#52Livros – 2013

Essa página será atualizada semanalmente, se tudo der certo. 😉

Se, por acaso, eu vier a resenhar algum desses livros, coloco o link aqui. Se desejar informações sobre qualquer dos livros, é só perguntar ou visitar meu perfil no Goodreads.

  1. A Misteriosa Chama da Rainha Loana – Umberto Eco
  2. Receita de Ano Novo – Carlos Drummond de Andrade
  3. Planeta X – Michael Jan Friedman
  4. O Vendedor de Armas – Hugh Laurie
  5. The Wave – Todd Strasser (como Morton Rhue)
  6. As Aventuras de Pi – Yann Martel
  7. Max e os Felinos – Moacyr Scliar
  8. Saco de Ossos – Stephen King
  9. Deuses Americanos – Neil Gaiman
  10. 2k to 10k: Writing Faster, Writing Better, and Writing More of What You Love – Rachel Aaron
  11. Rock Your Plot: A Simple System for Plotting Your Novel –  Cathy Yardley
  12. Lugar Nenhum – Neil Gaiman
  13. On Writing – Stephen King
  14. Crafting Novels & Short Stories: The Complete Guide to Writing Great Fiction – Editors of Writer’s Digest
  15. Belas Maldições – Neil Gaiman e Terry Pratchett
  16. No Plot? No Problem! – Chris Baty
  17. O Lado Bom da Vida – Matthew Quick
  18. Orgulho e Preconceito – Jane Austen
  19. O Grande Gastby – F. Scott Fitzgerald
  20. Guerra dos Tronos – As Crônicas de Gelo e Fogo vol. 1 – George R. R. Martin
  21. O Livro de Casos de Sherlock Holmes (The Casebook of Sherlock Homes) – Arthur Conan Doyle
  22. Os Últimos Casos de Sherlock Holmes (His Last Bow) – Arthur Conan Doyle
  23. O Vale do Medo – Arthur Conan Doyle
  24. O Cão dos Baskervilles – Arthur Conan Doyle
  25. As Memórias de Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle
  26. O Retorno de Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle
  27. Cassino Royale – Ian Fleming
  28. Alice Através do Espelho – Lewis Carroll
  29. Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll
  30. O Hobbit – J. R. R. Tolkien
  31. As Aventuras de Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle
  32. O Signo dos Quatro – Arthur Conan Doyle
  33. Um Estudo em Vermelho – Arthur Conan Doyle
  34. Herança (Coleção Jornada nas Estrelas) – Michael Jan Friedman

Primeira Lei da Corrida: Nunca Fica Mais Fácil.

Faz pouco mais de dois anos que corro. Já é quase o esporte ao qual me mantive fiel por mais tempo (ainda perde pros meus 3 anos de natação na adolescência) e sem dúvida é o de que mais gosto. Não me vejo parando. É mesmo como dizem por aí: corrida vicia!

MAS. Corrida nunca fica fácil. Nunca-jamais-em-tempo-algum.

No começo é um suplício pensar em aguentar 5 minutos sem parar. Aí, vem a conquista do primeiro quilômetro, ainda que em velocidade pouco maior que a de caminhada – uma conquista dura, muito dura. Depois, você tenta correr 10 minutos direto, e já pensa em como deve ser correr por meia hora – e o corpo dói só de pensar. Quando você chega lá, começa a querer correr mais rápido. Depois, por mais tempo. E assim sucessivamente.

Em uma palavra, corrida é desafio. Quando você supera um marco, já tem outro em vista. Quando começa a ficar fácil, você complica. Quer mais tempo, mais velocidade, mais dificuldade. Mais endorfina. Aí, dependendo do dia, o treino fica mais ou menos assim:

Fluxograma da Corrida
Fluxograma da Corrida

A quilometragem pode variar, mas a sensação em cada etapa proporcional do treino é basicamente a mesma.

Quer encarar? Calce um par de tênis e vá correr! Garanto que vale a pena!

Apegos.

Tenho umas peças de roupa das quais não consigo me desfazer. Não tenho apego emocional a elas, não são lindas e, pior, não me favorecem. Mas servem, prestam-se ao uso diário e vão ficando.

