Desafio 7 Links

Vi no Blosque essa proposta superinteressante: linkar 7 textos do blog em um único artigo, cada um com um propósito.

Embora o Cadê? tenha um ano e meio, conta com apenas 40 textos. Isso torna mais fácil cumprir o desafio, mas também me deixa culpada por não dedicar tanto tempo ao blog quanto gostaria.

Bem, vamos ao desafio.

1. O primeiro post

A gateira e suas gatas. Na verdade, esse texto foi editado. O Cadê? nasceu como um blog coletivo e esse primeiro artigo fazia a apresentação das três autoras e dos seis gatos. Quando passou a ser individual, cortei para que apresentasse apenas minhas gatinhas.

2. O post que mais gostei de escrever

Foi o único que não escrevi: Gatos Persas e PKD – Atenção! Explico: foi o primeiro texto de colaboradora no Cadê?. Além de ser um marco, o tema é importante e tem tudo a ver com uma das propostas do blog, que é divulgar informações sobre gatos.

Ademais, seria difícil escolher entre os textos que escrevi: ficaria empatada entre todos os que cito nesta lista!

3. Um post que deu origem a um excelente debate

Quanto custa ter um gato? Nos comentários, muita gente opinou sobre os valores. Alguns não perceberam que me referi aos preços de Brasília, cidade com custo de vida alto e sem facilidades como a castração gratuita. Ainda assim, o debate é proveitoso e de vez em quando surge alguma nova participação.

4. Um post publicado em outro blog que eu gostaria de ter escrito

Vários do Filé de Gato e do GeekCats. Adoro os quadrinhos deles!

5. O post mais útil

Como adaptar o bebê novo ao dono (ou à dona) da casa? Cortei um dobrado para adaptar minhas gatinhas, principalmente por ser gateira de primeira viagem. No texto, contei minha experiência e adicionei alguns links úteis para auxiliar gateiros que passem pela mesma situação. Também há dicas bacanas nos comentários.

6. Um post com um título do qual me orgulhe

Síndico? Senhor feudal, isso sim. Porque é exatamente o que ele é…

7. Um post que você gostaria que tivesse sido lido por mais pessoas

Não dê sorte para o azar. É importantíssimo telar as janelas. Numa distração causada por um inseto ou passarinho, o gato pode se desequilibrar e cair. Pode ficar com sequelas para a vida toda ou morrer na queda e, ainda que nada lhe aconteça, pode fugir amedrontado ou se tornar mais arredio e inseguro. Tela é fundamental!

Como adaptar o bebê novo ao dono (ou à dona) da casa?

Tem muito texto pela web falando sobre como fazer a adaptação do gato “chegante” com o gato reinante. Não é tarefa fácil, acredite. Dá aflição sim, ver os dois gatinhos que você escolheu com tanto carinho tentando se matar bem na sua frente. Corta o coração cada fuuuuuu, fere a alma cada arranhão. Isso sem falar nos gritos medonhos durante as perseguições.

O que dizem por aí é que “no pain, no gain” – se você não passar por esse calvário, não alcançará o paraíso de ver seus dois fofolentos brincando juntos pela casa.

Qual a melhor forma de fazer essa adaptação, tornando-a o menos traumática possível?

Há controvérsias.

A maior parte dos sites especializados aconselha o confinamento do gato novato em um único cômodo, por alguns dias. Enquanto isso, o gato já existente vai se acostumando com o cheiro do novo companheiro e com a dura realidade de não ser mais filho único. Durante esse processo, ajuda fazer troca de edredons, para que um sinta o cheiro do outro. Eventualmente, convém prender o gato “antigo” e soltar o novato, para que ele conheça a casa e, novamente, para que um sinta o cheiro do outro sem que se vejam. Também é bacana passar um brinquedo por baixo da porta com que os dois possam brincar (pode ser um barbante com uma bolinha amarrada em cada ponta).

Depois dos primeiros dias, inicia-se a apresentação gradual: solta-se o gatinho novo por uma hora num dia, duas horas no seguinte, até que as brigas diminuam.

Daí até surgir o amor e a amizade entre eles, o caminho ainda é longo – mas pelo menos você já sabe que não vão se matar na sua ausência e pode deixar os dois soltos.

Por outro lado, tem muita gente boa que nem liga pra isso tudo e simplesmente libera o novo gato junto do(s) gato(s) já existente(s), sem se preocupar com nada.

Eu, como não tenho porta (ou quase), não podia dar-me ao luxo de um confinamento nos conformes. Fechava a Cacau no banheiro (onde está a única porta da casa) pela tarde inteira nos primeiros dias, porque esse era o único jeito de um aterrorizada Mel comer, beber água e usar a caixa de areia. Do início da noite até o fim da manhã do dia seguinte, Cacau ficava solta, eu podia usar o banheiro e Mel ficava ilhada num móvel alto, vendo a intrusa de cima.

Parecia que a cada novo confinamento as duas regrediam, porque, quando eu soltava a Cacau, o pega-pra-capar era monstruoso. De manhã as coisas estavam nos eixos, mas aí vinha novo confinamento… e novo pega-pra-capar.

Por fim – e já desesperada – desisti de prender a Cacau. Isso foi no quinto dia da chegada dela.

Em dois dias, as brigas diminuíram sensivelmente. Quando fez uma semana que a Cacau estava em casa, as duas comiam juntas.

Hoje, pouco mais de um mês depois, não são melhores-amigas-de-infância, mas ficam próximas, brincam juntas e até se unem para me acordar quando acham que já dormi demais.

Sim, cortei um dobrado durante o processo, e enchi a paciência de muita gente (as meninas do blog, meus pais, a protetora da Cacau etc. etc. etc.) toda vez que entrava em pânico dizendo “Isso não vai dar certo!”. No fim das contas, o que importa é que deu certo.

Não estou dizendo que é melhor partir pro seja-o-que-deus-quiser. No meu caso, foi o que funcionou mais. No seu, se você puder dispor de um cômodo para um confinamento decente durante vários dias, talvez valha a pena fazer uso dele.

Antes de trazer a Cacau, procurando informações sobre o tema, achei dois links bem bacanas:

A importância de uma boa apresentação: passo-a-passo para tornar a aproximação dos gatos o mais tranquila possível.

Adaptando… a história de Messy: “fotonovela” mostrando a adaptação de duas gatinhas – vale a pena lembrar sempre da sequência para se animar quando as coisas entre os felinos parecerem não dar certo.

Tem miado novo no pedaço.

Cacau, um ano de vida. Ex-Bia. Manteiga derretida.
Cacau, um ano de vida. Ex-Bia. Manteiga derretida.

Mais tarde eu conto a aventura que foi adaptar as duas, Cacau e Mel. O resumo da ópera é que, depois de quase uma semana, começaram a se entender, mas ainda saem no tapa de vez em quando e disputam a atenção da mãe o tempo todo.