O Manifesto Holstee e uma dica para você fazer seu próprio manifesto.

Ainda terei um desses em casa:

Holstee Manifesto

O Manifesto Holstee foi criado por dois irmãos norte-americanos que em 2009, no meio da crise econômica e sem emprego, decidiram abrir um negócio próprio. Eles dizem “nós escrevemos um manifesto, mas nunca escrevemos um plano de negócios”.

A empresa decolou (seus produtos são feitos de material reciclado e a preocupação com um meio-ambiente sustentável é a tônica), mas o Manifesto Holstee fez muito mais sucesso do que poderiam prever. Em resumo, o texto afirma que vida é simples, a vida é curta; estamos aqui para fazer o que amamos, para criar, para inspirar e compartilhar nossas paixões. Vale a pena ser lido todos os dias para não perdermos o foco no que realmente importa.

O Manifesto Holstee já ganhou diversas versões, inclusive em vídeo (esse tem legendas em português). Muita gente também tem se inspirado no formato para criar seu próprio Manifesto. Que tal aproveitar esse início de 2012 e criar o seu, como o site Creating Clever propõe?

Você pode aproveitar o modelo oferecido pelo site como ponto de partida (se bem que não recomendo uma parte dedicada a “I will not” – destacar afirmativas positivas é sempre bem melhor que escrever na negativa), inspirar-se na galeria de manifestos compartilhados ou criar o seu do zero. Depois, leve a uma gráfica para imprimir em papel de boa qualidade e pendure-o em local visível para lembrar-se dos seus propósitos em 2012.

Aliás, você já parou para pensar no que quer pra sua vida esse ano?

O Mundo Mágico de Escher

Visitar uma exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é certeza de ir a um ambiente bem cuidado, caprichado, agradável e instrutivo. Disso, já sei há anos. Ainda assim, fiquei surpresa com a mostra O Mundo Mágico de Escher. O CCBB realmente se superou dessa vez!

São tantas instalações e informações que recomendo uma tarde toda para aproveitar bem a exposição. Mais de 90 gravuras foram trazidas diretamente da Holanda – terra do artista – para a mostra. Um vídeo de cerca de uma hora (eu acho – assisti ao vídeo todo e esqueci-me de marcar o tempo) conta a vida de M. C. Escher: fala do seu casamento, do tempo que passou na Itália, dos apuros durante a Segunda Guerra Mundial, menciona que só a partir dos trinta anos o artista começou a ganhar dinheiro com seu trabalho, mostra as técnicas por ele empregadas etc. e tal.

Dia e Noite - M. C. Escher
Dia e Noite.

Em outra sala, painéis holográficos tornam ainda mais enriquecedora a experiência de ver obras como Dia e Noite (ao lado) ou Metamorfose II. No chão da sala, um quebra-cabeças baseado em um dos quadros fica à disposição da criançada. Ao longo das paredes, monitores sensíveis ao toque mostram o desenrolar (isso mesmo) dos quadros.

Pensa que acabou? Nada disso. Uma outra sala exibe cenários baseados nos conceitos de Escher e ainda há um vídeo de 10 minutos em 3D desconstruindo algumas de suas gravuras, como Cascata.

Na mesma proporção em que amei a exposição, tenho dificuldades em escrever sobre ela. É para ser vista, experimentada, sentida. Foge a meras descrições, extrapola o texto como os desenhos de Escher extrapolam o papel.

O Mundo Mágico de Escher ficou em cartaz em Brasília de outubro a dezembro de 2010. Em 18 de janeiro de 2011, foi montada no CCBB do Rio de Janeiro, onde fica até 27 de março. Depois, segue para São Paulo. Não perca!

Referência

Projeto Urban Gallery

De vez em quando, surge um pouco de cor em meio ao cinza dos grandes centros urbanos. Aqui em Brasília, esse toque vem da grama verdinha assim que começa a estação das chuvas, dos flamboyants floridos, do pôr-do-sol inspirador. Dificilmente, porém, está presente nas construções tediosas do Plano Piloto e de algumas outras áreas.

Uma região que não é muito querida por alguns brasilienses, mas que contribui com cores e detalhes arquitetônicos bonitos é Águas Claras. Carinhosamente (ou nem tanto) apelidada de de paliteiro, ela ousa subir além dos seis andares limitados pelo tombamento. O bairro ainda é novo, mas está cada dia melhor e será meu novo lar daqui a um ano.

Projeto Urban GalleryDescobri hoje que Águas Claras está prestes a ganhar mais um pouco de cor quando recebi uma gravura do artista Flavio Samelo e um catálogo comemorativo dos 40 anos do MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo. O Flavio Samelo será responsável por conferir arte aos tapumes de um empreendimento do qual muita gente daqui já ouviu falar, o DF Century Plaza – um mix de shopping, salas comerciais e apartamentos em processo de construção junto ao campus da Unieuro em Águas Claras. Como ele, outros artistas serão responsáveis por embelezar tapumes de Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto é da Brookfield Incorporações e leva o nome de Urban Gallery.

Claro que tem toda uma questão de marketing e tal, mas achei a proposta bacana mesmo. Adoro quando passo em frente a uma construção e, em vez daquelas placas cor-de-rosa-reciclado, deparo-me com formas e cores vivas. Ou quando vejo pinturas em túneis de metrô. Brasília tem concreto demais e poesia de menos, portanto iniciativas como essa são sempre bem-vindas.

Em tempo: devo dizer que morri de amores pelo catálogo. O MIS é um dos meus lugares favoritos, tanto pela bela região em que está quanto pelas suas exposições. Meu gosto por lá deve ser hereditário, já que a primeira pessoa que me falou dele foi a Sra. Monte. 😉