Especificamente, uma calça. A cor não me favorece – um marrom claro, ou bege escuro. O corte é passável, mas tenho outras que caem muito melhor. Certo, paguei um dinheirinho bom por ela, mas já usei tanto que a compra se justificou.  Então, por que a mantenho no armário?

Só porque serve?

Se não é essencial e não me faz feliz… por quê?

A casa nova tem duas arandelas que não uso e das quais não gosto. Mas paguei caro por elas (marinheira de primeira viagem em reformas faz dessas coisas, deixa-se levar), removê-las daria um trabalhão e eu teria que repintar a parede. Vão ficar por um bom tempo, já me conformei. Talvez eu pare de detestá-las. Minha esperança é começar a ignorá-las em breve.

Tem pessoas de quem a gente não gosta, mas não desapega. Pelo menos nesse ponto estou satisfeita – não mantenho por perto ninguém de quem não goste e que não me faça bem. É um processo longo (e doloroso, em certos momentos), esse de conseguir abrir mão de quem não acrescenta nada – e às vezes até tira o que temos de bom. Requer vigilância para não cairmos novamente na tentação de conviver com alguém “só porque serve”, por hábito ou comodismo.

Se não é essencial e não me faz feliz… não vale a pena.

Agora dá licença, que vou me livrar daquela calça.

Se o Trato Feito negociasse órgãos…

– Boa tarde.
– Boa tarde, o que a traz aqui?
– É que eu tenho um rim sobrando, não estou precisando dele agora… e tenho algumas contas pra pagar… então, pensei em vender.
– Ainda bem que você quer vender, esse tipo de coisa não dá pra penhorar. E quanto você está querendo nele?
– Bom, eu andei pesquisando e o preço de mercado é 10.000.
– Para o comprador certo, pode ser. Mas eu ainda vou revender, não posso pagar o preço de mercado.
– Eu sei, por isso pensei em pedir 5.000.
– Não, 5.000 não dá pra pagar, muito caro.
– Caro nada, é metade do preço! E meu rim está ótimo, eu sempre bebi muita água, faço exercícios, nunca tive pedra… ele está como novo!
– Eu acredito, mas entenda o meu lado. Eu tenho despesas fixas, a manutenção da loja, os funcionários, e ainda preciso ter o meu lucro.
– …
– Lamento, não posso pagar os 5.000.
– Hum. Então, qual é o seu preço?
– Posso dar 500.
– Mas 500 é muito pouco por esse rim! Ele é um item raro, eu só tenho outro igual, e ele está em ótimo estado! Só estou vendendo porque preciso do dinheiro, senão ficaria com ele pra sempre! Ele é muito bom, mesmo!
– Eu entendo, mas com essa crise, o mercado está fraco, quase parado. As pessoas não estão com dinheiro, sabe? Por outro lado, a oferta está muito grande, por qualquer iPad você consegue um rim novinho.
– Está certo, eu te faço por 2.500, você ainda lucrará muito! Não é qualquer rim, o meu tem procedência, tem certificado de boa saúde, cara.
– Olha, se eu já tivesse comprador pra esse rim, eu poderia pagar 2.500. Acontece que eu não tenho. Vou ter que procurar, anunciar, e até achar alguém eu vou precisar armazenar o rim. Não sei quanto tempo ele vai ficar na vitrine até ser vendido, e vou ter várias despesas com ele até encontrar um interessado. Não é todo dia que entra alguém por aquela porta precisando de um rim.
– Mas eu sou tipo O, sou doadora universal!
– Ainda assim. Há muitos doadores tipo O por aí. Além disso, o rim ser do tipo O não é garantia de conseguir um comprador logo.
– …
– Sinto muito, 500 é minha melhor oferta.
– Por 500, acho que prefiro ficar com ele.
– Ok, a decisão é sua. Fica pra próxima.

(Do lado de fora da loja, para a câmera.)

– Esses caras são uns exploradores! Tenho certeza de que consigo até mais de 10.000 no meu rim, só preciso encontrar o comprador certo. Eu vou encontrar, e depois vou voltar aqui pra esfregar na cara desses otários! Eles vão se arrepender por terem perdido o negócio!

(Inspirada em um bate-papo real. Se você não conhece o Trato Feito, aqui está.)