentário, 120 min.)
  • Prince of Broadway (EUA, drama, 100 min.)
  • Wakaranai (Japão, drama, 104 min.)

Você pode ver a programação e as sinopses de cada filme no site oficial do Festival. No CCBB, também há o livreto com a programação de novembro, incluindo os horários e informações sobre os filmes que estarão em cartaz por lá.

O FICBrasília é uma excelente oportunidade de sair do circuito pipoca de Hollywood. O bom cinema não se resume, afinal de contas, aos Estados Unidos.

Como ando numa pegada sambista, daqui a pouco verei O Pequeno Burguês – Filosofia de Vida, documentário sobre Martinho da Vila. A estréia é hoje no CCBB, às 17 horas, com reapresentação nos dias 8 (21 horas) e 15 (19 horas).

A gente se vê por lá. 😉